‘Não me mande calar a boca’: O que causou fúria de Raphinha após empate do Barcelona?
Irritado, atacante brasileiro não foi contido nem pelo técnico Hansi Flick

Barcelona e Betis empataram por 1 a 1 no último sábado (5), pela 30ª rodada de LaLiga, em um duelo que, para além do que as duas equipes produziram, ficou marcado pela confusão envolvendo o brasileiro Raphinha.
O atacante, que só entrou em campo no segundo tempo, deixou o jogo visivelmente irritado com a equipe de arbitragem, em especial com o auxiliar, pela forma como se dirigiu a ele nos momentos finais da partida.
— Você é um mal-educado. Não me mande calar a boca, não me diga para calar a boca. Quem você pensa que é? — disse o jogador do Barça ao fim do jogo.

Lance polêmico e pouco acréscimo: o que está por trás do dia de fúria de Raphinha
Quando Raphinha entrou em campo, por volta dos 12 minutos da segunda etapa, Barcelona e Betis já empatavam por 1 a 1. Depois que o brasileiro entrou, os Culés, que já haviam dominado os primeiros 45 minutos de jogo, mantiveram o amplo controle.
O duelo seguiu sem muita polêmica, com o Barcelona sem sofrer quase nenhum susto, até que os minutos finais chegaram e a confusão tomou conta. Boa parte dos jogadores do Barça questionaram o pouco tempo de acréscimo dado pelo árbitro Gil Manzano, que sinalizou apenas quatro minutos.
Além disso, o brasileiro reclamou muito de um escanteio ignorado pelo árbitro no último lance do jogo. O cruzamento que saiu dos pés do camisa 11 do Barça chegaria em Fermín com boas chances de fazer o segundo do seu time e garantir a vitória. Llorente, porém, desviou a bola para a linha de fundo. Mas o árbitro optou por finalizar o jogo antes da cobrança.
A gota d'água, no entanto, que fez Raphinha perder completamente o controle, aconteceu quando o brasileiro foi em direção a um dos árbitros assistente questionar sobre o escanteio não marcado. Nesse momento, ele teria ouvido o “cala a boca”.
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Sobrou para todo mundo
Revoltado, Raphinha partiu para cima do assistente e precisou ser contido pelos companheiros. Robert Lewandowski e até mesmo o técnico Hansi Flick tentaram acalmar o camisa 11, mas sem muito sucesso.
Em um dos muitos vídeos registrados mostra o goleiro Ter Stegen, que se recupera de uma lesão do joelho, tentando conversar com o brasileiro, que não quis papo e acabou empurrando o companheiro.
Raphinha vai ser punido pelo ataque de fúria?
Apesar do ataque de fúria ao fim do jogo contra o Betis, o camisa 11 do Barcelona não deve ser punido. E por um motivo bem simples.
O árbitro Gil Manzano não registrou na súmula pós-jogo nenhum dos protestos do brasileiro após o apito final. O árbitro também não transcreveu nenhuma das palavras que Raphinha dirigiu ao assistente.
Sem registros no relatório final do jogo, o Comitê Disciplinar da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) não deve julgar o brasileiro.