Palmeiras: os destaques, decepções e surpresas da temporada
Clube alviverde termina o ano de maneira melancólica com vice do Brasileirão, mas também há o que se comemorar
O Palmeiras ainda vinha embalado pela conquista do Campeonato Brasileiro do ano passado quando recebeu o primeiro grande baque de 2024.
Em 4 de fevereiro, mais uma vez nos pênaltis, como fora na Copa Libertadores de 2023, o Verdão viu o troféu escapar pelas mãos.
Para piorar, o algoz foi o São Paulo. Que, de certo modo, conseguiu, com esse resultado, apagar um pouco do brilho da goleada por 5 a 0 aplicada pelo time de Abel Ferreira no início da arrancada do ano passado.
Mal sabia o palmeirense que a decepção na Supercopa Rei era apenas a primeira de um ano que saiu completamente diferente do planejado pelo clube.
Uma sequência de decepções que a conquista do 26º Campeonato Paulista do clube passou longe de aplacar.
Estêvão superou Endrick e foi o destaque do Palmeiras
Não há como citar outro nome que não o de Estêvão como o maior do Palmeiras em 2024. O atacante foi brilhante do começo ao fim da temporada — em que pese a notória queda física no último mês, em decorrência da maratona da temporada.
Com apenas mais sete meses de Palmeiras, o ponta mostrou mais lenha para queimar e repertório que Endrick, seu ex-colega na base, hoje reserva no Real Madrid.
Endrick, contudo deixou o clube como maior protagonista na conquista de um Campeonato Brasileiro. Algo que Estêvão não terá mais como fazer.
Veiga e Aníbal tiveram rotas opostas
Raphael Veiga começou o ano mal, claramente cansado com o acúmulo de esforço dos últimos anos. Mas, a partir de setembro, começou uma escalada que o fez fechar a temporada novamente como destaque decisivo e referência técnica.
Já a trajetória de Aníbal Moreno foi inversa. Vindo do Racing, o argentino chegou voando. Comparado por Abel com Danilo, foi inclusive elogiado por ser mais “caçador” que o volante do Nottingham Forrest.
Mas com um calendário com o dobro de partidas do que estava habituado a fazer em seu país, Moreno encerrou a temporada claramente pregado, jogando mal e prejudicando a equipe, pela falta de desempenho após ter se tornado imprescindível.
Mesmo assim, fecha o ano como um dos três destaques.
Felipe Ânderson chega quando da Itália? E Lázaro vem da Espanha?
São tipos de decepções diferentes, mas os dois jogadores que vieram da Europa direto para o Brasil mostraram menos do que se esperava.
Felipe só foi para o banco contra o Fluminense e mostrou lampejos do atleta que era pretendido pela Juventus. Mas ainda está muito abaixo do que se imaginava que ele entregaria — em que pese ter atuado a maior parte do tempo na esquerda, onde está menos acostumado.
O que mais espantou em Felipe foi a falta de audácia, citada até mesmo por Abel Ferreira em entrevista coletiva — além de um claro desconforto com a pressão exercida pela torcida.
Contudo, entende-se que seu problema seja de adaptação. E que seus 2025 será melhor.
Já Lázaro perdeu espaço a ponto de ser ultrapassado por Dudu, um jogador que o clube claramente não queria mais, e não permanecerá no elenco alviverde para 2025.
Vitor Reis está mais do que pronto
Ao longo do ano, tanto Gustavo Gómez quanto Murilo tiveram contusões sérias, que os afastaram de partidas do Palmeiras. Para completar, Luan foi negociado logo após o Paulistão. Mesmo assim, o Palmeiras terminou o ano como a melhor defesa do Brasileirão.
O mérito é de Vitor Reis. O garoto de 18 anos está mais do que pronto. Atuou com brilho ao lado e substituindo os veteranos.
Uma pena para o Palmeiras que tamanho brilho em breve o coloca em uma rota para fora do clube. A Europa já aguarda ansiosamente a chegada do defensor.