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Imaginamos como seria mais legal se os estádios tivessem os nomes dos verdadeiros ídolos

Parecia o óbvio. Mas, na maioria das vezes, o óbvio não passa pela cabeça dos dirigentes e das autoridades que regem o futebol brasileiro. Nesta semana, a prefeitura do Rio de Janeiro aprovou a mudança do nome oficial do Engenhão. O estádio deixará de se chamar João Havelange, que passou os últimos anos lidando com as denúncias de corrupção na Fifa, e homenageará Nilton Santos, um dos maiores ídolos da história do Botafogo. Nada mais justo, diante de tudo o que a Enciclopédia representa para os donos da casa. E também da memória daqueles que realmente fazem o futebol dentro de campo.

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Nilton Santos se junta a um grupo de seletos. Entre os principais estádios do Brasil, apenas ele e Garrincha receberam os tributos – sendo que Mané só passou a batizar o Estádio Nacional de Brasília após sua morte. Enquanto isso, dezenas de políticos e cartolas emprestam os seus nomes aos palcos. Com todo respeito a Mário Filho, Paulo Machado de Carvalho e outros, alguns deles até merecem os aplausos por suas contribuições na trajetória dos clubes. No mais, é muita bajulação. Muito puxa-saquismo a governadores, prefeitos, deputados. E, depois do que fizeram com o Enciclopédia, fica até aquele gostinho: seria mais legal se os clubes e o poder público preservassem a memória das lendas através dos estádios. Como Nilton Santos, lembrado por todos a cada visita no Engenhão.

Nem precisa ser tão exigente e pedir que um Pacaembu ou um São Januário da vida percam as alcunhas pelas quais são chamados há décadas. Mas ao menos os nomes oficiais poderiam tornar essas homenagens mais comuns. Já pensou se os mandantes dos estádios resgatassem a idolatria a algum grande craque do passado? Ou, em estádios públicos, se as autoridades prestassem o culto aos jogadores fundamentais para o engrandecimento do futebol local? O Botafogo surge como o primeiro ótimo exemplo.

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A partir desta ideia, resolvemos imaginar o cenário hipotético, em meio a nomenclaturas de personagens que realmente importam. Rebatizamos 25 estádios brasileiros, dando algumas opções entre jogadores ou treinadores com alguma ligação ao local – e, de preferência, em homenagens póstumas. Confira as ideias e deixe também suas sugestões nos comentários:

Foto de Leandro Stein

Leandro Stein

É completamente viciado em futebol, e não só no que acontece no limite das quatro linhas. Sua paixão é justamente sobre como um mero jogo tem tanta capacidade de transformar a sociedade. Formado pela USP, também foi editor do Olheiros e redator da revista Invicto, além de colaborar com diversas revistas. Escreveu na Trivela de abril de 2010 a novembro de 2023.
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