La Liga
Tendência

Simeone ganhou uma goleada de presente no jogo em que superou Aragonés como o técnico que mais vezes treinou o Atleti

Memphis Depay e Antoine Griezmann fizeram golaços para marcar a ocasião, na melhor atuação do Atlético de Madrid na temporada

Diego Simeone conquistou o Campeonato Espanhol duas vezes e chegou a duas finais de Champions League. Recuperou o Atlético de Madrid como um dos maiores clubes da Espanha, com relevância no cenário europeu. Não precisava de mais nada, mas também atingiu uma marca histórica neste sábado. Quando começou o jogo contra o Sevilla, pela 24ª rodada do Campeonato Espanhol, chegou a 613 partidas à frente do clube colchonero e superou o lendário Luis Aragonés. E o seu time correspondeu à altura da ocasião: 6 a 1, com golaços de Antoine Griezmann e Memphis Depay.

O novo técnico que mais vezes treinou o Atlético assumiu o comando em dezembro de 2011. Está há 12 anos no cargo. Nesse período, fez com que um clube que passou pela segunda divisão na virada do século e estava apenas começando a sair do purgatório do meio da tabela disputasse a Champions League dez vezes seguidas.

Foi campeão espanhol em 2013/14 e em 2020/21 e, se as derrotas para o Real Madrid na final da Champions League doeram bastante, foram também confirmações de que colocou o Atlético de Madrid na elite do futebol europeu. Conquistou a Liga Europa e a Supercopa da Europa duas vezes e também levou uma Copa do Rei. Nunca terminou La Liga abaixo do terceiro lugar, exceto em seu primeiro ano, quando chegou no meio da temporada.

Com a melhor atuação da temporada, e o empate da Real Sociedad na sexta-feira, foi exatamente a essa posição que o Atlético de Madrid chegou, com 45 pontos, mas ainda distante demais para brigar pelo título – o Barcelona tem 59 e um jogo a menos. Eliminado de todas as outras competições, o Atleti está focado apenas no Campeonato Espanhol e busca assegurar mais uma vaga na Champions League.

Simeone decidiu, nessa sua escalação histórica, dar a Memphis Depay seu primeiro jogo como titular do Atlético de Madrid. E foi recompensado. Ele teve a primeira chance, aos dois minutos, após passe de Thomas Lemar, mas dominou mal e facilitou para Bono. O Atleti começou dominando e teve outra chance, aos 18, com Marcos Llorente acertando a trave. O gol saiu aos 23 minutos. Memphis dominou no círculo central, deixou com Griezmann e disparou. Recebeu o passe na medida, chegou na entrada da área e bateu na saída de Bono.

O Atleti ampliou logo em seguida. E foi uma pintura. Griezmann passou para Llorente que rolou para Memphis na entrada da área. O holandês dominou e soltou a bomba no ângulo de Bono. Os donos da casa estavam em uma posição confortável para fazer valer o seu sólido sistema defensivo, mas baixaram um pouquinho de intensidade e permitiram que o Sevilla retornasse ao jogo. Aos 38 minutos, Pape Gueye perseguiu um lançamento pela esquerda, evitou a saída e cruzou rasteiro para Youssef En-Nesyri desviar e descontar para os visitantes.

Griezmann não deixou o Sevilla estragar a festa de uma pessoa tão importante para a sua carreira. Logo aos oito minutos, recebeu o lançamento de Lemar e ajeitou de cabeça para Koke. Recebeu de volta e soltou um foguete de perna esquerda de fora da área que entrou no ângulo de Bono. Suso perdeu uma boa chance na sequência que poderia ter colocado fogo na partida. Mas o Atleti marcou novamente: Griezmann lançou para Llorente na ponta direita. Barrios desviou o cruzamento rasteiro à segunda trave, onde Carrasco apareceu para marcar.

Não era mesmo a noite do Sevilla. Llorente cometeu pênalti em Gueye, mas Rakitic mandou na trave. Iluminado, Griezmann puxou um contra-ataque em marcha lenta desde o campo de defesa, chegou à entrada da área e deu um passe lindo para Álvaro Morata. Bono defendeu o chute de primeira, mas o atacante espanhol marcou no rebote. E nos acréscimos, fez mais um gol, abrindo para a perna esquerda na entrada da área antes de soltar o pé esquerdo e selar a ocasião com chave de ouro.

.

.

Foto de Bruno Bonsanti

Bruno Bonsanti

Como todo aluno da Cásper Líbero que se preze, passou por Rádio Gazeta, Gazeta Esportiva e Portal Terra antes de aterrissar no site que sempre gostou de ler (acredite, ele está falando da Trivela). Acredita que o futebol tem uma capacidade única de causar alegria e tristeza nas mesmas proporções, o que sempre sentiu na pele com os times para os quais torce.
Botão Voltar ao topo