Champions League

Do reencontro com Suárez ao gol decisivo, o mestre Chiellini teve uma noite especial

O mestre Giorgio Chiellini – não apenas em futebol: conseguiu seu mestrado em administração de empresas semana passada – teve uma noite de terça-feira especial, em Turim. Marcou o terceiro gol da Juventus, o que dá tranquilidade para ir ao Camp Nou semana que vem, teve uma atuação impecável, ao lado dos companheiros de linha defensiva, e venceu o duelo individual com Luis Suárez, no primeiro encontro entre os dois desde a mordida da Copa do Mundo de 2014.

LEIA MAIS: Dois abraços, um tapa: Os segundos monumentais entre dois monumentos, Buffon e Iniesta

Porque na outra vez em que Juventus e Barcelona enfrentaram-se nos últimos três anos, a final da Champions League de 2015, Chiellini não esteve em campo por causa de uma lesão muscular. Não pode fazer nada para evitar os três gols espanhóis além de rezar, torcer e, ao fim da partida, lamentar. O maior pesadelo do grande jogador de futebol. Por tudo isso, o duelo desta terça-feira teve mais significado para o zagueiro de 32 anos.

E foi muito bem. A Juventus teve uma boa exibição defensiva, apesar de o Barcelona ter criado o suficiente para marcar pelo menos uma vez. Não marcou graças a outro símbolo da Velha Senhora, o goleiro Buffon, autor de cinco defesas em Turim. Realizou três desarmes – errou apenas um -, interceptou uma bola e afastou oito. Ao lado de Bonucci, formou uma dupla de zaga muito sólida contra um dos melhores trios ofensivos do mundo.

Não era esperado nenhum tipo de problema no reencontro com Suárez, uma vez que Chiellini aceitou o pedido de desculpas do uruguaio sem ressalvas. Em campo, o zagueiro levou a melhor sobre o atacante, que teve poucas chances e ainda foi alvo de um grande desarme do italiano. Durante o jogo, houve este bonito momento em que os dois se cumprimentaram e, após o apito final, chegaram a se abraçar.

Ofensivamente, Chiellini completou a cobrança de escanteio de Pjanic e foi a válvula de escape da Juventus, em um segundo tempo em que o time italiano mais se defendeu do que atacou, e o Barcelona criou a maior parte das suas chances. Um terceiro gol importantíssimo para as pretensões da Juventus, que obriga os catalães a realizarem mais um milagre no Camp Nou, se quiserem se classificar.

Uma atuação completa em sua 53ª aparição pela Champions League e em mais uma tentativa de colocar o seu nome na história da competição com o título que a Juventus não conquista desde 1996.

Foto de Bruno Bonsanti

Bruno Bonsanti

Como todo aluno da Cásper Líbero que se preze, passou por Rádio Gazeta, Gazeta Esportiva e Portal Terra antes de aterrissar no site que sempre gostou de ler (acredite, ele está falando da Trivela). Acredita que o futebol tem uma capacidade única de causar alegria e tristeza nas mesmas proporções, o que sempre sentiu na pele com os times para os quais torce.
Botão Voltar ao topo