A Argentina venceu bem a Venezuela e deu sorte por Messi seguir inteiro, após sofrer uma entrada criminosa que valeu expulsão
Messi poderia ter sofrido uma lesão séria e, com um a mais, a Argentina viu Lautaro Martínez brilhar

A Argentina voltou a campo pela primeira vez após a conquista da Copa América e registrou uma vitória segura pelas Eliminatórias da Copa. Em Caracas, a Albiceleste rompeu a marcação apertada da Venezuela com boas tabelas e construiu o triunfo por 3 a 1. O caminho, todavia, se abriu depois de uma expulsão do lado venezuelano. E foi impressionante não apenas a entrada violentíssima de Adrián Martínez, como também o fato de que Lionel Messi não se machucou, mesmo ao receber uma solada no meio da perna. O camisa 10 passou em branco, mas comandou o ataque para os gols de Lautaro Martínez, Joaquín Correa e Ángel Correa. Soteldo descontou no fim.
Lionel Scaloni alinhou a Argentina com a base campeã continental. Messi se combinava com Lautaro Martínez no ataque. Já no meio, Ángel Di María e Giovani Lo Celso eram os principais responsáveis pela ligação. A Venezuela tinha Yeferson Soteldo entre os titulares, com Josef Martínez no comando do ataque. Enquanto isso, o técnico Leonardo González estreava nessas Eliminatórias. O comandante do Deportivo Lara assumiu o posto interinamente, após José Peseiro deixar o cargo por conta dos salários atrasados.
Depois de um início em que a Venezuela tentou apertar um pouco mais a marcação, a Argentina se soltaria. Aos 13 minutos, Rodrigo De Paul arriscou o chute da entrada da área e carimbou o travessão. Logo depois, Ángel Di María saiu de frente com Wuilker Faríñez e parou no goleiro. A Albiceleste trabalhava bastante os passes e tentava romper a marcação venezuelana. Não era um jogo fácil aos argentinos, mas Faríñez evitava o gol visitante. O goleiro faria outra boa defesa contra De Paul, sem que Lautaro Martínez aproveitasse o rebote.
O lance cabal aconteceu aos 29 minutos, quando Adrián Martínez deu uma solada na canela de Messi. O camisa 10 ficou no gramado, mas a jogada teve continuidade. O árbitro mostrou o amarelo inicialmente, mas logo o VAR orientou que corrigisse o absurdo e desse o vermelho. Foi uma entrada criminosa, que poderia ter quebrado a perna de Messi. O mais incrível é que o craque não se lesionou e continuou em campo normalmente.
Com um jogador a mais, a Argentina aumentou a pressão na reta final do primeiro tempo. Di María quase marcou um golaço por cobertura de fora da área, mas Faríñez espalmou e tirou a bola que tinha endereço. E o gol surgiria nos acréscimos, numa boa trama dos argentinos. O lance aconteceu pela esquerda e Giovani Lo Celso descolou um passe na medida para Lautaro Martínez. O atacante invadiu a área com espaço e definiu com frieza diante de Faríñez.
O segundo tempo continuou se resumindo no campo defensivo da Venezuela, com a Argentina pressionando por mais. A Albiceleste não arriscava tantas finalizações, mas conseguia boas linhas de passe e procurava os espaços na retranca vinotinto. Lautaro desperdiçou um bom lance, antes que os venezuelanos assustassem do outro lado. Buscando os contra-ataques, os anfitriões tiveram chegadas perigosas com Alex González e Yeferson Soteldo. O triunfo se consolidou apenas com as alterações de Lionel Scaloni, que aos 17 mandou para o campo Joaquín Correa e Ángel Correa, dando mais agressividade à equipe.
As tabelinhas da Argentina renderam dois gols seguidos, aos 26 e aos 29. Se Messi passou em branco, ele foi importante ao concentrar as atenções da marcação venezuelana e permitir que os companheiros definissem. O segundo tento foi anotado por Joaquín Correa, que recebeu de Lautaro no pivô e chutou no canto. Depois, em outra troca de passes envolvente, Faríñez defendeu o chute de Lautaro e Ángel Correa assinalou no rebote. Depois disso, a Albiceleste tirou o pé, mas seguiu melhor em busca do quarto. Messi tentaria o seu, mas parou em Faríñez. Foi somente no fim que a Venezuela descontou, graças a um pênalti. Já nos acréscimos, Soteldo cobrou com cavadinha e venceu o goleiro Emiliano Martínez. Porém, a reação ficou nisso.
A Argentina chega aos 15 pontos nas Eliminatórias. Abre novamente três pontos de vantagem sobre o Equador e mantém a invencibilidade na campanha. Já a Venezuela permanece com quatro pontos e se distancia da zona de classificação, a cinco pontos de alcançar a Colômbia para entrar no G-5.