Brasil

Palmeiras não usa Paulistão como vitrine, e jovens ganham pouco espaço para se mostrar

Abel Ferreira tem utilizado os principais jogadores na maioria dos jogos do Palmeiras, e postulantes a mais espaço não têm conseguido muitos minutos

O Palmeiras encerra no sábado (9) sua participação na primeira fase do Campeonato Paulista. O clube ainda não assegurou a liderança geral, de modo que não é impossível que o time tenha força máxima — especialmente após ter a semana sem jogos desde o Choque-Rei.

Com 25 pontos, um empate diante do Botafogo-SP, na Arena Barueri, garante ao time de Abel Ferreira, a ponta geral do torneio — o Santos, segundo colocado, tem 22.

Desse modo, pode ser que alguns jogadores acabem perdendo mais uma oportunidade de se mostrarem ao técnico Abel Ferreira e à torcida. São os casos de Garcia, que fez só dois jogos, de Estêvão e Vanderlan (com três), além de Fabinho e Luis Guilherme (5).

Lázaro também tem apenas três jogos na temporada, mas chegou depois dos demais e, claramente, está em uma prateleira diferente: chega para disputar posição como titular. Caso parecido com o de Endrick, com quatro, mas que é indiscutível na equipe.

Por outro lado, a baixa rodagem de Breno Lopes, que só entrou em campo seis vezes, causa estranhamento. Por mais que o ex-tricolor seja versátil, não deixa de surpreender o fato de Caio Paulista ter oito jogos no ano — dois a mais que Breno, portanto.

Dupla de crias precisa mostrar mais

Talvez os dois jogadores que mais precisem mostrar trabalho são Jhon Jhon e Luis Guilherme. Embora Jhon tenha nove jogos no ano, seu desempenho não vem convencendo.

O meia-atacante foi bem contra o São Bernardo, entrou contra o Corinthians e, depois, não foi mais a campo. Contra o São Paulo e o Mirassol, ele nem sequer foi relacionado.

A situação de Luis é ainda pior. Com alto valor de mercado, o jogador foi mais um a atuar contra o São Bernardo, mas não convenceu. Ficou fora do banco contra o Corinthians e apenas assistiu aos três confrontos seguintes.

Embora tenha atuado pouco, o caso de Estêvão também é uma exceção. O jogador, afinal, tem apenas 16 anos. Suas entradas nos jogos têm servido mais como maneira de fazê-lo ganhar rodagem do que como opção de mudança no jogo.

Mesmo assim, ele conseguiu uma assistência no Paulista: contra o São Bernardo, foi dele o cruzamento para Flaco López fazer o gol da vitória.

Volância é terreno complicado

Fabinho é mais um que vem jogando pouco. Mas nesse caso, a falta de espaço é mais do que explicável: Abel mal tem espaço para os jogadores consagrados da posição. A ponto de Zé Rafael e Ríos hoje brigarem por espaço entre eles, dado que Aníbal Moreno, único jogador do elenco a atuar em todas as partidas do ano, ter tomado conta de uma das vagas.

Gabriel Menino é mais um que vem sofrendo para conseguir mais tempo em campo por conta da briga de faca que se tornou conquistar um lugar seguro como volante. Mesmo assim, já soma dez entradas em campo nesta temporada.

Os números de jogos do elenco

  • Moreno (12)
  • Richard Ríos, Rony e José López (11)
  • Weverton, Marcos Rocha, Piquerez, Murilo, Gabriel Menino, Zé Rafael (10)
  • Luan e Jhon Jhon (9)
  • Caio Paulista e Raphael Veiga (8)
  • Gustavo Gómez  (7)
  • Breno Lopes (6)
  • Endrick, Fabinho e Luis Guilherme (5)
  • Mayke (4)
  • Lázaro, Naves, Vanderlan e Estêvão (3)
  • Marcelo Lomba, Gustavo Garcia e Bruno Rodrigues (2)
Foto de Diego Iwata Lima

Diego Iwata LimaSetorista

Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero, Diego cursou também psicologia, além de extensões em cinema, economia e marketing. Iniciou sua carreira na Gazeta Mercantil, em 2000, depois passou a comandar parte do departamento de comunicação da Warner Bros, no Brasil, em 2003. Passou por Diário de S. Paulo, Folha de S. Paulo, ESPN, UOL e agências de comunicação. Cobriu as Copas de 2010, 2014 e 2018, além do Super Bowl 50. Está na Trivela desde 2023.
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