La Liga

Guia de La Liga 2020/21 – Huesca

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Por Daniel Souza e Guilherme Bianchini

Cidade: Huesca (Aragão)
Estádio: El Alcoraz (7.638)
Técnico: Míchel Sánchez (Espanha)
Posição em 2019/20: 1º (Segunda)
Títulos: 0
Projeção: briga pela permanência
Principais chegadas: Andrés Fernández (G, Villarreal), Maffeo (LD, emprestado pelo Stuttgart), Kike Hermoso (Z, Ejea), Pablo Insua (Z, comprado em definitivo do Schalke) e Gastón Silva (LE/Z, Independiente)
Voltaram de empréstimo: Jovanovic (G, Deportivo La Coruña), Seoane (MC, Lugo), Joaquín Muñoz (PE/PD, Mirandés) e Jonathan Toro (A, Tondela)
Principais saídas: Miguelón (LD, pertence ao Villarreal), Josué Sá (Z, pertence ao Anderlecht), Datkovic (Z/LE, pertence ao Lokomotiva Zagreb), Doukouré (V/MC, pertence ao Levante), Dani Raba (MD/MEI/ME, pertence ao Villarreal), Jordi Mboula (PD/PE, pertence ao Monaco) e Cristo (A/PE, pertence à Udinese)
Time-base (4-3-3): Andrés Fernández; Maffeo (Pedro López), Pulido, Insua e Galán (Luisinho); Mosquera, Mikel Rico e Juan Carlos; Rafa Mir, Okazaki e Ferreiro.

Ao estrear na Primeira Divisão em 2018/19, o Huesca parecia um peixe fora d’água. Estádio diminuto, jogadores pouco experimentados e um novato no meio de gigantes. A combinação tornou o rebaixamento inevitável, apesar de alguns bons valores individuais, como Melero, Cucho Hernández e Chimy Ávila. Mas o clube de Aragão mostrou que nada foi por acaso, e já está de volta à elite após conquistar o título da Segunda. O retorno imediato evidencia a seriedade do trabalho desenvolvido em El Alcoraz.

Para se firmar em La Liga, os oscenses não pretendem abrir mão da identidade que garantiu o troféu na divisão de acesso. A equipe de Míchel Sánchez era segura, com bons números defensivos, mas sabia o que fazer com a bola no pé, e contava com um trio de ataque bastante entrosado: o jovem Rafa Mir, que chegou no meio da temporada e teve grande impacto com nove gols em 18 jogos; o veterano Okazaki (do título inglês com o Leicester), que foi o artilheiro da vitoriosa campanha; e o criativo David Ferreiro, um dos líderes de assistências do campeonato.

A confiança no setor ofensivo é tanta que o clube contratou reforços apenas para a defesa, até o momento. Reserva do Villarreal nas últimas temporadas, o goleiro Andrés Fernández chega para ser titular absoluto e garantir pontos cruciais na luta pela permanência. Quem também chega com moral é o lateral-direito Pablo Maffeo, emprestado pelo Stuttgart. Apesar da pouca idade (23 anos), ele já mostrou no Girona, em 2017/18, que tem nível suficiente para atuar em La Liga. Com a titularidade praticamente garantida nas primeiras rodadas, devido à lesão de Pedro López, o espanhol tem a chance de conquistar a confiança de Míchel.

Outra movimentação importante na janela foi a contratação em definitivo do zagueiro Pablo Insua, que pertencia ao Schalke 04. Ciente da necessidade de jogadores com alguma experiência na Primeira Divisão, a diretoria buscou o uruguaio Gastón Silva, que pode jogar na lateral esquerda e na zaga. O jogador vinha de três temporadas pelo Independiente, mas defendeu o Granada em 2016/17. Ainda assim, o treinador deve optar, a princípio, por uma dupla já conhecida no centro da defesa, com Insua e Pulido.

As surpreendentes campanhas de Granada e Osasuna em 2019/20 deixaram o sarrafo altíssimo para times recém-promovidos. O desafio é enorme para quem sonha se tornar um frequentador assíduo de La Liga. E o equilíbrio previsto para o campeonato pode ser um cenário convidativo para um clube como o Huesca, sem tradição na elite, mas com um trabalho sólido e de potencial, que tem na manutenção das peças e do estilo o maior trunfo para alcançar o objetivo. 

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