Palmeiras tem lições a aprender com o Barcelona para encarar o Corinthians
Verdão pode copiar muito do que fizeram os equatorianos para ficar com a vaga

Em que pese toda a mística inerente a um Dérbi, em especial em uma final de campeonato, o momento psicológico do Corinthians é muito pior que o do Palmeiras para a 1ª perna da final do Campeonato Paulista, neste domingo (16), às 18h35 (horário de Brasília).
O principal motivo é a recente eliminação alvinegra na pré-Libertadores, na última quarta-feira (12), para o Barcelona de Guayaquil. Mesmo vencendo em casa por 2 a 0, o Corinthians não conseguiu a vaga na fase de grupos pela terceira vez na sua história — recorde isolado entre os clubes do Brasil.
É evidente que o Palmeiras é mais forte que o Barcelona. E que a equipe de Abel jamais cometeria a cera absurda perpetrada pelo Barcelona na Zona Leste de São Paulo. Mas há lições que a equipe do elegante técnico Segundo Castillo pode dar ao time de Abel Ferreira.
1. Aproveitar o fator casa
A primeira é óbvia, mas precisa ser ressaltada. Segurar o Corinthians em seus domínios, com mais de 45 mil vozes empurrando, é tarefa para poucos.
Embora o futebol corintiano não tenha sido grande coisa em Itaquera, mais uma vez a equipe mostrou força. Não apenas a do seu time, mas em especial de seu estádio, a Neo Química Arena. Uma armadilha que os equatorianos só evitaram porque conseguiram um 3 a 0 em casa.
Desse modo, aproveitar o jogo de ida no Allianz, com 44 mil pessoas fazendo o mesmo, é fundamental. Não dá nem para pensar em algo diferente.
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2. O Corinthians se abala e sofre apagões
O time de Ramón Diaz demonstra vulnerabilidade emocional quando vazado. É comum o time se desestabilizar quando sofre gols.
Em Guayaquil, o Alvinegro levou um pouco de sorte porque o primeiro do time da casa saiu já no finzinho da etapa inicial, o que deu a Ramón e Emiliano Díaz a chance de reorganizar a equipe no intervalo.
Mas o segundo e o terceiro gols aconteceram em sequência, aos 35 e 39 da etapa final. Se abrir o placar, o Palmeiras precisa aproveitar a janela que fatalmente vai aparecer.

3. Rodrigo Garro tem que pegar o mínimo possível na bola
Memphis é o mais famoso e festejado atleta do elenco corintiano. Mas é Rodrigo Garro, mais do que o holandês, quem faz o Timão jogar.
No jogo de Guayaquil, o argentino pouco pegou na bola. Pressionado, acertou apenas 22 passes no jogo inteiro. E, sem ele, o time não chega ao gol adversário. O Corinthians foi para o intervalo no Equador com zero chute a gol, por exemplo.
Na volta, com Garro muito mais participativo, mesmo sem o resultado de que precisava, o Corinthians conseguiu abafar os visitantes.