Brasil

Por que escassez de zagueiros do Internacional não preocupa Roger?

Diante de saídas e lesões, Clayton Sampaio fez sua estreia, ao lado de Vitão, no triunfo sobre o Vitória

Seja por saída, seja por lesão, o Internacional sofre com defecções em sua defesa. Dos cinco zagueiros com quem o técnico Roger Machado chegou a contar em simultâneo, apenas dois estão à disposição atualmente.

Tudo começou com a saída de Robert Renan, em definitivo, para o Al Shabab, da Arábia Saudita.

Depois, vieram as lesões de Gabriel Mercado, que precisou passar por cirurgia no joelho e só voltará a atuar em 2025, e Rogel, com problema muscular.

Por fim, na semana que passou, o Inter encaminhou a venda de Igor Gomes para o Shabab Al Ahli, dos Emirados Árabes Unidos. Estima-se que o negócio tenha sido fechado por US$ 5 milhões (R$ 27,2 milhões). Desse valor, o Colorado fica com US$ 4,5 milhões (R$ 24,4 milhões).

— Eu sou parceiro do clube. Entendemos a necessidade do equilíbrio financeiro — ressaltou Roger.

Clayton Sampaio estreou diante do Vitória

Diante de todas essas baixas, no triunfo por 3 a 1 sobre o Vitória, na noite deste domingo (29), no Beira-Rio, o treinador do Inter promoveu a estreia de Clayton Sampaio. Ele atuou ao lado de Vitão, o que não é novidade para o zagueiro vindo do futebol português.

— Clayton e Vitão já jogaram na seleção [brasileira] de base juntos. Tem uma memória de entrosamento. Claro que muitos anos depois, e a estreia do Clayton na defesa, a combinação das quatro peças que eu prego tem um pouco de dificuldade. Hoje sofremos gol de bola parada, que fazíamos muito tempo que não sofríamos. Isso que trabalhamos ontem. Faz parte — resignou-se Roger.

Roger Machado em jogo do Internacional no Campeonato Brasileiro
Roger Machado em jogo do Internacional no Campeonato Brasileiro. Foto: Maxi Franzoi/IconSport

Apesar da ponderação, o treinador elogiou o desempenho tanto de Clayton quanto de Vitão. No primeiro tempo, em que o Inter teve mais posse de bola, ambos zagueiros se destacaram no momento ofensivo.

— Por jogarmos com linha de alta, precisamos de velocidade. Acho que fizeram um bom jogo. Apresentaram um kit de bolas longas que não apresentaram no treino — riu Roger.

Base e improvisações são alternativas para Roger

Além dos dois que jogaram, o treinador demonstra confiança em outros atletas que podem ser utilizados por ali. Um exemplo é o Victor Gabriel, zagueiro oriundo das categorias de base, que quase entrou no jogo quando Vitão apresentou desconforto.

— Como trabalhamos muito com a base, eles vão ganhar espaço e receber oportunidades. […] Não teria problema de colocar um menino do ofício, mas o Vitão conseguiu segurar até o final — destacou Roger.

Outra opção emergencial pode ser utilizar jogadores de outras posições, mas que já atuaram como zagueiro em momentos passados.

— Poderia colocar o Renê improvisado, jogou várias vezes como central […] Tem o Fernando também que pode jogar improvisado — lembrou o treinador.

Fernando, porém, será desfalque no jogo contra o Corinthians, no próximo sábado (5), às 19h, na Neo Química Arena, em São Paulo. O volante recebeu o terceiro cartão amarelo ao retardar a saída de campo após sentir desconforto no tornozelo diante do Vitória.

Foto de Nícolas Wagner

Nícolas WagnerSetorista

Gaúcho, formado em jornalismo pela PUC-RS e especializado em análise de desempenho e mercado pelo Futebol Interativo. Antes da Trivela, passou pela Rádio Grenal e pela RDC TV. Também é coordenador de conteúdo da Rádio Índio Capilé.
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