Brasil

Quantas vezes o Fluminense foi rebaixado?

Entre derrotas em campo e vitórias nos tribunais, Tricolor carioca amargou rebaixamento mais de uma vez

O Fluminense correu sérios riscos de rebaixamento em 2024. A vitória sobre o Palmeiras na última rodada, em pleno Allianz Parque, evitou o que seria o terceiro descenso concreto da história do Tricolor carioca — você já vai entender o “concreto”.

A equipe das Laranjeiras foi rebaixada da primeira divisão em 1997 e da segunda divisão em 1998. Em 1996, o Flu também chegou a cair, mas após acusações de suposto esquema de arbitragem, a CBF decidiu cancelar os rebaixamentos da edição.

Rebaixamentos concretos do Fluminense

  • 1997: caiu da primeira para a segunda divisão nacional;
  • 1998: rebaixado da segunda para a terceira divisão.

Assim como em 1996, uma decisão judicial impediu o Fluminense de cair no ano de 2013. Abaixo, a Trivela te conta essas e outras vitórias do clube carioca nos tribunais. 

1996: a primeira “virada de mesa”

Em campo, o Fluminense foi rebaixado na edição de 1996 do Campeonato Brasileiro. Afinal, terminou o torneio na penúltima colocação. Entretanto, uma acusação de esquema de suborno de arbitragem, conhecido como “caso Ives Mendes”, salvou o Tricolor da Série B.

Por conta do escândalo, na época exposto pela TV Globo, a CBF suspendeu o rebaixamento daquele ano. 

A decisão salvadora da entidade máxima do futebol brasileiro, porém, só adiou em um ano o descenso do Fluminense. Em 1997, o time carioca foi antepenúltimo no Brasileiro e caiu de vez para a segundona. 

- - Continua após o recado - -

Assine a newsletter da Trivela e junte-se à nossa comunidade. Receba conteúdo exclusivo toda semana e concorra a prêmios incríveis!

Já somos mais de 3.200 apaixonados por futebol!

Ao se inscrever, você concorda com a nossa Termos de Uso.

2000: “caso Sandro Hiroshi” e salto da terceira para primeira divisão

Uma confusão generalizada nos tribunais beneficiou o Fluminense em 2020. A equipe das Laranjeiras, que caiu para a Série C em 1998, e foi campeã em 1999, saiu da terceira divisão diretamente para a elite do futebol brasileiro. Isso só foi possível graças ao “caso Sandro Hiroshi”, que deu origem à Copa João Havelange

Em 1999, Sandro Hiroshi entrou em campo pelo São Paulo mesmo sendo proibido pela CBF. A entidade detectou irregularidades nas negociações entre Tocantinópolis (clube formador do atacante) e Rio Branco (clube que vendeu o atacante ao São Paulo). Descobriu-se, depois, que o jogador havia adulterado sua idade nos documentos. 

Em virtude da irregularidade do atleta são paulino, o Botafogo, que perdeu para o clube do Morumbi por 6 a 1, e o Internacional, que empatou por 2 a 2, conseguiram ganhar todos os pontos das partidas em questão nos tribunais. 

O triunfo no tribunal livrou o Alvinegro carioca do rebaixamento e fez o Gama ocupar tal posto. Indignada com a situação, a equipe brasiliense recorreu à Justiça comum contra a CBF, que acabou punida. 

Sem a entidade que comanda o futebol nacional, o Campeonato Brasileiro de 2000 foi organizado pelo Clube dos 13. Nomeada João Havelange, a competição contou com quatro módulos, compostos por 116 clubes de três divisões, propiciando assim o retorno do Fluminense à elite. 

2013: escalação irregular da Portuguesa salva Fluminense da degola

Torcedor da Portuguesa no Canindé em 2013
Torcedor da Portuguesa no Canindé em 2013 (Foto: Imago)

Em 2013, a história se repetiu: o torcedor do Fluminense viu o time ser rebaixado em campo, mas se salvar nos tribunais. Como consequência da escalação irregular do meia Héverton (contra o Grêmio), que estava suspenso pelo acúmulo de cartões amarelos, a Portuguesa, então 16ª colocada do Brasileirão, caiu uma posição na tabela.

A Lusa perdeu quatro pontos e acabou ultrapassada pelo Flu, que escapou de mais um rebaixamento. Na época, centenas de tricolores celebraram a “virada de mesa” na porta do STJD.

Foto de Guilherme Calvano

Guilherme CalvanoRedator

Jornalista pela UNESA, nascido e criado no Rio de Janeiro. Cobriu o Flamengo no Coluna do Fla e o Chelsea no Blues of Stamford. Na Trivela, é redator e escreve sobre futebol brasileiro e internacional.
Botão Voltar ao topo