La Liga

Atlético de Madrid supera 18 anos de trauma para virar e roubar liderança do Barcelona

Colchoneros vencem por 2 a 1 em dia histórico para Diego Simeone

Foram 18 anos, 24 jogos, muitas derrotas doloridas e alguns empates até que o Atlético de Madrid vencesse a primeira contra o Barcelona na casa do rival. A histórica vitória dos Colchoneros, por 2 a 1, veio neste sábado (21), pela 18ª rodada de LaLiga, e, de quebra, roubaram a liderança dos catalães.

E só poderia ser bem ao estilo de Simeone, no cargo desde 2011 e até então sem nenhuma vitória no Camp Nou ou no Olímpico de Montjuic (palco de hoje). O time de Madri só teve basicamente duas chances e marcou. A última, aos 51 do segundo tempo, um contra-ataque finalizado por Sorloth na área.

Antes, aos 14 da etapa final, Álvarez puxou pela ponta esquerda, cruzou, Casadó afastou de calcanhar e virou a assistência perfeita para De Paul empatar o placar que tinha sido aberto por Pedri com passe de Gavi com meia hora do primeiro tempo.

Além de Sorloth e De Paul, o goleiro Jan Oblak conseguiu ser ainda mais decisivo ao defender três chances cara a cara de Fermín López, Raphinha e Pedri.

A última vitória do Atleti sobre o rival em Barcelona tinha sido em fevereiro de 2006. A de hoje, além de histórica pela queda do tabu, é a 12ª consecutiva na temporada. Se vencer a próxima, iguala a maior sequência de triunfos da era Simeone (13, entre agosto e outubro de 2012).

Pelo lado catalão, foi a terceira derrota seguida em casa, algo que não acontecia desde 1987. O time venceu apenas uma das últimas sete rodadas do Campeonato Espanhol e pode também ser ultrapassado pelo outro rival Real Madrid.

Barcelona domina 1º tempo e abre placar com justiça

Não é novidade que o Atlético de Madrid adote uma postura defensiva fora de casa e contra o Barcelona, mas exagerou na primeira etapa de hoje. A equipe subiu ao ataque em raras oportunidades e não finalizou uma vez sequer — nem errado. O máximo que fez, já aos 45 minutos, foi um cruzamento de Galan pela esquerda que quase encontrou Álvarez na pequena área, mas Inigo Martínez tirou.

A sua maneira, o time catalão teve muito a bola, dominou as ações e abriu o placar ao 29. Antes disso, até que encontrou dificuldades para encaixar os ataques. Se conseguia criar, acontecia por conta de Raphinha, que quase marcou duas vezes e por pouco não de uma assistência.

Logo no comecinho, o ponta, hoje pela direita, apareceu sozinho na segunda trave, mas errou um cabeceio fácil e a bola foi para trás. Pouco depois, tentou um chute colocado que tinha endereço, e a defesa tirou antes. Aos 24, Raphinha cobrou escanteio curto, recebeu de volta e cruzou para Gavi desperdiçar um gol feito no alto.

Oblak fecha o gol, conta com sorte, e Atlético de Madrid sai com vitória histórica

Mesmo com o placar aberto, o Barça manteve o mesmo domínio. Em 11 minutos, chegou três vezes com grandes condições de marcar. Na primeira, Oblak parou Fermín com o pé, enquanto Pedri errou a finalização na área aos nove. Na sequência, na cara do gol, Raphinha tentou uma cobertura e a bola explodiu no travessão.

Após essa pressão, vem o gol de Rodrigo de Paul, a primeira finalização do Atlético no jogo. O empate não esfriou o Barça. Oblak voltou a salvar em outras duas, Olmo errou o alvo, Raphinha também.

O Atlético quase virou com Barrios, parado por Peña com o pé. O visitante confirmou a histórica virada em outro contra-golpe, praticamente no último minuto.

Foto de Carlos Vinicius Amorim

Carlos Vinicius AmorimRedator

Nascido e criado em São Paulo, é jornalista pela Universidade Paulista (UNIP). Já passou por Yahoo!, Premier League Brasil e The Clutch, além de assessorias de imprensa. Escreve sobre futebol nacional e internacional na Trivela desde 2023.
Botão Voltar ao topo