Guia de La Liga 2020/21 – Valladolid
Este texto faz parte do Guia de La Liga 2020/21. Clique aqui e veja todos os clubes.
Por Daniel Souza e Guilherme Bianchini
Cidade: Valladolid (Castilla y León)
Estádio: José Zorrilla (26.512)
Técnico: Sergio González (Espanha)
Posição em 2019/20: 13º (42 pontos)
Títulos: 0
Projeção: briga pela permanência
Principais chegadas: Roberto Jiménez (G, West Ham), Luis Pérez (LD, Tenerife), Javi Sánchez (Z, comprado em definitivo do Real Madrid), Bruno González (Z, Levante), Raúl Carnero (LE, comprado em definitivo do Getafe), Orellana (MD/MEI/ME, Eibar) e Shon Weissman (A, Wolfsberger)
Voltaram de empréstimo: Luismi (V/Z, Oviedo), El Hacen (MC, Lugo), Aguado (MEI, Numancia), Chris Ramos (A/PD/PE, Badajoz), Gassama (A, Fuenlabrada) e Marcos André (A, Mirandés)
Principais saídas: José Antonio Caro (G, emprestado à Ponferradina), Pedro Porro (LD/MD, pertence ao Manchester City), Salisu (Z, Southampton), Matheus Fernandes (V/MC, pertence ao Barcelona), Ben Arfa (MEI), Víctor García (PD, emprestado ao Sabadell), Sandro Ramírez (A/PD/PE, pertence ao Everton) e Enes Ünal (A, pertence ao Valladolid)
Time-base (4-2-3-1): Masip; Moyano (Luis Pérez), Joaquín Fernández, Javi Sánchez e Nacho; Míchel, Alcaraz, Óscar Plano, Orellana e Waldo; Sergi Guardiola.
Um time chato. Assim, sem meias palavras, é possível definir o Valladolid de Sergio González. O atributo pode parecer pejorativo para o público neutro, mas certamente é motivo de orgulho para o torcedor pucelano. Após chegar à elite de forma surpreendente, o limitado elenco operou um pequeno milagre ao enfileirar dois anos consecutivos em La Liga, à base de uma defesa sólida, muitos empates e vitórias em jogos-chave. Mas as ambições agora são outras, e o objetivo é dar um passo adiante.
O proprietário Ronaldo Fenômeno deseja colocar o clube em competições europeias no médio prazo, dentro de quatro anos. As metas atuais ainda são modestas, mas os movimentos da diretoria e o discurso do técnico deixam claro que uma mudança de perfil está em curso. Para dar criatividade a um sistema ofensivo carente, chegou o grande reforço da janela: Fabián Orellana. Apesar dos 34 anos de idade, o chileno mostrou no Eibar que ainda tem lenha para queimar.
A entrada do habilidoso meia deve causar até uma mudança no esquema, já que o costumeiro 4-4-2 pode se transformar em 4-2-3-1 para dar liberdade à nova estrela. Um Valladolid mais ousado também passa por mais espaço para o talentoso Waldo Rubio. Apesar de sempre mostrar qualidade em campo, o ponta recebia menos chances que o merecido, já que Sergio González sempre priorizou a defesa. Mas o próprio treinador avisou que pretende deixar a equipe mais ofensiva nesta temporada, e a sequência dada a Waldo nos amistosos indica que a ideia será posta em prática.
No comando do ataque, o oportunista Sergi Guardiola é uma garantia de gols, mas agora com a concorrência (ou parceria, a depender do esquema) de Shon Weissman. O israelense de 24 anos está entre as transferências mais alternativas do futebol espanhol nesta temporada. Ele despertou o interesse do Pucela após ser artilheiro do Campeonato Austríaco pelo Wolfsberger, com 30 gols. Uma aposta interessante, pois a equipe perdeu o titular Enes Ünal, que pertencia ao Villarreal e foi vendido ao Getafe.
A baixa mais sentida, porém, é a de Mohammed Salisu, jovem zagueiro que foi o maior destaque individual do Valladolid em 2019/20. O clube não resistiu às investidas da Premier League e vendeu o ganês ao Southampton, por 12 milhões de euros. Mas nem tudo são notícias negativas na defesa, já que o seguro Javi Sánchez foi comprado em definitivo do Real Madrid. Para oferecer mais opções ao setor, também chegou o experiente Bruno González, com boa rodagem em La Liga. A realidade pucelana ainda é a briga pela permanência, mas as novidades indicam que existe uma clara perspectiva de evolução.