Vitor Roque estreia bem, mas torcida do Palmeiras rouba a cena em classificação
Alviverde chega à sua sexta final consecutiva no Paulistão, desta vez enfrentando o Corinthians na decisão

Daria para ressaltar a ótima estreia de Vitor Roque, a boa partida de Martínez e até o segundo bom jogo de Micael. Mas o destaque do dia foi um Allianz Parque redivivo, como não se via há muito tempo.
Abel pedia há tempos, e a arquibancada atendeu e jogou junto. Mesmo sem a lotação máxima de 43 mil (o público foi um pouco superior a 38 mil pessoas), o torcedor foi fundamental para a conquista do 1 a 0 que levou o Palmeiras à sua sexta final consecutiva de Campeonato Paulista.
Até no silencioso protesto contra o racismo, quando o estádio se calou com punhos cerrados por um minuto, a força do torcedor se fez presente. Tanto quanto no chacoalhar das arquibancadas, que pode ser sentido em todos os cantos da casa alviverde.
Contra o Corinthians, no dia 16, essa mesma força, que gerou a maior renda do Paulistão — R$ 5.263.294,60 — será mais do que necessária. Afinal, por conta de ter a melhor campanha, o Alvinegro é quem decidirá em casa, no dia 23.
O Verdão segue rumo ao tetra.
São Paulo surpreende, Palmeiras sai na frente
A postura do São Paulo na primeira etapa foi surpreendente. Até por volta dos 18 do 1º tempo, o clube do Morumbis teve mais a bola e era mais perigoso.
Lucas ora se movimentava vindo do seu campo de defesa, pelo meio do campo, ora recebia livre na direita, nas costas da segunda linha do Palmeiras.
Mas foi mais ou menos aos 20 que o Palmeiras começou a dominar o jogo e sufocar o São Paulo. Com Veiga e Estêvão em noite de mais acertos que erros, Vitor Roque, Ríos e Facundo Torres eram os que traziam o Palmeiras para o ataque.
Foi Roque quem cavou o pênalti que Veiga transformaria em 1 a 0. O goleiro Rafael errou a batida do tiro da meta, o 9 roubou e, com a aproximação de Arboleda, que fincou a perna no solo, se jogou. O árbitro não quis o VAR. E Veiga abriu o placar, aos 47.
Vitor Roque brilha
O Palmeiras voltou melhor para o segundo tempo. E diante de um São Paulo que precisava ao menos empatar, começou a encontrar espaços pela direita do ataque, com Veiga, Rocha e Ríos.

A atuação de Vitor Roque continuava muito boa. Além de boas chances de bater a gol, o Tigrinho colocou Estêvão e Facundo em ótimas condições de bater a gol. Com câimbras e sob muitos aplausos, ele deixou o campo aos 30.
Depois dele, Abel começou a mudar o time e fez todas as alterações possíveis para conter um São Paulo valente o tanto quanto possível. Mas não o suficiente para conseguir a classificação.