A punição da FIFA que fez Dibu desfalcar a Argentina e pedir desculpas
Goleiro campeão mundial não poderá atuar nos próximos dois jogos da Argentina nas Eliminatórias da Copa do Mundo
Quando a Argentina venceu o Chile por 3 a 0, no Monumental de Núñez, em Buenos Aires, no último dia 5 de setembro, no primeiro jogo da seleção após o título da Copa América, o goleiro Dibu Martínez resolveu aprontar.
Embalado pela torcida, resolveu ignorar todas as polêmicas já criadas na última Copa do Mundo, quando fez gestos obscenos usando a Luva de Ouro — prêmio oferecido ao melhor goleiro do torneio. Contra o Chile, porém, o objeto usado foi a taça de campeão da América.
Cinco dias depois, na derrota por 2 a 1 contra a Colômbia, o goleiro do Aston Villa, saindo do campo irritado, agrediu um cinegrafista que, como parte da sua função, registrava a saída da seleção argentina do gramado.
A Associação Colombiana de Jornalistas Esportivos (ACORD) chegou a pedir punição para o goleiro. E menos de um mês após o ocorrido, a FIFA resolveu acabar.
Os dois episódios da última Data FIFA, porém, não passaram despercebidos pela entidade máxima do futebol, que aplicou dois jogos de punição para o goleiro de 32 anos.
Ou seja: Dibu vai desfalcar a Argentina nos próximos dois jogos da equipe contra Venezuela e Bolívia, nos dias 10 e 15 de outubro.
Arrependido, porém punido
Nem tanto pelo empurrão ao cinegrafista, mas o que a FIFA quer mesmo é passar um recado ao goleiro: chega de gestos obscenos envolvendo troféus e virilhas.
Contra o Chile, foi a terceira fez que Dibu repetiu a cena. Antes do episódio da Copa do Mundo, o goleiro argentino já havia feito o gesto como provocação na final da Copa América de 2021, no Maracanã.
Pouco mais de um ano depois, fez novamente na Copa do Mundo, após o título contra a França.
Este último, não repercutiu nada bem, já que o festo contra os franceses foi feito no Catar, um país de maioria muçulmana.
Desta vez, Dibu não levou o caso na brincadeira. E nem poderia. Diferente das últimas vezes, agora o gesto virou não apenas uma questão “diplomática”. Agora o problema era, também, esportivo.
A Argentina vai ser obrigada a jogar sem o seu goleiro titular nos próximos dois jogos das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026.
Em nota divulgada nas suas redes sociais, o arqueiro pediu desculpas e se mostrou “arrependido”.
— Aceito a sanção da FIFA e peço desculpas se ofendi alguém, o momento de comemoração é para fazer muitas crianças sorrirem e não desrespeitar ninguém. Vou apoiar meus amigos nesta data Fifa com a dor de não poder estar lá. Nunca foi minha intenção desrespeitar ninguém, nem entendia que um gesto bem recebido pelas pessoas era ofensivo, mas tentarei não ofender mais ninguém — disse o goleiro.
Sem Dibu, a tendência é que Juan Musso, goleiro do Atalanta, seja o titular nos próximos dois confrontos da Argentina.
Líder, mas com a Colômbia na cola
Além da punição de Dibu, a derrota para a Colômbia também trouxe dor de cabeça para os próximos jogos dos argentinos.
Os Hermanos, antes absolutos na tabela, agora vêm a chegada dos colombianos, que estão a apenas dois pontos de distância. Caso tivessem vencido o último encontro, a argentina seria líder com oito pontos de vantagem.
Por isso, vencer Venezuela e Bolívia virou mais que obrigação. A verdade, porém, é que a seleção Alviceleste não deve ter muita dificuldade em cumprir esse objetivo.
O ideal, porém, é não dar sopa para o azar. Empolgada, a seleção da Colômbia vai enfrentar Bolívia e Chile mirando no topo das Eliminatórias.
