La Liga

Isco relembrou seu melhor, com um golaço nos acréscimos para dar a vitória ao Betis

O Osasuna empatou na Andaluzia aos 40 do segundo tempo, mas Isco, em boa fase no Betis, deu a vitória com uma pintura já aos 49 minutos

Isco chegou ao Betis sob naturais indagações. Faz tempo que o melhor do meia ficou para trás, em seus tempos de Real Madrid. A tentativa de se reerguer aconteceu no Sevilla, rival dos beticos, e não deu certo. O armador de 31 anos ficou sete meses sem clube, até assinar com os verdiblancos em julho. E consegue dar a volta por cima neste início no Benito Villamarín. Isco é o melhor do Betis na largada em La Liga e contribui às ambições da equipe. Neste domingo, foi brilhante: deu uma assistência e ainda anotou um golaço aos 49 do segundo tempo, que garantiu a vitória por 2 a 1 sobre o Osasuna na Andaluzia.

Os números de Isco nem são tão superlativos assim. Marcou três gols e ofereceu duas assistências em 14 aparições. No entanto, agrada a consistência que o veterano ganha no Betis. Virou titular indiscutível com Manuel Pellegrini e recupera a sua confiança, perdida há anos. A maneira como chama a responsabilidade e cria muitas oportunidades ao time vale demais. Parece comprometido com o projeto dos verdiblancos, com ofertas pontuais de sua reconhecida magia.

O golaço de Isco

Isco é o meia central do Betis, no 4-2-3-1 de Manuel Pellegrini. Tem o apoio de Ayoze Pérez e Assane Diao nas pontas, enquanto Willian José foi o centroavante titular neste domingo. Do outro lado, o Osasuna não vive um início de temporada tão bom, mas merece respeito sob as ordens de Jagoba Arrasate. David García, Moi Gómez, Chimy Ávila e Ante Budimir estavam entre os destaques na visita à Andaluzia.

Num primeiro tempo amplamente dominado pelo Betis, o gol demorou a sair. Willian José balançou as redes aos 46 minutos, mas num lance que dependeu de Isco. O meia pegou a bola livre na linha de fundo e cruzou para o centroavante se antecipar no primeiro pau. Já o segundo tempo mudou de figura, com a pressão do Osasuna pelo empate. Levou um tempo para os navarros concretizarem a reação, mas arranjaram o gol aos 40 minutos. Alejandro Catena deu um excelente lançamento do campo de defesa e Rubén García escapou nas costas da marcação. Dominou na área e bateu na saída de Claudio Bravo.

Restava pouco tempo para o Betis tentar buscar a vitória. A primeira finalização dos verdiblancos no segundo tempo só pintou aos 43, mas Abde Ezzalzouli mandou por cima da meta. Quem salvaria os beticos foi Isco, da maneira mais brilhante, aos 49 minutos. Numa cobrança de escanteio, a defesa rechaçou parcialmente o passe. A sobra ficou com Isco na lateral da grande área e o meia pegou uma bola muito difícil, de primeira, sem ângulo. O chute surpreendeu a todos e superou o goleiro Sergio Herrera, que não reagiu a tempo. Gol com o carimbo da maestria conhecida do camisa 22.

O Betis ocupa o sétimo lugar em La Liga, na briga por vaga nas copas europeias. O time de Manuel Pellegrini soma 17 pontos, mas exagerou nos empates até o momento. Já o Osasuna aparece na metade inferior da tabela, mas não tão longe. É o 11° colocado, com 13 pontos.

O golaço de Rakitic

Vale dizer que o golaço de Isco não foi o único entre os clubes andaluzes na rodada. No sábado, o Sevilla tomou sufoco na visita ao Cádiz, mas arrancou o empate por 2 a 2. Chris Ramos e Darwin Machís anotaram os dois primeiros para os Piratas, enquanto Lucas Ocampos descontou antes do intervalo. A igualdade sevillista se confirmou aos 15 do segundo tempo, graças a uma obra-prima de Ivan Rakitic. Numa bola solta na risca da área, o veterano teve o gatilho rápido para bater de primeira. Mandou uma bola cheia de efeito, que encobriu o goleiro Jeremías Ledesma e morreu na gaveta. Mais um que relembrou o futebol de craque do passado.

O Sevilla ainda não engrenou em La Liga, mesmo com a chegada de Diego Alonso ao comando. São três empates consecutivos, embora um deles contra o Real Madrid. Os rojiblancos estão no 13° lugar, com 10 pontos. O Cádiz está logo abaixo, em 14°, também com dez pontos. Entretanto, o jejum recente preocupa.

Foto de Leandro Stein

Leandro Stein

É completamente viciado em futebol, e não só no que acontece no limite das quatro linhas. Sua paixão é justamente sobre como um mero jogo tem tanta capacidade de transformar a sociedade. Formado pela USP, também foi editor do Olheiros e redator da revista Invicto, além de colaborar com diversas revistas. Escreveu na Trivela de abril de 2010 a novembro de 2023.
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