Escolhemos pra você cornetar: 5 jogaços, 5 craques e 5 golaços da Copa até agora

Muita gente está dizendo e não somos nós que vamos estragar o coro: há tempos não se via uma Copa do Mundo tão boa, isso se ela não for a melhor de todos os tempos. Grandes jogos, atuações individuais impressionantes, torcidas empolgantes, muitos gols e também muitos goleiros se consagrando. Parece a fórmula certa daquele futebol que todo mundo gosta de assistir, reunida em um só torneio – e justo na Copa.
VEJA TAMBÉM: As oitavas de final da Copa foram mesmo espetaculares para os goleiros
O Mundial está tão bom que a nossa mão coçou e já começamos a fazer as listas dos melhores da competição, mesmo restando mais oito jogos e as três fases mais importantes do torneio para serem decididos. Jogaços, craques e golaços. E é impossível fazer essas escolhas sem as menções honrosas. Afinal, Alemanha x Argélia e até Grécia x Costa Rica (o melhor jogo ruim em muito tempo) mereciam seu espaço, assim como Luiz Gustavo, Charles Aránguiz e Keylor Navas estão fazendo um torneio estupendo ou as pinturas de David Villa e Granit Xhaka são inegáveis.
Abaixo, as escolhas votadas pela redação. E não deixe de comentar, concordar ou discordar. Porque é pra isso mesmo que fizemos essa seleção, para abrir o debate:
CINCO JOGAÇOS
Bélgica 2×1 Estados Unidos
O discurso de que era possível ter um ótimo 0 a 0 já tinha valido para Alemanha e Argélia, mas foi ainda mais aperfeiçoado no último duelo das oitavas de final da Copa. A ótima geração belga mostrou que também é uma ótima seleção, enquanto os Estados Unidos também fizeram uma partidaça ao seguirem à risca a estratégia de Jürgen Klinsmann. Os protagonistas foram Tim Howard e Kevin De Bruyne, o paredão que fechou o gol do US Team e o motor que fez os Diabos Vermelhos serem realmente infernais. Trinta minutos de prorrogação foi pouco tempo para o jogaço que a Fonte Nova recebeu.
Itália 2×1 Inglaterra
Um jogaço muito esperado pela fase de grupos. E que acabou não servindo de nada, já que as duas seleções acabaram eliminadas – e, mesmo se os ingleses vencessem, não seria suficiente para a classificação da equipe. A Arena da Amazônia recebeu o duelo entre duas equipes que tratavam diferente o relógio em seus estilos de jogo: a Itália o controlava, enquanto a Inglaterra fazia que ele corresse rápido. No final, a maestria de Pirlo acabou sendo decisiva para que quem quisesse parar o tempo fossem os ingleses. Sirigu não deixou.
Alemanha 2×2 Gana
Dois times totalmente diferentes e que, por isso mesmo, fizeram um duelo memorável. O primeiro tempo não foi tão bom. Emoções totalmente guardadas para os 45 minutos finais. A Alemanha pressionava, mas sofria demais com a força física e os contra-ataques de Gana – um filme que se repetiria nas oitavas de final, contra a Argélia. Götze abriu o placar, mas os Estrelas Negras buscaram a virada e poderiam ter feito mais, não fossem os contragolpes desperdiçados. No fim das contas, que decidiu foi Miroslav Klose, para se tornar o maior artilheiro da história das Copas, igualando os 15 gols de Ronaldo.
Holanda 5×1 Espanha
Era de se esperar que a reedição da última final da Copa rendesse um bom jogo na Fonte Nova. Não exatamente da forma que foi. Porque, durante o primeiro tempo, a Espanha ia confirmando o seu favoritismo dominando no ataque e abrindo o placar – não fosse Cillessen, poderia até ter feito mais. O golaço de cabeça de Van Persie, no entanto, recolocou a Oranje na partida. E impulsionou os holandeses para uma atuação impecável no segundo tempo. Parecia que Louis van Gaal tinha guardado todas as energias de sua equipe para massacrar a Roja naqueles 45 minutos finais. Com as atuações fabulosas de Robben e Van Persie, conseguiu.
Uruguai 2×1 Inglaterra
Pelas circunstâncias do grupo, o duelo em Itaquera se tornou de vida ou morte. E o Uruguai contou com o retorno de sua grande estrela, pelo bem e pelo mal. Menos de um mês depois de sair de um hospital em cadeira de rodas, Luis Suárez mostrou que estava totalmente recuperado. Suou e chorou para decidir o confronto a favor da Celeste, em partida que ainda teve como destaques Fernando Muslera e Álvaro Pereira – a personificação da raça uruguaia ao voltar para o jogo após a forte joelhada que sofreu na cabeça e que o deixou desacordado. Foi o adeus da Inglaterra na Copa.
CINCO CRAQUES
James Rodríguez
Era de se esperar que, com a ausência de Falcao García, James Rodríguez assumisse o protagonismo da seleção colombiana. Mas não da forma tão contundente como foi. O camisa 10 mostrou que é mesmo um craque neste início de Copa. Pode até não ser presente o jogo todo, mas é impossível de não notar a sua presença em todos os jogos. Seja com um passe decisivo, um chute perigoso ou o lance que vai decidir a partida. Seus números, com cinco gols (dois golaços) e duas assistências, falam por si.
Arjen Robben
Para muitos, Robben foi o vilão da final da Copa de 2010 ao perder aquele gol frente a frente com Casillas. Passado para o craque holandês. Primeiro, pela própria maneira como ele conseguiu humilhar o espanhol no quinto tento contra a Espanha. Depois, pela forma como ele está sendo imprescindível para a ótima campanha da Oranje no Mundial. Suas arrancadas são fundamentais em um time que depende bastante de seu brilho. E Robben vai correspondendo.
Paul Pogba
Apenas 21 anos, mas qualidade técnica de um veterano. Pogba parece tratar a Copa do Mundo como um torneio qualquer. Mesmo sem estar nas melhores condições físicas, domina o meio-campo da França de maneira impressionante, combinando força e talento. E a forma como atua, um jeito até elegante de tratar a bola, faz com que o seu futebol seja ainda mais notável. Forte candidato a receber o prêmio de melhor jovem do torneio.
Lionel Messi
Você pode até já ter visto um Messi mais brilhante em campo. Mas nunca tão decisivo em uma Copa do Mundo. Por mais que os lances geniais sejam esporádicos, eles vão acontecendo em todos os jogos. E levando a Argentina longe no Mundial. Com a sempre presente ajuda de Ángel Di María, seu fiel escudeiro nesta campanha, Messi vai resolvendo com dribles, passes precisos, chutes indefensáveis. O grande momento em Mundiais que tanto lhe cobravam.
Karim Benzema
Foi uma injustiça Benzema não ter sido convocado para a Copa de 2010. E, agora, até parece que o atacante francês está jogando por dois Mundiais. Fez uma primeira fase fabulosa, arriscando muito a gol e criando oportunidades para os companheiros. Não foi tão bem nas oitavas, na parceria com Giroud, mas bastou Griezmann entrar no time que o atacante acordou para o jogo. Centralizado no ataque, vai rendendo como poucas vezes na carreira.
CINCO GOLAÇOS
James Rodríguez contra o Uruguai
Tim Cahill contra a Holanda
Arjen Robben contra a Espanha
Eduardo Vargas contra a Espanha
Robin Van Persie contra a Espanha