Mano explica confusão em Fla-Flu: ‘Quando ganha, tem que ter grandeza para respeitar’

O primeiro jogo da final do Campeonato Carioca ficou marcado, além da vitória do Flamengo por 2 a 1 sobre o Fluminense, por uma confusão no fim da partida no Maracanã. O “empurra-empurra” terminou com um jogador expulso e muitas reclamações pelo lado tricolor.

Mas a confusão começou antes do fim da partida. O estopim do imbróglio foi uma provocação de Luiz Araújo, do Flamengo, após o segundo gol rubro-negro, aos 30′ do segundo tempo, na frente do banco de reservas do Fluminense.

Depois do jogo, em coletiva, o técnico Mano Menezes explicou a confusão e criticou o comportamento de Luiz Araújo. O treinador também lamentou a expulsão do zagueiro Freytes, que recebeu o vermelho após a partida.

— Sofremos o segundo gol e alguém passou provocando na frente do banco. Isso foi o estopim de toda a confusão. Todo o resto é consequência. Freytes acaba de ser citado na súmula porque se sentiu, como todo argentino sente nessas horas, né? Nós que somos mais passivos, eles não são. Eles não aceitam — disse Mano Menezes.

— Acho que é bom não aceitar mesmo porque a gente tem que saber ganhar e tem que saber perder. E quando ganha, a gente tem que ter grandeza também para respeitar de quem a gente está ganhando para que as coisas terminem bem. E eu acho que sempre é bom que termine bem e que o jogo seja o motor principal de tudo e o que queremos — completou o técnico do Fluminense.

Mano responde provocação de Luiz Araújo

Ao passar pelo banco de reservas do Fluminense, Luiz Araújo teria mostrado uma tatuagem da taça da Copa do Brasil, conquistada pelo Flamengo em 2024. Na coletiva, Mano Menezes também brincou sobre a provocação do rubro-negro.

— Dessa eu tenho três. Esqueci de mostrar (risos) — brincou Mano Menezes.

Mano Menezes conquistou a Copa do Brasil em 2009, pelo Corinthians, 2017 e 2018, pelo Cruzeiro.

O técnico do Fluminense, no entanto, voltou a criticar o comportamento de Luiz Araújo e também do árbitro Yuri Elino.

— Acho que o jogo estava transcorrendo normal, disputado, mas estava normal. Uma provocação incendiou uma coisa desnecessária. E veja como isso pode acarretar problema. Perdemos um jogador que entrou, perdemos dois ou três no banco de reservas. E a pessoa que iniciou tudo, o árbitro foi lá e abraçou ele, acalmou ele e levou ele de lá — reclamou Mano Menezes.

— Acho que falta sensibilidade, às vezes, para você entender que esse tipo de situação é que precisa ser coibido, porque não é possível que os outros todos estejam errados e a pessoa que fez o que fez esteja certa. Aí está tudo de ponta cabeça, foi isso que eu disse para o Yuri, no momento do lance, logo quando estava acontecendo ali na beirada do campo, é a minha visão disso, eu acho que é o cuidado que a gente tem que tomar, porque senão daqui a pouco os outros todos vão pagar uma conta que a única pessoa que foi lá e provocou vai sair lesa e eu acho que isso é injusto — finalizou o técnico do Fuminense.