O Celtic desabou com as expulsões e abriu alas para uma boa estreia do Feyenoord

O Estádio De Kuip recebeu uma partida bastante especial nesta terça-feira. Não era apenas a estreia do Feyenoord na Champions League, mas o reencontro com o Celtic depois de 53 anos. Os escoceses foram os oponentes derrotados pelos holandeses no único título do clube no torneio continental, em 1969/70. E a hegemonia no confronto se manteve, com três pontos importantes dentro do equilibrado Grupo E. O Feyenoord teve dificuldades de início, mas contou com um gol de falta nos acréscimos do primeiro tempo e sobrou na segunda etapa, quando dois jogadores dos alviverdes foram expulsos. O placar de 2 a 0 ficou barato, com pênalti perdido por Igor Paixão.

O Feyenoord vinha com uma equipe competitiva, sob as ordens de Arne Slot. Lutsharel Geertruida e Dávid Hancko são destaques na defesa, com Mats Wieffer e Quinten Timber fechando o meio. Mais à frente, um quarteto formado por Igor Paixão, Calvin Stengs, Luka Ivanusec e Yankuba Minteh. Já o Celtic tinha Joe Hart como liderança no gol. O meio reunia Callum McGregor, Matt O'Riley e Reo Hatate. Na frente, Kyogo Furuhashi e Daizen Maeda se combinavam com Luis Palma.

Celtic pressiona, mas Feyenoord sai na frente

O Celtic começou a partida melhor. Brendan Rodgers foi ousado ao adiantar suas linhas e coordenar uma pressão em Roterdã. A equipe ainda demorou a criar chances e parecia exposta aos contragolpes, mas era uma postura louvável dos escoceses. Reo Hatate teria a primeira finalização aos 15, mas sem dar trabalho a Timon Wellenreuther. O Feyenoord melhorou quando passou a recuperar a bola rapidamente e a conectar o ataque em profundidade. Alguns erros ainda aconteceram, mas um aviso pintou com Yankuba Minteh. O garoto proporcionou os primeiros bons lances do Stadionclub, com um chute para fora e outro para defesa de Joe Hart.

A defesa do Feyenoord ainda precisava se manter em alerta. Wellenreuther foi bem para se antecipar em lances de Kyogo Furuhashi e Daizen Maeda. No entanto, o time da casa era mais agressivo na reta final da primeira etapa. Foram algumas batidas para fora, até que o gol saísse nos acréscimos, com uma pitada de sorte. Calvin Stengs cobrou uma falta por dentro da barreira e Joe Hart saltou atrasado. Acabou facilitando o tento que botava o Stadionclub à frente para o segundo tempo.

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Celtic desmorona com expulsões

O gol deu ânimo para o Feyenoord para o segundo tempo. A equipe seguiu melhor, com mais controle da bola, e contava com o ótimo papel de Stengs na articulação. O Celtic não conseguiu se encaixar e fez duas trocas aos 18, com Odin Thiago Holm e Yang Hyun-jun. Porém, logo depois, tudo ruiu aos Bhoys. Gustaf Lagerbielke recebeu o segundo amarelo por segurar Igor Paixão na área e o Feyenoord ainda ganhou um pênalti. Paixão desperdiçou a cobrança, defendida por Joe Hart. Mesmo assim, o estrago para os celtas era claro. Furuhashi deu lugar a Tomoki Iwata, enquanto Alireza Jahanbakhsh e Ondrej Lingr entraram no Stadionclub, com a saída de Paixão.

A situação ficou pior para o Celtic aos 23, com outra expulsão. Holm entrou de sola em Mats Wieffer e recebeu o vermelho direto. Lutsharel Geertruida já poderia ter feito o segundo na sequência, mas o tento foi anulado. Não que o gol demorasse tanto, aos 31. Numa bola apenas parcialmente afastada pela zaga, Jahanbakhsh encheu o pé na sobra e fechou a contagem. Com dois a mais, o Stadionclub seguiu dominante na reta final, mas sem ampliar. O saldo é até razoável para os celtas, pensando que o confronto direto é critério de desempate.

O Feyenoord faz o clássico contra o Ajax no final de semana e depois pega o Go Ahead Eagles, antes de encarar o Atlético de Madrid pela Champions. A equipe está na quarta posição da Eredivisie, mas só a um ponto da liderança. O Celtic lidera o Campeonato Escocês. Tentará manter a condição contra Livingstone e Motherwell, antes do embate diante da Lazio em Parkhead.