Modo Xabi Alonso: Jeito que o técnico lida com Mbappé no Real Madrid chama a atenção
Treinador diminui dependência do astro francês e impulsiona equipe Merengue com outros atletas
Xabi Alonso, 43 anos, estreou no comando técnico do Real Madrid neste Mundial de Clubes, na partida contra o Al-Hilal pela fase de grupos em 18 de junho. Apesar de pouco tempo no time Merengue, o espanhol se destaca pela postura além do campo e a forma de lidar com estrelas como Kylian Mbappé.
O treinador mostra superar o desafio da dependência do astro na equipe e não hesita em deixá-lo no banco de reservas quando ele não está 100% fisicamente. No torneio nos Estados Unidos, o francês esteve fora de combate nas três primeiras partidas e, mesmo em condições de jogar nos dois duelos posteriores, não foi titular.
Além disso, se sobressaiu a forma de Xabi Alonso tratá-lo — e cobrá-lo — durante um jogo. Mbappé entrou no segundo tempo dos confrontos contra Juventus (oitavas de final) e Borussia Dortmund (quartas de final) e ouviu bastante do técnico, segundo o jornal “Marca”.
Se comandante o via fora de posição, imediatamente gritava “Kylian, fique atrás da bola”, porque o sistema utilizado requer intensidade para atacar e também muita entrega sem a posse. A atitude de Xabi chamou a atenção do jornal.
— Do jeito que o Real Madrid quer jogar, se um jogador não pressiona, todo o plano vai por água abaixo. Então, se você tem que gritar com a estrela do time, grite com ele — escreveu o periódico.
O “modo Xabi Alonso” tem dado certo, e Mbappé marcou contra o Dortmund seu 44º gol com a camisa dos Los Blancos.
‘Efeito Flick' chega ao Real Madrid com Xabi Alonso
O sucesso inicial também leva a comparações com a chegada de Hansi Flick no rival Barcelona. Assim como o ocorrido com a ida do alemão ao time catalão, o grupo Merengue tem se destacado sob o comando de Xabi.
Em cinco jogos, são quatro vitórias e um empate, com 11 gols marcados e quatro sofridos. O mérito do técnico também é exposto no desempenho de atletas que, até então, estavam nas sombras, como Fran García — destaque diante do Dortmund — e Gonzalo García, usado como reposição às ausências de Mbappé e Endrick.
— Todos os jogadores, sem exceção, estão começando a melhorar suas atuações. Até Trent voltou a ser o “Alexander-Arnold” e se assemelhar ao lateral que brilhou em Anfield. Tudo o que o novo técnico toca, funciona — ressaltou o “Marca”.
