Brasil

Oscar faz torcida do São Paulo sonhar, mas terá que superar dois problemas em 2025

Tricolor prepara anúncio do retorno do meia como reforço com contrato por três temporadas

O torcedor do São Paulo aguardava ansioso pelo anúncio de Oscar como primeiro — e muito sonhado — reforço do clube para 2025. Ele veio primeiro informalmente, mas depois oficialmente na tarde desta terça-feira (24).

No Brasil desde a última semana, o meio-campista esteve no CT da Barra Funda na última segunda-feira (23), quando realizou também exames médicos no Hospital Albert Einstein.

Oscar assinará contrato por três temporadas para o seu retorno ao clube que o revelou, 15 anos depois de sua saída polêmica em 2009.

Ao mesmo tempo que a contratação do meio-campista deixa os são-paulinos esperançosos, a questão física do meia de 33 anos também desperta uma interrogação na cabeça do torcedor.

Oscar volta ao Brasil depois de oito temporadas no futebol chinês, onde virou o grande ídolo do Shanghai Port.

Mesmo que tenha sido protagonista de sua equipe em três títulos do campeonato local (2018, 2023 e 2024) e de uma Supercopa (2019), o meia volta ao Brasil após quase uma década bem distante das ligas mais competitivas.

Abaixo, a Trivela revisita a passagem de Oscar pela China para entender como ele chega para suportar a intensidade e o calendário pesado no futebol brasileiro pelo Tricolor.

Calendário será problema para Oscar?

De imediato, uma conclusão óbvia: Oscar precisará de adaptação em sua rotina de preparação física para suportar as exigências e o número exorbitante de jogos do calendário brasileiro.

Nos oito anos em que o meia foi seu atleta, o Shanghai Port disputou um total de 313 partidas, com média de 39 por temporada.

Neste mesmo período, o São Paulo disputou 224 partidas a mais do que o clube chinês. A média dos últimos anos do Tricolor é de 67 jogos por temporada.

  • São Paulo nos últimos oito anos: 537 jogos (média de 67 jogos por temporada)
  • Shanghai Port nos últimos oito anos: 313 jogos (média de 39 jogos por temporada)

Histórico de poucas lesões anima o São Paulo

O calendário pode até ser (bem) menos exigente, mas a boa notícia é que o Shanghai contou com Oscar à disposição na imensa maioria dos jogos desde que ele chegou à China.

A exceção, claro, fica por conta de 2022, ano em que o meia pediu afastamento por seis meses e atuou em apenas cinco partidas pelo clube.

Das sete temporadas restantes, Oscar atuou em pelo menos 90% dos jogos em quatro.

Oscar pelo Shanghai Port Foto: (Imago)
Como foram as temporadas de Oscar pelo Shanghai Port (Foto: Imago)

> As temporadas de Oscar na China

  • 2024: 39 jogos, 16 gols e 29 assistências — atuou em 92,8% dos jogos (42)
  • 2023: 33 jogos, 8 gols, 12 assistências — atuou em 91,6% dos jogos (36)
  • 2022: 5 jogos, 2 gols, 1 assistência — atuou em 13,1% dos jogos (38)*
  • 2021: 23 jogos, 5 gols, 15 assistências — atuou em 82,1% dos jogos (28)
  • 2020: 23 jogos, 6 gols, 10 assistências — atuou em 76,6% dos jogos (30)
  • 2019: 42 jogos, 14 gols, 15 assistências — atuou em 93,3% dos jogos (45)
  • 2018: 40 jogos, 16 gols, 18 assistências — atuou em 93% dos jogos (43)
  • 2017: 40 jogos , 9 gols, 10 assistências — atuou em 78,4% dos jogos (51)
    *Ano em que Oscar pediu afastamento por seis meses

Além disso, o meio-campista tem histórico de pouquíssimas lesões na carreira.

A mais grave delas ocorreu pelo Chelsea, em 2014/15, quando ficou 60 dias fora devido a um problema muscular.

De acordo com o site Transfermarkt, ele sofreu um traumatismo no joelho que o deixou fora de combate por 33 dias em 2015 e também ficou “doente” por nove dias em 2016.

Na China, ele sofreu uma lesão muscular em 2020, que o deixou 19 dias afastado, e uma fratura em um dedo do pé. O problema o tirou dos gramados por 42 dias em 2021.

Foto de Eduardo Deconto

Eduardo DecontoSetorista

Jornalista pela PUCRS, é setorista de Seleção e do São Paulo na Trivela desde 2023. Antes disso, trabalhou por uma década no Grupo RBS. Foi repórter do ge.globo por seis anos e do Esporte da RBS TV, por dois. Não acredite no hype.
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