Vinicius Junior foge de punição pesada por expulsão e recebe gancho esperado
O brasileiro estará à disposição do Real Madrid para Supercopa da Espanha

Com a possibilidade de ficar suspenso por até 12 jogos pela expulsão contra o Valencia, na última semana, Vinicius Junior recebeu uma boa notícia nesta terça-feira (7). O brasileiro pegou o gancho de apenas duas partidas, conforme decisão do Comitê de Competição da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF).
Essa punição era esperada pelo Real Madrid, segundo publicaram jornais espanhóis nos últimos dias. O clube temia que o camisa 7 pegasse quatro jogos de punição e ficasse fora da Supercopa da Espanha, disputada nesta quinta-feira (9).
O gancho dado hoje será cumprido apenas em jogos por LaLiga (Las Palmas e Real Valladolid, em 19 e 25 de janeiro).
Os Merengues ainda vão recorrer da decisão por considerarem que o árbitro não analisou a provocação sofrida pelo brasileiro do goleiro Dmitrievski, vítima do empurrão no rosto do atacante.
O clube ainda relatou “graves insultos racistas ao jogador no momento imediatamente anterior à expulsão, que não foram registados na súmula nem motivaram qualquer ação do árbitro do jogo” e garantiu que o jogador se arrependeu de sua ação.
Como Vinicius Junior escapou de punição maior?
Para tomar sua decisão, o Comitê de Competição da RFEF levou em conta a súmula do árbitro do jogo em Mestalla, Soto Grado, na qual foi relatada que a ação de Vinicius Junior não foi tratada como agressão.
— [Vini Jr foi expulso por] bater deliberadamente na cabeça de um adversário, quando a bola não estava em jogo, usando força não desprezível. Uma vez expulso, o jogador foi retirado para os vestiários enquanto continuava seus protestos — relatou o juiz na súmula.
O Comitê, então, tratou a expulsão como “violência esportiva”. Se fosse considerado agressão, o brasileiro enfrentaria pena maior e poderia ficar fora da Supercopa.
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Ancelotti defendeu Vini Jr, que sentia a pressão no Mestalla antes mesmo da expulsão
Ainda no intervalo do jogo contra o Valencia, naquele momento 1 a 0 para os donos da casa, o camisa 7 assumiu para seus companheiros de equipe que estava “sobrecarregado” e que havia “muita tensão“, segundo o jornal “Marca”.
A situação emocional de Vinicius era justificada pelo contexto do estádio, perseguido por vaias e xingamentos das arquibancadas que já o ofenderam racialmente no ano passado. Na etapa final, ele terminou expulso, antes que o Real virasse a partida de forma emocionante.
O técnico Carlo Ancelotti defendeu o atacante no último domingo (5) ao dizer o quão complexo é encarar tudo que ele enfrenta na Espanha, além de questionar a cor do cartão, postura reiterada pelo clube institucionalmente.
— É muito difícil ser Vinicius. Aguentar todos os insultos e tudo o que lhe acontece e que já aconteceu. Não é tão fácil, mas ele tenta melhorar e aguentar tudo isso… e eu continuo pensando que em Valência, isso foi um cartão amarelo — declarou Ancelotti em entrevista coletiva.