Golaços de Vinícius Júnior e De Bruyne definem o empate entre Real Madrid e Manchester City no Bernabéu
Nenhum dos dois times conseguiu se sobrepor no jogo de ida no Santiago Bernabéu e definição da vaga na final da Champions fica aberta para o jogo de volta em Manchester
O duelo de pesos pesados entre Real Madrid e Manchester City começou como se esperava: com muito equilíbrio e sem definir o duelo no jogo de ida. O jogo de ida terminou em 1 a 1 no Estádio Santiago Bernabéu, em Madri, graças a dois golaços, de Vinícius Júnior para os blancos e Kevin De Bruyne para os Cityzens.
Foi um jogo de alternâncias. O Manchester City começou melhor com o seu estilo de domínio, posse de bola e muitas finalizações, mas o Real Madrid equilibrou o jogo e cravou um gol logo no seu primeiro chute certo no gol. Vinícius Júnior foi mais uma vez decisivo com um golaço e sendo a principal arma do time do técnico Carlo Ancelotti.
No Manchester City, Kevin De Bruyne foi o grande nome, não só pelo gol, mas pela capacidade de criar problemas para o adversário. Em um jogo que Haaland esteve sempre muito bem marcado, quem mais se destacou no time, além de De Bruyne, foram os defensores: Kyle Walker, como um terceiro zagueiro, teve boa atuação, assim como Rúben Dias. Rodri foi outro que conseguiu se destacar fazendo boa marcação e com bom posicionamento.
A definição da classificação será na próxima quarta-feira, dia 17, no Etihad Stadium, novamente às 16h. Quem vencer estará na final e um novo empate leva a partida para prorrogação e, persistindo o empate, pênaltis.
Primeiro tempo
O jogo tinha dois times que pareciam saber bem o que fazer. O Manchester City tinha mais a bola, mas sabia que podia alternar entre uma troca de passes mais paciente e acionar diretamente Erling Haaland ou os outros atacantes em inversões. O Real Madrid se colocava mais recuado para partir em velocidade insana pelos lados, com Vinícius Júnior pela esquerda e Rodrygo pela direita, além de muito pulmão no meio com Federico Valverde, fazendo companhia aos experientes Toni Kroos e Luka Modric.
Aos sete minutos, Kevin De Bruyne esquentou as mãos de Thibaut Courtois. Bernardo Silva fez a jogada pela direita e rolou para De Bruyne finalizar colocado e fazer o goleiro belga defender. Pouco depois, aos 13, Rodri, de fora da área, arriscou e levou Courtois a uma defesa que mandou para escanteio.
O City continuava chegando, mesmo que sem uma chance clara, fazendo o goleiro trabalhar. Em uma bola pelo meio, Haaland recebeu e chutou de primeira, sem muito perigo. Depois, em cruzamento da esquerda, Haaland novamente conseguiu cabecear, mas outra vez o goleiro belga estava bem posicionado para defender.
O Real Madrid assustou aos 17 minutos, em um lance com Rodrygo, que fez o passe para Benzema. O goleiro Ederson estava atento e saiu do gol para defender antes do atacante dos merengues. Foi o primeiro indicativo que o jogo começou a mudar. O domínio do Manchester City diminuiria.
Depois dos 30 minutos, o ímpeto do Manchester City diminuiu. E foi aos 35 que veio um lance fatal. Eduardo Camavinga, na lateral esquerda, avançou como Marcelo, foi até o ataque e tocou para Vinícius Júnior. O brasileiro bateu de fora da área em um chute indefensável: 1 a 0 para o Real Madrid.
O Manchester City reagiu. Aos 41 minutos, em uma boa chegada pelo lado, Ilkay Gündogan recebeu na ponta direita, cruzou e a bola passou com perigo na pequena área antes de ser tirada para a linha de fundo pela defesa do Real Madrid e ser cedido um escanteio.
O jogo esquentou nos minutos finais. Depois de um lance entre Jack Grealish com Daniel Carvajal, que deu uma trombada desnecessária no atacante do City já fora de campo, vieram mais lances duros. Os dois voltaram se encontrar no lance seguinte, com falação e, logo em seguida, Toni Kroos fez uma falta dura em cima de Ilkay Gündogan, em um lance que Federico Valverde já tinha entrado duro, mas o alemão conseguiu continuar no lance.
Segundo tempo
Logo no começo do segundo tempo, Kevin De Bruyne recebeu sozinho pela direita, avançou e, mesmo com pouco ângulo, finalizou firme. Courtois fez a defesa e a bola foi afastada pelos defensores. Como era esperado, o Manchester City tentou retomar aquela pressão feita no começo do primeiro tempo, em que dominou a posse de bola e fez o goleiro adversário trabalhar.
Só que o Real Madrid não deixou o jogo ficar como no primeiro tempo e criaram diversas chances de ataque. Nenhuma delas foi uma grande oportunidade, mas deixava o Manchester City pressionado. A situação, porém, mudaria rapidamente.
Em uma saída de bola errada de Camavinga, Rodri interceptou, tocou para Jack Grealish, que acionou Gündogan. O alemão só rolou para o lado, onde vinha De Bruyne, sozinho, e o belga soltou uma pancada no canto e estufou a rede: 1 a 1. Golaço do camisa 17.
Como era de se esperar, o gol do City mudou um pouco o panorama do jogo. O Real Madrid passou a ter uma postura um pouco mais ofensiva, tendo mais a bola e trabalhando no campo de ataque, sem atrair tanto o rival para o seu campo.
Benzema levou perigo aos 32 minutos. Desta vez, Toni Kroos cobrou falta da esquerda na segunda trave, onde o camisa 9 teve liberdade para tocar de cabeça e exigir boa defesa de Ederson.
O técnico Carlo Ancelotti colocou em campo Marco Asensio, aos 36 minutos, sacando o brasileiro Rodrygo. Pouco depois, colocou Tchouaméni no lugar de Toni Kroos. Com as alterações, o Real Madrid ficava mais com a bola e, em um lindo chute de fora da área, Aurélien Tchoauméni levou muito perigo e exigiu uma defesa difícil de Ederson, que mandou para escanteio. Nacho Fernández foi a terceira alteração de Ancelotti, substituindo Luka Modric e liberando Camavinga para ser meio-campista, já que o defensor entrou como lateral.
Guardiola não fez mudanças no time. O Manchester City deu alguns passos atrás e esperava uma chance de colocar Haaland para correr. De Bruyne ficou posicionado um pouco mais à frente, pronto para disparar um passe mortal ou um chute perigoso. Era praticamente o segundo atacante do time.
No fim, o empate acaba sendo um resultado que faz sentido pelo que foi o jogo. O duelo entre os dois era previsivelmente equilibrado e a tendência é isso se repetir na Inglaterra. Até porque o Real Madrid mostrou que o seu melhor continua sendo a transição em velocidade e, na casa do adversário, é possível que tenha ainda mais. Só que o Manchester City é muito perigoso em todas as situações. O Manchester City precisará de uma atuação melhor se não quiser correr riscos como correu na temporada passada, quando Rodrygo salvou os merengues da eliminação nos acréscimos.
Finalizado
1
-1
Real Madrid - Man City
UEFA Liga dos Campeões - Santiago Bernabeu
2° Turno