Título do Barcelona na Supercopa tem Ancelotti ‘vilão’ e humilhação para o Real Madrid
Culés amassam rival em jogaço coletivo e individual; falhas do comandante dos Merengues são expostas

Se esperava muito equilíbrio no El Clásico pela final da Supercopa da Espanha neste domingo (12), mas o Barcelona não permitiu. Os catalães humilharam completamente o rival Real Madrid, venceram por 5 a 2 (poderia ser mais) e levaram a competição pela 15ª vez, de longe os maiores campeões.
E, com exceção do claro mérito tático de Hansi Flick e individual de Raphinha, Lamine Yamal, Lewandowski e outros, o grande personagem, negativamente, foi o técnico Carlo Ancelotti.
O italiano levou a campo um time muito ofensivo com o quarteto Vinicius Júnior, Bellingham, Mbappé e Rodrygo, além de escalar Lucas Vázquez na lateral e optar por Tchouaméni na zaga ao invés de um zagueiro de origem, o caso de Acencio, que estava no banco de reservas.
O treinador de 65 anos demorou a mexer e só arrumou o time defensivamente aos seis minutos do segundo tempo, quando já tinha sofrido os cinco gols com várias falhas defensivas.
Nas redes sociais, as críticas a Ancelotti foram, de longe, as mais quentes, apesar do péssimo jogo individual de quase todo Real Madrid — potencializado pelo coletivo frágil. Nesta temporada, o Real já tinha sofrido 4 a 0 do rival da Catalunha por LaLiga, em pleno Santiago Bernabéu.
Gols são o exemplo dos erros de Ancelotti
Os cinco gols do Barça deram uma mostra do quão mal o técnico italiano montou seu time. O primeiro tento, de Yamal, foi um esculacho do jovem no sistema defensivo madridista. Lewandowski flutuou até o meio-campo e acionou a joia catalã, que deixou Mendy e Tchouaméni no chinelo e deu um lindo chute rasteiro.
Naquele momento, era o 1 a 1, pois Mbappé “achou” um bonito gol após contra-ataque puxado por Vinicius Júnior e ter colocado Baldé para dançar. A virada vem aos 35, ainda na etapa inicial, momento que Camavinga cometeu pênalti bobo e Lewa converteu.
Na sequência, em jogada na intermediária direita, Koundé teve toda a liberdade do mundo e deu um lançamento perfeito para Raphinha, atacando às costas de Vázquez, marcar.
O quinto, logo no retorno do segundo tempo, novamente expôs as falhas dos jogadores: Casadó escapou da pressão alta rival e acionou Raphinha. O brasileiro humilhou Tchouaméni e marcou o quinto, número marcante para o torcedor catalão por várias vitórias em cima do rival por esse placar.
A goleada só foi diminuída porque Szczesny errou ao sair do gol e fazer uma falta em Mbappé aos 11 minutos. Ele terminou expulso e Rodrygo cravou um gol de falta com ajuda de Peña.
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1º tempo: Barcelona poderia ter marcado mais do que quatro gols
A abertura do placar pelo Real pareceu um acidente. Quando Mbappé balançou as redes, após belo contra-ataque puxado por Vinicius Júnior eaos quatro minutos, Courtois já tinha salvo o Madrid com duas defesas espetaculares em tentativas de Yamal e Raphinha.
O Barça praticamente dominou do início ao fim, com exceção de um certo equilíbrio no meio do jogo, momento que Tchouaméni quase marcou em cabeçada após escanteio de Rodrygo e Szczesny salvou. Nesse momento, já estava 1 a 1 e a virada parecia questão de tempo
E a vantagem catalã, consumada aos 35 e ampliada aos 38 e 54, ainda poderia ter sido mais. Raphinha por pouco não fez em chute cruzado que passou rente à trave, Lewandowski se aproximou com uma cabeçada e Baldé exigiu nova defesa Courtois.
Nem com um a mais Real Madrid melhora
O quinto do Barça foi um balde de água fria no Real, que até voltou bem e tinha acertado a trave com Rodrygo após a única boa jogada de Vini Jr.
A expulsão e o gol do Rayo parecia que daria um maior incentivo ao Madrid, mas basicamente o time de Ancelotti não incomodou mais Peña, com exceção de um bom chute colocado de Mbappé que o goleiro se redimiu pela falha anterior. Nem as entradas de Modric e Brahim Díaz mudaram um dia histórico para os Culés.