Falta de reposição à altura para trio base do meio-campo do Botafogo custou caro em 2023
Depois de muitos testes e de ter Marlon Freitas, Tchê Tchê e Eduardo como base do meio-campo, Botafogo sofreu com a falta de mais opções de qualidade na reta final do Brasileiro
Assim como a temporada do Botafogo, o meio-campo do time foi do céu ao inferno durante 2023. Mas, antes de chegar no alto, este setor do time passou por muitos testes para formar o “trio” que atuou com mais frequência e foi responsável pelo grande começo de Campeonato Brasileiro e, em parte, também pela queda de produção da equipe na reta final, que, além de fazer o Botafogo perder o título, também deixou o clube fora do G4 do Brasileirão.
Então, sob o comando de Luís Castro, o Botafogo passou por muitos testes no meio-campo durante o Campeonato Carioca. Marlon Freitas, recém-contratado, Piazon, Lucas Fernandes, Danilo Barbosa, Patrick de Paula, Tchê Tchê, Eduardo, Gabriel Pires… Muitos nomes foram testados em diferentes formações durante o começo da temporada do Glorioso.
Em meio a tantos testes, o time demorou para engrenar e foi mal no Carioca, além de sofrer na primeira fase da Copa do Brasil. Mas este começo de temporada serviu para Luís Castro ajustar alguns pontos. Alguns jogadores, como Marlon Freitas, ganharam espaço. Outros, como Piazon, foram praticamente “escanteados”. Patrick de Paula, que fazia um bom começo de 2023, sofreu uma grave lesão no joelho esquerdo e ficou fora do restante da temporada.
A partir do Campeonato Brasileiro e do começo da Copa Sul-Americana, Luís Castro encontrou o meio que passou a formar o “time base” do Botafogo, com Marlon Freitas, Tchê Tchê e Eduardo. Eventualmente, Gabriel Pires e Danilo Barbosa também ganhavam oportunidades. Enquanto teve fôlego, o trio comandou o time do Botafogo na melhor fase da equipe na temporada.
Mas, no segundo turno, com a queda coletiva do time no returno do Brasileiro, alguns dos destaques do time também caíram de produção. Entre eles, Marlon Freitas e Eduardo, que foram dois dos melhores jogadores do primeiro turno do Brasileirão. Sem substituto a altura, principalmente para Eduardo, o Glorioso sofreu com a queda física do time, que não conseguiu manter o ritmo e acabou dando vexame no Brasileirão.
Esses foram os pontos fortes do meio-campo do Botafogo
Apesar da queda brusca no returno, Eduardo e Marlon Freitas tiveram excelentes começos de Campeonato Brasileiro. O meia era um dos destaques da competição, enquanto o volante era apontado como um dos melhores de sua posição. Com muita qualidade nas viradas de jogo e lançamentos, Marlon foi muito elogiado por Bruno Lage, que chegou a dizer que o levaria para a Europa.
Na reta final do Brasileiro, o Botafogo teve o retorno do Danilo Barbosa, que ficou fora de boa parte da competição por lesão. Com Danilo, o clube ganhou um jogador com boa chegada na bola aérea ofensiva e bom desempenho defensivo, o que fez falta no pior momento do clube na temporada.
Esses foram os pontos fracos do meio-campo do Botafogo
A falta de reposição a altura para o trio Marlon Freitas, Tchê Tchê e Eduardo cobrou caro do Botafogo na reta final do Brasileirão. Nos últimos jogos da competição, o camisa 33 parecia esgotado fisicamente, o que com certeza contribuiu para a sua queda de produção. A falta de minuto para os outros jogadores da posição também pode ter causados problemas para quando os mesmos eram acionados.
O Botafogo também sofreu com a falta de um volante com maior poder de marcação. Sob o comando de Bruno Lage, muitas vezes o time ficava muito espaçado e a zaga desprotegida.
O que esperar do meio-campo do Botafogo em 2024?
O Botafogo teve uma janela de transferências ruim no meio de 2023, quando o clube poderia ter feito contratações pontuais para reforçar o meio. Agora, o Glorioso deve passar por uma pequena reformulação no elenco, que vai afetar este setor. Lucas Fernandes e Gabriel Pires não devem seguir no time. Assim, o Botafogo deve buscar novos jogadores par compor o elenco.
