
Quando o Real Madrid anunciou a volta de Carlo Ancelotti, em 2021, parecia uma volta ao passado mais pelo passado do que pelo presente. O técnico foi quem quebrou a espera de 12 anos pelo título da Champions League, em 2014. No retorno, ele conquistou o título que não tinha conseguido na primeira passagem, La Liga. Até por isso, o ano de 2022 é marcante para Ancelotti, segundo ele mesmo.
O técnico foi muito especulado para assumir a seleção brasileira após a saída de Tite, com o fim da Copa do Mundo. Só que o técnico disse que não irá deixar o Real Madrid, a não ser que o clube o demita. Por lá, ele tem contrato até 2024 e, pelo sucesso que teve na primeira temporada de retorno, isso parece improvável. Ao menos no curto prazo.
“Este é um ano especial que veio depois de um período bastante conturbado. Pensavam que a minha carreira estava chegando ao fim. Uma temporada única por como vencemos, especialmente a Champions League”, afirmou Ancelotti, em entrevista ao Il Foglio.
“Viradas espetaculares, derrubando todas as previsões com mil dificuldades a serem superadas. Considero este 2022 entre os anos mais especiais da minha vida. Sim, foram 12 meses para serem lembrados”, continuou o treinador.
Ancelotti ainda comentou sobre os 900 dias entre a demissão no Napoli e a conquista da Champions League com o Real Madrid. “É a história do futebol, é um bom filme porque às vezes acontece que as coisas não dão certo. Contudo, a experiência com o Napoli foi positiva. Queria retornar à Itália, fiz isso de um local quente e apaixonante”, descreveu o treinador.
“No Everton foi o mesmo, foi uma boa aventura porque fizemos coisas importantes, como vencer o derby do Liverpool em Anfield depois de 22 anos. Quando estava procurando, a ligação do Real Madrid veio como uma surpresa. Um retorno inesperado”.
Ancelotti ainda comentou sobre a experiência de ter vencido a Champions League como jogador e técnico. “Por causa da minha história no futebol foi construída nos dois times que têm mais tradição na Champions League, Real Madrid e Milan. Aqueles são os dois clubes que caracterizaram minha carreira, Milan como jogador e técnico e Real Madrid apenas como técnico”, disse.
Curiosamente, mesmo ligado ao Milan como jogador e técnico, Ancelotti confirmou que era torcedor da Inter quando criança. Como jogador, ele jogou ainda pela Roma e como técnico ainda dirigiu a Juventus e posteriormente o Napoli, mas nunca trabalhou na Inter.
“Sim, é verdade! Para mim, isso permanece sempre, pelo que foi, a simpatia pela Inter porque era o time da minha infância. De 6 a 15 anos, era um torcedor da Inter e, depois disso, lentamente, minhas ideias mudaram. Agora posso apenas dizer que sou 100% milanista”, disse o consagrado treinador.