Palmeiras, embalado pela qualidade de Veiga, bate um corajoso Santos e vai entrando nos trilhos
Diante do Santos, Palmeiras fez um jogo equilibrado no primeiro clássico do ano e vai mostrando crescimento

O Palmeiras foi melhor e venceu um corajoso Santos, neste domingo (28), no Allianz Parque. Mais de 40 mil palmeirenses viram mais um bom jogo de Raphael Veiga, que abriu o placar, completado por Flaco López: 2 a 1. Otero fez para os visitantes.
Já o Peixe, com um time mudado em relação à escalação da semana, contra o Botafogo-SP, mostrou, ao menos na segunda etapa, que tem potencial para crescer e não deixar seu torcedor desesperado com no ano passado.
O Verdão chega a sete pontos e lidera o Grupo B do Campeonato Paulista. O Santos, com seis, também é o ponteiro do Grupo A.
A dois jogos da decisão da Supercopa, o time de Abel Ferreira vai entrando no trilho, calcado num começo de ano espetacular de Raphael Veiga. Por mais um ano, o Palmeiras promete ser um time duro de ser batido.
1º tempo do Palmeiras: Dificuldade na hora de chutar
O Palmeiras fez um bom 1º tempo, mas teve uma certa dificuldade de bater a gol em boas condições. Até chutou, mas sempre travado.
O time jogou a primeira etapa inteira pressionando a saída de jogo de Peixe, que precisou recorrer a chutões do goleiro João Paulo diversas vezes. E, na hora do chutão, Gómez, Luan e Murilo eram rápidos para desarmar o ataque santista.
No ataque, o Alviverde tinha facilidade de chegar à frente, e buscava sempre atacar pelas duas laterais. Piquerez teve pelo menos quatro chances de cruzar em jogadas trabalhadas. Pela direita, nao só Mayke, mas também Veiga, Luan e Gómez centraram bolas na área.
Zé Rafael jogou bem próximo do ataque na fase ofensiva. E foi importante por se juntar a Veiga na criação. O Palmeiras finalizou sete vezes. E, entre os 33 e 36, teve três chegadas perigosas, com um chute de Zé, uma cabeçada de Murilo e uma falta cobrada por Veiga na trave.
A verdade é que o Palmeiras deveria ter ido para o intervalo à frente no placar.
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1º tempo do Santos: Peixe retraído
Preocupado com as condições do gramado do Allianz Parque, o técnico Fábio Carille iniciou o clássico mandando a campo um Santos com quatro mudanças em relação à equipe que venceu os dois primeiros jogos da competição.
Distribuído no 4-4-2, o treinador alvinegro optou por manter Felipe Jonatan, Giuliano, Guilherme e Julio César Furch no banco e colocar Kevyson, Tomás Rincón, Cazares e Willian Bigode em seus respectivos lugares.
Com uma postura mais cautelosa e com a zaga bem protegida, o Santos permaneceu a maior parte do primeiro tempo no campo de defesa à espera de uma boa oportunidade para se lançar nos contra-ataques. As subidas ao ataque, no entanto, foram raras.
A oportunidade em que a proposta quase se materializou foi aos 45 minutos, quando Aderlan ergueu bola na área e encontrou Rincón surgindo no meio da zaga do Palmeiras. A finalização, porém, sem direção e longe da meta defendida por Werverton.
2º tempo do Palmeiras: Gol cedo e queda de ritmo
O Alviverde voltou para a segunda etapa igual, mas teve a competência de abrir cedo o placar.
Logo aos 4, numa jogada que começou com Rony bem lançado pela esquerda, Veiga acionou Piquerez e correu para a área. A bola bateu em Aderlan e se ofereceu de volta para Veiga, que bateu mascado, mas forte, da marca do pênalti, para abrir o placar: 1 a 0.
O gol perturbou o Santos, que viu o Palmeiras ficar bem mais solto. Até, que, aos 16, veio o segundo. Rony recebeu pela esquerda e cruzou bem para Flaco. O primeiro chute, de primeira, foi defendido por João Paulo. Mas, no rebote, o argentino balançou a rede.
Por um tempo, a impressão que ficou foi que o Palmeiras tirou o pé um pouco antes do que deveria. Sem remédio, o Santos cresceu no ataque, até chegar ao gol, aos 23, com Otero, em contra-ataque pela direita.
O Palmeiras passou então a deixar a bola com o Santos, que cresceu no jogo e incomodou, mas num risco razoavelmente controlado. Tanto que o resultado terminou mesmo apontando o 2 a 1 para o Alviverde.
2º tempo do Santos: Santos volta com mudanças do intervalo
Com o intuito de melhorar o desempenho ofensivo na segunda etapa, Carille aproveitou o intervalo para mexer na equipe. Guilherme e Giuliano entraram nos lugares de de Tomás Rincón e Pedrinho.
Dez minutos mais tarde, no entanto, o treinador precisou recorrer ao banco de reservas novamente. Giuliano, com problemas musculares, pediu para deixar o gramado e viu Otero entrar em seu lugar – que viria a fazer o gol santista.
Assim como havia ocorrido na estreia contra o Botafogo-SP, Otero melhorou a capacidade ofensiva do Santos.
Depois de diminuir o placar, o Peixe esboçou uma postura mais avançada. Mas, apesar de pisar mais vezes no campo de ataque, o Santos não conseguiu sustentar a proposta em busca do empate.