Champions League

Ten Hag achou um novo vilão para explicar mais uma decepção do Manchester United

O técnico do Manchester United reclamou de três decisões na (inacreditável) derrota por 4 a 3 para o Copenhague

Você tem uma hora?, questionou Erik ten Hag quando o repórter da TNT Sports pediu que ele refletisse sobre o que havia acabado de acontecer no Parken Stadion de Copenhague. O Manchester United chegou a abrir 2 a 0, levou o empate após Marcus Rashford ser expulso, voltou à frente com Bruno Fernandes cobrando pênalti e sofreu dois gols no fim para se complicar de vez na briga por vaga nas oitavas de final da Champions League.

Fosse um resultado isolado, tudo bem, mas o começo o momento dos Red Devils é horroroso. Pela primeira vez desde 1973/74, temporada do rebaixamento mais recente, perdeu nove das 17 partidas iniciais por todas as competições. Está na lanterna do Grupo A, embora a apenas um ponto de Copenhague e Galatasaray, eliminado da Copa da Liga Inglesa e a seis pontos do G4 na Premier League. Ten Hag não é uma pessoa feliz no momento – nem muito segura em seu emprego.

Mas, se em outras decepções recentes, seguiu a linha da cobrança dura, mas honesta aos seus jogadores, desta vez optou por uma explicação muito mais comum: a arbitragem.

– Jogamos muito bem até o cartão vermelho. O cartão vermelho mudou tudo. Tornou-se um jogo diferente, mas depois você concede dois gols que não deveriam ser confirmados. É muito decepcionante. Neste momento, temos que lidar com muitas decisões contra nós. A temporada é longa e em certo momento a maré vai virar a nosso favor – disse.

Além de considerar rígida a decisão de expulsar Rashford por um pisão em Elias Jelert, aos 42 minutos do primeiro tempo, Ten Hag também acredita que o primeiro gol deveria ter sido anulado por impedimento porque havia um jogador em posição irregular à frente de André Onana e que não foi pênalti por toque de mão de Harry Maguire.

– Foi uma decisão muito rígida (o cartão vermelho). Tenho certeza que ele foi para pegar a bola. Quando você congela (a imagem), sempre parece pior e e eles demoram tanto e decidem por cartão vermelho. Estou muito decepcionado com essas decisões. O jogo nunca deveria ser assim, não tem nada a ver com futebol. As decisões têm que ser tomadas e também aceitou decisões erradas em algum nível. Três decisões duras assim… Eu vi muitas coisas positivas do jogo, mas, no fim, perdemos um pouco de concentração. É difícil quando você tem que jogar por tanto tempo com 10 homens. Com 10, nós ainda controlamos o jogo. É muito decepcionante. Lutamos duro, jogamos tão bem, mas ainda não somamos um ponto – completou.

“Se você não olhar para o resultado…”

Até a expulsão, a história da partida era Rasmus Hojlund, que ainda não deixou seu nome no placar pela Premier League, mas chegou a cinco gols na fase de grupos da Champions League. Ele também falou aos microfones da TNT Sports após a partida e disse que seu time fez um bom jogo, exceto por um pequeno detalhe.

– Acho que começamos muito bem. Controlamos o jogo até o cartão vermelho e isso mudou a partida, claro. Se você não olhar para o resultado (disse com um sorrisinho), se você considerar apenas os primeiros 20 minutos, eu acho que fomos muito bem. Acho que mudamos um pouco (depois da expulsão). Estávamos jogando com um homem a menos, então deu um confiança para eles e eu sei que a torcida pode ajudar aqui – disse o ex-jogador do Copenhague.

– Deu um bom impulso para eles. Fomos muito bem no começo do segundo tempo. Estávamos compostos com a bola e continuamos mudando muito o jogo, conseguimos um pênalti e fomos à frente de novo. Então infelizmente estamos aqui, com zero pontos, de novo – encerrou.

Foto de Bruno Bonsanti

Bruno Bonsanti

Como todo aluno da Cásper Líbero que se preze, passou por Rádio Gazeta, Gazeta Esportiva e Portal Terra antes de aterrissar no site que sempre gostou de ler (acredite, ele está falando da Trivela). Acredita que o futebol tem uma capacidade única de causar alegria e tristeza nas mesmas proporções, o que sempre sentiu na pele com os times para os quais torce.
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