Celtic fez bonito, mas Atlético de Madrid conseguiu reagir e se segurar para buscar o empate
Após um ótimo primeiro tempo dos escoceses, parecia que o Atleti caminhava para a virada, quando teve um jogador expulso, mas ainda conseguiu se segurar
É curiosa a facilidade com que jogos do Atlético de Madrid que deveriam ser banais se transformam em grandes épicos. Os três da fase de grupos foram excessivamente emocionantes, com o gol do goleiro Ivan Provedel dando um ponto à Lazio, uma vitória de virada em casa por 3 a 2 sobre o Feyenoord e, nesta quarta-feira, um empate por 2 a 2 com o Celtic, que até merecia coisa melhor pelo primeiro tempo.
Para chegar longe tanto na Europa quanto no Campeonato Espanhol, Diego Simeone precisa descobrir por que a sua defesa geralmente tão segura está sofrendo lapsos ocasionais. Enquanto isso, o Celtic aproveitou para desfilar diante de sua torcida antes do intervalo, com várias chances bem construídas e dois gols. Os espanhóis acertaram a cozinha nos vestiários, empataram rapidamente e pareciam a caminho de mais uma virada, quando Rodrigo de Paul foi expulso.
A vantagem numérica permitiu que o Celtic exercesse pressão nos dez minutos finais, mas sem sucesso e este é o único ponto que somou após três rodadas. Está na lanterna, ainda na briga por classificação à próxima fase, embora a Liga Europa pareça um objetivo mais realista – e ainda difícil.
Eliminado na fase de grupos da última edição, o Atlético de Madrid jogou bem o primeiro turno, mas se colocou novamente na posição de se complicar se não conseguir resultados nas próximas partidas. Está em segundo lugar, com cinco pontos, um a mais que a Lazio. A seu favor, tem a tabela porque jogará duas vezes em casa, contra os escoceses e os italianos.
Celtic rasga o Atlético de Madrid
O Celtic fez um primeiro tempo de manual contra um adversário mais poderoso. As tabelas entraram com facilidade diante de uma das defesas mais famosas da Europa. Com frequência, conseguia sair em boa situação nas costas dos três zagueiros de Diego Simeone, escalados com Axel Witsel ao lado de Stefan Savic, ainda voltando de lesão, e Mario Hermoso. Logo aos quatro minutos, Daizen Maeda ajeitou de cabeça, Kyogo Furuhashi recebeu na ponta direita, tabelou com Matt O’Riley, recebeu de volta e abriu o placar para os donos da casa.
O gol tão cedo fez com que o Atlético de Madrid tivesse que correr atrás do placar a partida inteira. Rodrigo de Paul encontrou os caminhos para o empate, com um bom passe nas costas da defesa para Griezmann girar batendo, sem muito ângulo. Joe Hart fez a defesa. Pouco depois, foi Nahuel Molina quem recebeu projetando-se dentro da área, derrubado por baixo por Greg Taylor. Hart até defendeu o pênalti de Griezmann, mas conseguiu apenas jogar à trave com a ponta dos dedos, e o meia-atacante francês marcou no rebote.
E naquele momento, parecia que o Atlético de Madrid havia apenas levado um susto e controlaria o resto da partida. Não foi o que aconteceu. Na marca da meia hora, o Celtic trabalhou bem pela esquerda, Maeda cruzou para a segunda trave, onde Luis Palma dominou e bateu com firmeza. Ainda acertou a trave antes de ver a bola entrar. Jan Oblak precisou fazer uma grande defesa para impedir o terceiro, em uma finalização forte de O’Rilley, e Witsel chegou a balançar as redes antes do intervalo, mas em posição de impedimento.
Llorente ajuda o Atlético
Diego Simeone retornou com Marcos Llorente no lugar de Javi Galán, além de Rodrigo Riquelme na vaga de Saúl. Llorente foi essencial para os colchoneros, presente nas suas melhores jogadas. E no segundo gol, avançou pela direita, ganhando na raça e na habilidade, antes de cruzar à segunda trave onde Álvaro Morata apareceu para completar. O centroavante exigiu uma grande defesa de Hart, após girar dentro da área e bater forte com a canhota, e Llorente levou perigo novamente, com uma finalização desviada que quase entrou.
A virada do Atlético de Madrid parecia próxima. Llorente, novamente, perseguiu a bola até a linha de fundo e acionou Ángel Correa, que girou bonito antes de chutar rasteiro. Hart defendeu com os pés. As intervenções do goleiro inglês foram importantes porque, de repente, apareceu a chance de o Celtic vencer, quando Rodrigo de Paul levou o segundo cartão amarelo por matar um contra-ataque na intermediária defensiva. Com um a mais, o escoceses foram para cima.
Houve um momento em que ficaram até com dois a mais porque Griezmann saiu para ser atendido e houve uma pressão bem razoável nos minutos finais. Escanteios, cruzamentos mas nenhuma defesa de Oblak. Aliás, a defesa do Atlético de Madrid se acertou, e o Celtic conseguiu apenas uma finalização no segundo tempo. Maduros, os espanhóis nem aceleraram desnecessariamente quando recuperaram a bola porque o empate, se não era ideal, foi satisfatório pelas circunstâncias.