Espanha

‘Se a Bola de Ouro fosse este mês, Raphinha lutaria com Yamal pelo prêmio’

Brasileiro foi o destaque da conquista da Supercopa da Espanha em cima do Real Madrid com dois gols e uma assistência

O título da Supercopa da Espanha do Barcelona sobre o rival Real Madrid neste domingo (12) veio com a assinatura de Raphinha. Na vitória por 5 a 2, o brasileiro marcou dois gols, um deles um golaço após driblar Tchuoaméni, e ainda deu a assistência para Baldé quando também fintou Valverde.

Ao fim dos 90 minutos, foi eleito o melhor em campo. O ponta que tem atuado pela esquerda soma 19 gols ao todo na temporada, além de nove assistências. Tudo isso em apenas 27 jogos, o que o credencia a ser candidato a Bola de Ouro, pelo menos segundo a crítica do jornal madrilenho “Marca” após a conquista de hoje.

— Raphinha é outro que está em nível superlativo no momento. Na verdade, se a votação da Bola de Ouro acontecesse este mês, ele lutaria com Lamine [Yamal] pelo trono de melhor do mundo — escreveu o Juan Ignacio Garcia-Ochoa, sub-diretor do periódico que costuma ser favorável ao lado dos Merengues.

— O seu jogo foi sublime, derrubando os defensores do Madrid com a cintura como se fossem pinos de boliche. É difícil escolher o seu melhor gol, seja a cabeçada à maneira de Lewandowski ou o segundo após furar meia defesa da equipe branca — completou o jornalista.

Raphinha ganha quase nota máxima de jornal catalão

Na Catalunha, os jornais também não pouparam os elogios ao brasileiro que mais faz sucesso na Europa neste momento. O “Mundo Deportivo” o definiu como “demolidor” e destacou o drible “estratosférico” no tento que colocou o cinco no placar.

— Demolidor. Sua final foi sensacional. Esteve muito presente desde as primeiras chegadas do Barça, com duas oportunidades que Courtois frustrou. Até que ele surgiu do nada para cabecear e fazer 3 a 1. Ele terminou o primeiro tempo dando a Balde o gol para fazer o 4 a 1 após um corte engenhoso e marcou o quinto para o Barça e o segundo para ele mesmo com um drible estratosférico. Exausto, ele pediu substituição — analisou o repórter Xavier Muñoz.

Já o “Sport”, deu a Raphinha a nota nove e, assim como o outro periódico, destacou como terminou “exausto”, o que evidencia como o jogador de 28 anos se entrega nas partidas.

— Goleador. Duas oportunidades muito claras nos primeiros minutos, uma cabeçada e um chute cruzado. Ele foi muito para posições interiores [no campo]. Grande gol de cabeça, o terceiro do Barça. Marcou o quinto em grande contra-ataque e acabou exausto — escreveu Ferran Correas.

Na Espanha, a final da Supercopa foi transmitida pela emissora “Movistar+” e a atuação do ponta da seleção brasileira também não passou despercebida pela equipe que trabalhou na partida.

O jornalista Carlos Martínez exaltou a liderança do atacante e como ele deu uma “lição” de capitania, enquanto o ex-jogador Paolo Maldini exaltou o talento do atleta.

O também ex-atleta Álvaro Benito foi ainda mais longe e disse que o camisa 11 deve ser dado como exemplo para os outros jogadores em como atuar: “É fácil para um treinador: senhores, joguem futebol como Raphinha, é assim que se joga”.

- - Continua após o recado - -

Assine a newsletter da Trivela e junte-se à nossa comunidade. Receba conteúdo exclusivo toda semana e concorra a prêmios incríveis!

Já somos mais de 3.200 apaixonados por futebol!

Ao se inscrever, você concorda com a nossa Termos de Uso.

Flick afirmou no passado que nunca teve um jogador como Raphinha

Em outubro, após o brasileiro marcar um hat-trick na vitória por 4 a 1 sobre o Bayern de Munique pela Champions League, o técnico Hansi Flick não teve medo em cravar que nunca comandou um jogador assim.

— Tenho uma equipe fantástica e os jogadores são inacreditáveis, mas nunca tive um jogador como Raphinha. Ele é incrivelmente dinâmico com e sem bola. Toda equipe precisa dele, mas nós o temos — exaltou.

E muito da melhor fase da carreira de Raphinha parte das orientações do alemão, que assumiu justamente nesta temporada. Antes um ponta direita de qualidade, mas sem tanto brilho, o brasileiro passou a atuar como meia ou pela esquerda, sem a obrigação de ficar colado na linha lateral e com muita liberdade.

Isso somado a uma grande confiança que Flick passa a ele, confirmada com o uso da braçadeira de capitão, o tornam o grande jogador desta temporada ao lado do colega Yamal e de Mohamed Salah, do Liverpool.

Foto de Carlos Vinicius Amorim

Carlos Vinicius AmorimRedator

Nascido e criado em São Paulo, é jornalista pela Universidade Paulista (UNIP). Já passou por Yahoo!, Premier League Brasil e The Clutch, além de assessorias de imprensa. Escreve sobre futebol nacional e internacional na Trivela desde 2023.
Botão Voltar ao topo