Copa do Mundo

[Copa 2014, um ano] Papa tira sarro de bispo brasileiro por causa do gol contra de Marcelo

Para celebrar o primeiro aniversário do Mundial 2014, vamos retomar um dos lemas da Copa. Depois do “Não vai ter Copa”, do “Vai ter Copa, sim” e do “Devia ter Copa todo ano”, é a vez de gritar “Volta, Copa!”. A cada dia, uma retrospectiva do que ocorreu há um ano. Só para alimentarmos nossa saudade.

VOLTA, COPA: Confira a retrospectiva dia a dia do que rolou na Copa das Copas

O folclore

O Papa Francisco é um reconhecido amante de futebol, e era óbvio que ele ia aparecer com algum comentário ligado à Copa. Foi neste 16 de junho, quando foi divulgado um vídeo em que o argentino recebe bispos latino-americanos. Ao encontrar o de Salvador, disse: “Parabéns. O primeiro gol contra o Brasil deve ter sido difícil de engolir”. É muito carisma!

Mais diplomacia do esporte foi vista em Nova York. Javad Zarif, ministro das relações exteriores do Irã, teve um dilema: seguir nas reuniões na ONU sobre armas nucleares ou ver Irã x Nigéria na Arena da Baixada. Claro, ele foi sensato e priorizou o evento mais importante. A reunião teve de esperar.

Também na linha das prioridades, o governo de Gana deixou de lado a crise energética do país. Suspendeu o racionamento e comprou energia da Costa do Marfim para que ninguém perdesse o jogo da seleção local contra o Estados Unidos em Natal.

No Brasil, dois jogadores que disputavam a liderança da Copa do Mundo do carisma davam as cartas. Podolski aproveitou a notícia que Michael Schumacher havia saído do coma para fazer uma homenagem ao amigo, colocando o nome do heptacampeão da Fórmula 1 na chuteira para a estreia da Alemanha, contra Portugal. Enquanto isso, Balotelli postou no Facebook uma foto mostrando que ele já completou a página da Itália no álbum do Mundial. Mas ele o fez de um modo alternativo.

Bola rolando

Veja como começou nosso relato de Alemanha 4×0 Portugal, disputado na Fonte Nova: “De Santa Cruz Cabrália para Salvador, de Salvador até o Rio de Janeiro, e do Rio para o mundo. Os portugueses já tentaram esse caminho. A potência marítima do século 15 chegou ao Sul da Bahia, estabeleceu em Salvador a capital de sua maior colônia e, depois, a transferiu para o Rio de Janeiro. Portugal foi uma potência mundial. Agora é a vez de a Alemanha experimentar a rota”. Bem, quatro semanas depois, podemos dizer que os alemães tiveram sucesso na empreitada.

Outro belo jogo (e como teve belos jogos na Copa!) foi Estados Unidos 2×1 Gana em Natal. Os norte-americanos estavam traumatizados pela eliminação em duas Copas seguidas para os ganenses, mas Dempsey abriu o marcador com menos de um minuto de partida. Depois disso, houve muita pressão dos africanos, até que o empate veio perto do fim, quando os EUA não tinham mais pernas (as três substituições foram por lesão). Ainda assim, os norte-americano acharam um gol de bola parada no final em uma partida emocionante.

Ah, e a Copa finalmente teve um jogo realmente ruim. Irã e Nigéria ficaram no 0 a 0 em uma partida que os curitibanos devem ter esquecido.

Vídeo do dia

Eis o gol da vitória dos Estados Unidos sobre Gana. A imagem não vale tanto pelo resultado, mas pela reação do zagueiro americano, que ficou com aquela cara de “caraca, fiz um gol de Copa do Mundo, o jogo já está acabando, acho que será o gol da vitória, isso é grande demais e… e… e… alguém me segura porque acho que vou desmaiar”.

Enquanto isso, na Trivela

A Copa estava uma delícia, mas não dava para ignorar alguns problemas. por que o pontapé inicial do exoesqueleto foi praticamente ignorado pela transmissão oficial da TV?

No campo das amenidades, nosso enviado ao Amazonas mostrou como Manaus e Balotelli viviam uma simbiose. Ambos eram criticados pela grande imprensa sem que ao menos alguém se dispusesse a ouvir o que tinham a dizer, e a Copa era a chance de mostrar seus lados na história. Enquanto isso, publicamos um relato direto de Nova York sobre como os Estados Unidos estavam entrando no clima da Copa.

Oea do dia
Foto de Ubiratan Leal

Ubiratan Leal

Ubiratan Leal formou-se em jornalismo na PUC-SP. Está na Trivela desde 2005, passando por reportagem e edição em site e revista, pelas colunas de América Latina, Espanha, Brasil e Inglaterra. Atualmente, comenta futebol e beisebol na ESPN e é comandante-em-chefe do site Balipodo.com.br. Cria teorias complexas para tudo (até como ajeitar a feijoada no prato) é mais que lazer, é quase obsessão. Azar dos outros, que precisam aguentar e, agora, dos leitores da Trivela, que terão de lê-las.
Botão Voltar ao topo