Luighi pediu para jogar após ataque racista e elenco do Palmeiras rechaçou abandono
Atletas do Palmeiras se uniram diante do racismo contra Luighi

Diante do caso de racismo contra o atacante Luighi, em partida contra o Cero Porteño, na Copa Libertadores Sub-20, o grupo do Palmeiras teve uma postura contrária ao que muitos influenciadores e torcedores pediam nas redes sociais: abandonar a competição.
A Trivela apurou que, após o ocorrido, o grupo se uniu em torno da questão, como mostra de força. O tom era de “vamos pra cima”, segundo fontes ouvidas pela reportagem.
O gesto de deixar a competição até era visto como uma forma forte de protestar, mas entendeu-se que permanecer e brigar pelo título seria algo ainda mais marcante.
Luighi, mesmo muito abalado, era um dos que puxavam a fila pela permanência no torneio. O atacante, que integra o elenco profissional desde a temporada 2024, inclusive pediu à diretoria para retornar ao time das categorias de base e jogar a competição.
Em coletiva, Leila Pereira, presidente do Palmeiras, falou sobre a postura lamentável dos policiais presentes em Cerro Porteño e Palmeiras pela Libertadores sub-20… Inacreditável.
🎥 @DiegoMarada pic.twitter.com/jOk68nsyAG
— Trivela (@trivela) March 7, 2025
Palmeiras não foge à luta
A decisão dos atletas do Palmeiras ecoa as palavras de Leila Pereira, que deu uma contundente entrevista coletiva sobre o tema nesta sexta-feira (7), antes da apresentação de Vitor Roque.
— Vamos pedir a exclusão do Cerro Porteño da competição à Conmebol. Nos não vamos deixar o campeonato, não vamos deixar o campo jamais. Isso seria punir a vítima. Nós vamos resistir! — disse.
Segundo Leila, que tentou, em vão, falar com Alejandro Domínguez, presidente da Conmebol, o clube vai até as últimas consequências na tentativa de punir os envolvidos. O Palmeiras vai solicitar a exclusão do Cerro do torneio.
— Eu não deixo nada em branco, eu não fujo a nenhuma luta e não tenho medo de absolutamente nada. O que aconteceu foi um crime. Os responsáveis serão processados. Isso não vai ficar assim — disse ela.
— Eu tentei falar com o presidente da CONMEBOL e não consegui. Eu nem ia comentar isso, mas… A CONMEBOL está sendo displicente. Podem ter certeza: se não resolvermos na CONMEBOL, vamos resolver na FIFA.