Trave evitou que despedida de Suárez no Uruguai fosse histórica como sua carreira
Alguns centímetros impediram que Pistoleiro finalizasse sua passagem na Celeste Olímpica com um golaço
Quem diria que aquele jovem ansioso de 20 anos que estreou sendo expulso na seleção uruguaia em 7 de fevereiro de 2007 se despediria 17 anos depois com um dos grandes da história. Este é Luis Suárez, que encerrou sua passagem na Celeste nesta sexta-feira (6) no empate por 0 a 0 com o Paraguai.
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Foram 143 jogos por seu país (atrás apenas de Godin, 161), 69 gols e 21 assistências. Poderia ter sido 70 tentos se não fosse uma maldita trave no Estádio Centenário lotado pela 7ª rodada das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026.
Aos 18 minutos do primeiro tempo, o Pistoleiro recebeu um cruzamento que parecia perfeito para marcar seu adeus. Pellistri levantou à meia-altura, a defesa falhou de maneira inexplicável e a bola veio na medida para que desse um lindo voleio, direto na trave.
A única grande finalização da despedida do centroavante que encerra a carreira no futebol de seleções com quatro Copas disputadas e uma Copa América conquistada.
Uma pena, ainda mais porque Suárez parecia querer muito. Nos 45 iniciais, tentava apoiar todos os setores, dava opção e até deu um lindo toque de letra que permitiu que Maxi Araújo finalizasse em cima da marcação.
Já no segundo tempo, com um joelho castigado aos 37 anos, não conseguiu mais participar tanto e o fôlego se esgotou. A última grande cena fica para a briga que arrumou com Velázquez, resultando em um cartão amarelo. Nada mais Luisito do que isso.
Luis Suárez em sua última atuação pelo Uruguai:
- 90 minutos jogados
- 2 finalizações, 1 chute na trave e 1 drible certp
- 34 toques na bola, 18 passes certos (27 tentados, 67% de aproveitamento), 1 passe decisivo e 2 bolas longas certas (3 tentadas)
Fonte: SofaScore
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Paraguai tem melhores chances no 1º tempo
Os lances de Suárez na etapa inicial foram os pontos altos do mandante. Tirando isso, o time de Bielsa pouco fez, apesar de passar 60% do tempo com a bola no pé. Justificado, em parte, pelos vários desfalques do time por suspensão ou lesão.
Já o lado paraguaio assustou muito a torcida presente. Com 12 no relógio, uma falta cobrada curto de longe terminou com batida de Enciso, que estava completamente sozinho. A bola explodiu no pé da trave de Rochet.
Se o goleiro do Internacional só assistiu no lance anterior, ele foi essencial aos 30 para parar Almirón, na cara do gol, com uma ótima defesa.
Visitante segue perigoso, mas Uruguai consegue responder
Nos 45 finais, o lado visitante chegou mais forte novamente. Isidro Pitta protagonizou boas chegadas do Paraguai. Na primeira, bate e rebate após lateral na área quase resultou em gol do atacante, mas parou em Rochet.
Depois, o centroavante quase aproveitou uma falha bizarra de Cáceres para marcar, só que novamente o arqueiro colorado apareceu antes que o jogador do Cuiabá ficasse cara a cara sozinho.
Com Diego Gomez, de longe, o Paraguai quase marcou de novo e dessa vez a trave brilhou. Quando não foi em Rochet ou na trave, Enciso errou o alvo após roubada de bola no campo de ataque.
O Uruguai, ainda com dificuldades, só chegou em batida de longe de Brian Rodriguez com boa intervenção de Gatito. Maxi Araújo poderia ter tido algo claro se não fosse um carrinho de Júnior Alonso na hora H. Só restou o 0 a 0 no placar.