A intransponível defesa da Juventus passou ilesa até contra os melhores ataques da Europa
O Monaco marcou 95 gols em 34 rodadas do Campeonato Francês. Média de 2,79 momentos de êxtase por partida. Entre as cinco principais ligas europeias, e até algumas secundárias, como Portugal, Turquia e Grécia, perde apenas do Barcelona, que já ultrapassou a barreira centenária e marca quase três tentos por jogo. A Juventus enfrentou esses dois times no mata-mata da Champions League. E não sofreu nenhum gol.
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A atuação de Chiellini, Bonucci, Buffon e todo o sistema defensivo montado por Allegri já havia sido impressionante nas quartas de final contra o melhor trio de ataque do mundo, formado por Messi, Suárez e Neymar. Nesta quarta-feira, a Juventus encarou outro desafio muito difícil. Nesta temporada, no Louis II, o Monaco tem média próxima a três gols marcados por partida. Em casa, pela Champions League, havia anotado pelo menos um em todos os seus adversários, do Tottenham, ao Manchester City, do City ao Borussia Dortmund. E, mesmo assim, a Juventus não sofreu nenhum gol.
Como contra o Barcelona, Allegri entrou em campo sem nenhum volante considerado especialista na marcação. Teve Marchisio e Pjanic à frente da defesa, formada por Bonucci, Chiellini e, desta vez, Barzagli, dando liberdade para Daniel Alves no setor ofensivo. Ressalta ainda mais como a solidez defensiva depende do esforço coletivo, mais do que do esquema ou das peças. A estratégia funcionou nos dois lados do gramado: o lateral brasileiro deu assistência para os dois gols de Higuaín e a Juventus sofreu muito pouco defensivamente, mesmo contra a qualidade de Mbappé, Bernardo Silva, Falcao e Lemar.
O Monaco até teve uma produção próxima da sua média na Champions League: 12 finalizações por jogo, 4,7 no alvo. Deu 14 chutes ao gol da Juventus e exigiu essas cinco defesa de Buffon, mas apenas duas dessas intervenções foram difíceis: o toque de primeira brilhante de Mbappé, em passe de Dirar, no primeiro tempo, e a cabeçada de Germain, no segundo. As duas tentativas de Falcao foram mais tranquilas. A cabeçada iria para fora de qualquer jeito e o chute de dentro da área foi fraco, sem problemas para um goleiro com tanto talento quanto o veterano italiano.
A defesa intransponível da Juventus não é vazada há 621 minutos de futebol europeu. O último ser humano capaz de vencer Buffon na Champions League foi Pareja, do Sevilla, aos 9 minutos do primeiro tempo da quinta rodada da fase de grupos. Não sofreu nenhum gol no mata-mata e apenas dois em toda a competição. Além de Pareja, Tolisso marcou para o Lyon contra a Velha Senhora. Com uma retaguarda tão sólida, e um ataque eficiente, a Juve está muito próxima de sua segunda final de Champions em três temporadas.
