BrasilBrasileirão Série A

O Atletiba contou com uma festa digníssima em seu retorno à Arena da Baixada

A Copa do Mundo aconteceu há um ano, mas o Atletiba precisou esperar todo esse tempo para voltar à Arena da Baixada. Neste domingo, uma festa imensa foi armada no estádio, no primeiro clássico desde a reinauguração. E fez jus à ocasião especial, com um duelo empolgante dentro de campo e também nas arquibancadas. Apesar dos momentos distintos das duas equipes, o Coritiba esteve duas vezes em vantagem, mas o Atlético Paranaense buscou o empate por 2 a 2. Já do lado de fora, 30,1 mil presentes empurraram os times, no maior público em um jogo do Furacão desde a reforma.

A ocasião mereceu a dedicação dos rubro-negros. Antes do início da partida, a torcida do Atlético Paranaense preparou um belo mosaico que tomou o anel inferior. E o ambiente era bastante intimidador ao Coxa, com barulho e pressão da torcida da casa. Foram 26,7 mil pagantes para o clássico, cumprindo a meta dos atleticanos em bater 30 mil presentes, ainda que o número estivesse abaixo da capacidade do estádio – cujo recorde é de 39 mil, em jogo entre Espanha e Austrália pela Copa do Mundo.

Quando a bola rolou, porém, o Coritiba mostrou não se impressionar com o caldeirão rubro-negro. Aos 19 minutos, Wellington Paulista aproveitou um lance de duas furadas consecutivas para marcar um belo gol, tocando por cobertura na saída de Weverton. Só que o empate saiu logo na sequência, com Walter também completando um erro de finalização para balançar as redes. Já no segundo tempo, Ruy soltou a bomba e fez a festa da torcida alviverde atrás do gol de Weverton. Mas, na sequência, saiu o empate de Edigar Junio, em um erro da zaga do Coxa após cobrança de lateral, aos 37 minutos. E ainda houve tempo para, nos acréscimos, Wellington Paulista e Norberto serem expulsos, deixando os visitantes com nove em campo.

Com o resultado, o Atlético permanece na terceira posição, dois pontos atrás do líder Sport, enquanto o Coritiba se mantém na zona de rebaixamento, um ponto à frente do lanterna Vasco. Porém, independente da situação, o apito final valeu os aplausos das duas torcidas. Reconheceram a luta de ambos os rivais em um Atletiba digno da reestreia da Baixada.

Foto de Leandro Stein

Leandro Stein

É completamente viciado em futebol, e não só no que acontece no limite das quatro linhas. Sua paixão é justamente sobre como um mero jogo tem tanta capacidade de transformar a sociedade. Formado pela USP, também foi editor do Olheiros e redator da revista Invicto, além de colaborar com diversas revistas. Escreveu na Trivela de abril de 2010 a novembro de 2023.
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