Palmeiras arranca bom resultado do São Paulo após péssimo 1º tempo e reinvenção, com muita garra, na segunda etapa
Após mudança no intervalo, Palmeiras deixou boa impressão e sensação de alívio para o torcedor
Foi um dos Choques-Rei mais tensos dos últimos tempos. Mal no 1º tempo, mas muito bem no 2º, o Palmeiras deixa uma boa impressão para o seu torcedor neste 1 a 1 jogado no Morumbis, neste domingo (3), pelo Campeonato Paulista.
A garra demonstrada na segunda etapa só não foi maior do que a inteligência do time, que conseguiu se reinventar ao longo do jogo para arrancar um empate e impedir uma derrota que seria muito indigesta e atrapalharia a evolução da equipe.
O resultado também limpa as barras de Abel, que escalou um time travado pelo São Paulo e por Thiago Carpini na primeira etapa da partida. E de Weverton, que foi responsável direto por mais um gol sofrido por sua equipe.
No fim das contas, o resultado é bom para o Palmeiras, que caminha para ter a melhor campanha da 1ª fase do Paulistão por mais um ano.
Parecia uma boa escalação
No papel, o time que entrou jogando parecia ótimo. Um meio-campo com Moreno, Ríos, Zé Rafael e Veiga impõe muito respeito, afinal. E, por uns 15 minutos, deu certo.
Com superioridade numérica, o Palmeiras sufocava o São Paulo. Veio a primeira chance, com Flaco. Veio a segunda, com Moreno. Veio a terceira, com Veiga. Até que veio a primeira do São Paulo.
O Tricolor apertava a defesa do Palmeiras na saída de jogo, o que forçou Weverton a dar mais de um chutão. Aos 25 minutos, porém, o goleiro tentou um passe central para Richard Ríos. Pego de surpresa, o colombiano não dominou e perdeu para Pablo Maia, que vinha na corrida.
Põe na conta do Weverton
A ingratidão é um dos piores defeitos que o ser humano pode ter. Mas a realidade precisa ser enxergada. E, com esse, já são cinco, os gols sofridos pelo Palmeiras que podem ser colocados na conta do camisa 21: Novorizontino, Inter de Limeira, Corinthians, Mirassol e São Paulo.
Lucas recebeu de Wellington e furou. Mas Alisson acertou. Um chute fraco, é verdade. Que passou ao lado do goleiro alviverde. Que ajoelhou e viu a bola passar ao seu lado, vagarosa.
Com o gol, o São Paulo se fechou. E o Palmeiras não teve jogadores suficientes para furar a parede montada por Carpini. Zé Rafael, Piquerez, Ríos, Veiga, todos que chegavam, batiam na parede e tinham de dar meia-volta. Endrick, por exemplo, estava na linha do meio-campo, mais preocupado em marcar Wellington do que em atacar.
Desse jeito, não ia dar para seguir.
4-3-3, ou quase
Abel Ferreira voltou para o segundo tempo sem Ríos e com Lázaro. Desse modo, recuperou a força no ataque. E o Palmeiras voltou a sufocar o São Paulo. Mayke também entrou na vaga de Marcos Rocha.
Até os 10 minutos, o time da casa praticamente não atacou. O Palmeiras ganhava todas no meio-campo e saía com força para chegar à frente. E obteve o resultado.
Veiga cobrou a falta na área e Rafael, ao tentar cortar, acertou sim, a bola. Mas também acertou a cabeça de Murilo. O juiz, não viu, mas o VAR o chamou. E Veiga empatou o jogo para o Palmeiras.
O gol murchou o São Paulo e, por mais dez minutos, o Palmeiras teve uma janela para virar o jogo. Mas o São Paulo se segurava e só cheggava contra-atacando.
Como aos 20, quando Luciano chegou a dominar de costas na pequena área, se embolar com Piquerez e cair. O juiz não deu nada, e o VAR o chamou novamente. Mas, desta vez, a marcação de campo foi mantida.
O Palmeiras martelou muito. Não foi por falta de insistência, que o resultado não veio. Mesmo tendo quase tenha levado um novo gol de Alisson, aos 45, o Palmeiras retomou o jogo e mereceu sair com a vitória.
Em vez disso, sai com um empate conquistado com garra. Pensando no que foi o 1º tempo, e a melhora enorme do 2º, foi um bom resultado.