Champions League

Casemiro continua ampliando sua já rica história na Champions League

O volante brasileiro teve mais uma atuação monstruosa na classificação do Real Madrid

O Real Madrid entrou em Anfield com uma estratégia clara. Zinedine Zidane não gosta de correr muitos riscos. É da linha mais pragmática. Com dois gols de vantagem, a prioridade era defender. Mesmo que tomasse um gol, não se desesperar. Aguardar a oportunidade de contra-atacar e matar o confronto. Deu certo. Os espanhóis passaram às semifinais. Um dos motivos foi porque, nesses cenários, Casemiro é um monstro.

Ele é excelente em outros aspectos também. Não é um volante apenas destruidor. Tem chegada na área, bom jogo aéreo e de vez em quando solta a patada de fora da área. Não é um jogador tão criativo, mas passa bem. Na hora de destruir, porém, é um monstro.

Foi o líder de desarmes no empate por 0 a 0 em Anfield, com cinco, dos sete que tentou. Interceptou duas bolas, afastou cinco e bloqueou quatro – também o melhor do time nesse último quesito. Venceu mais dois duelos aéreos. Apenas Nacho Fernández, com quatro, o superou.

Esses são os números que acompanham a percepção em campo de que Casemiro estava em todos os lugares, sempre envolvido nas ações do Real Madrid que frustraram as tentativas do Liverpool de transformar domínio territorial e de posse de bola em chances claras de gol.

Mais uma atuação estrelar que amplia ainda mais a sua já rica história na Champions League.

Casemiro foi contratado do São Paulo em 2013 e teve uma primeira temporada complicada. Não é incomum com jogadores jovens que mudam de continente. Foi pouco utilizado por Carlo Ancelotti, embora tenha participado de seis partidas da conquista de La Décima. Saiu para o Porto para se desenvolver, voltou com Rafa Benítez e explodiu de vez sob o comando de Zidane.

A confirmação de Casemiro como pilar do meio-campo foi um dos pontos de virada da temporada em que o francês conquistou sua primeira Champions como treinador. O brasileiro passou a ser o ponto de sustentação do lendário trio que forma ao lado de Luka Modric e Toni Kroos. Marcou na final contra a Juventus no ano seguinte e foi novamente importante no tricampeonato europeu.

Pela quinta vez em um time que chega à semifinal, a quarta como titular, Casemiro soma 68 jogos de Champions League, a 15 de ser um dos 100 jogadores que mais vezes disputaram o torneio. Já é, ao lado de Marcelo, o brasileiro que mais vezes foi campeão europeu, com quatro títulos. O melhor é que tem ainda 29 anos e muito tempo pela frente para ampliar seu currículo nos dois quesitos.

E mais do que isso pesa a qualidade dessas atuações. Noites como a desta quarta-feira em Anfield são mais regra do que exceção na participação de Casemiro na Champions League. E que a cada edição, fica ainda maior.

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Foto de Bruno Bonsanti

Bruno Bonsanti

Como todo aluno da Cásper Líbero que se preze, passou por Rádio Gazeta, Gazeta Esportiva e Portal Terra antes de aterrissar no site que sempre gostou de ler (acredite, ele está falando da Trivela). Acredita que o futebol tem uma capacidade única de causar alegria e tristeza nas mesmas proporções, o que sempre sentiu na pele com os times para os quais torce.
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