Cortado por Senegal, Sadio Mané será uma baixa imensurável para a Copa do Mundo
O atacante havia sofrido uma lesão na fíbula em oito de novembro e chegou a ser convocado, mas seu corte foi confirmado pela Federação Senegalesa nesta quinta-feira

A Federação Senegalesa havia dito que a sua seleção não poderia contar com Sadio Mané nos primeiros jogos da Copa do Mundo por causa de uma lesão na perna que ele contraiu em seu penúltimo jogo pelo Bayern de Munique antes de se apresentar ao campeão africano. Nesta quinta-feira, veio a pior notícia possível. Mané foi cortado e será uma das maiores baixas do Mundial do Catar.
Entre os melhores atacantes do mundo, Mané começou a preocupar ao ser substituído aos 21 minutos do primeiro tempo da goleada do Bayern de Munique sobre o Werder Bremen, em 8 de novembro, menos de duas semanas antes da estreia de Senegal contra a Holanda, na próxima segunda-feira. O Bayern confirmou uma lesão na sua fíbula direita, mas afirmou que mais exames seriam realizados, enquanto havia rumores de que ele nem seria convocado para o Mundial.
Três dias depois, porém, o técnico Aliou Cissé anunciou os 26 de Senegal, com Mané, e começou uma corrida contra o tempo para que ele se recuperasse a tempo de ajudar a seleção, provavelmente a mais forte entre as africanas, em seu grupo que também conta com Equador e o país-sede Catar. Mas pelo Twitter, a Federação Senegalesa confirmou o corte: “Desejamos uma recuperação rápida para o jogador Sadio Mané, fora da Copa do Mundo”. O Bayern anunciou que Mané passou por uma cirurgia nesta quinta-feira para reconectar um tendão à fíbula de sua perna.
La @Fsfofficielle souhaite un prompt rétablissement à son joueur Sadio Mané, forfait pour la Coupe du monde 2022. pic.twitter.com/1Df9WrKrmt
— FSF (@Fsfofficielle) November 17, 2022
A Copa do Mundo de 2022, pela primeira vez disputada entre novembro e dezembro para fugir das altas temperaturas do país-sede, teve baixas importantes de jogadores que atuaram pelos seus clubes até uma semana antes da partida de abertura, no próximo domingo, entre Catar e Equador. Entre as mais notáveis, estão os francês N’Golo Kanté e Paul Pogba, que nem chegaram a ser convocados, além de Christopher Nkunku, do RB Leipzig, um dos atacantes em melhor fase no momento.
Outras seleções também tiveram problemas. A Argentina, que nesta quinta-feira cortou Nico González, perdeu o meia Giovanni Lo Celso, uma das engrenagens do seu meio-campo. Portugal não pôde contar com o atacante Diogo Jota, que havia ganhado espaço pelo lado esquerdo do ataque, e a Alemanha não terá Timo Werner. O México teve a importante baixa de Tecatito Corona, do Sevilla, e a Holanda está sem a liderança de Georginio Wijnaldum. A Inglaterra perdeu dois laterais importantes: o esquerdo Ben Chilwell e o direito Reece James, ambos do Chelsea.
Em nível de importância, a ausência de Mané, porém, está no primeiro patamar de baixas da Copa do Mundo. No começo do ano, ele conduziu a seleção senegalesa ao seu primeiro título da Copa Africana de Nações e depois a uma vitória sofrida contra o Egito, do ex-companheiro Mohamed Salah, na fase final das Eliminatórias Africanas. Embora Senegal seja a seleção com mais talento no continente, a presença de um craque como Mané era o seu diferencial para tentar chegar longe no Catar.
Desde que trocou o Southampton pelo Liverpool, em 2016, Mané se estabeleceu como um dos melhores jogadores da Premier League, sempre insinuante partindo das pontas, com capacidade de drible, criação e finalização, tanto que encerrou sua passagem por Anfield, após ter conquistado todos os principais títulos, atuando como centroavante. Ficou em segundo lugar na última Bola de Ouro, prêmio entregue pela revista France Football ao melhor jogador do mundo, atrás de Karim Benzema. Ele foi eleito o Melhor Jogador Africano pela segunda vez consecutiva.
No último mercado de transferências europeu, Mané, a um ano do fim de seu contrato, pediu para ser negociado com o Bayern de Munique, em busca de novos desafios. Uma novela relativamente longa terminou com o negócio fechado por € 32 milhões, mais € 9 milhões em variáveis. O Liverpool se despediu de um “gigante que tornou tudo possível”, nas palavras de Jürgen Klopp. O Bayern recebeu uma nova referência para o seu ataque, que perderia Robert Lewandowski para o Barcelona. Embora ainda não tenha explodido com a camisa dos bávaros, Mané contribuiu com 11 gols em 23 jogos nesta temporada.