Brasil

Fluminense joga mal, mas arranca empate com o Boavista e segue líder invicto do Carioca

Sem repetir melhores atuações, Fluminense vai para o tudo ou nada após sofrer virada, consegue empate, mantém invencibilidade e segue líder do Carioca

O Fluminense não repetiu suas melhores atuações no Campeonato Carioca, mas ao menos segue sem ser derrotado. Comandado por Fernando Diniz mas todo reserva, o Tricolor saiu na frente do Boavista fora de casa e permitiu a virada, mas conseguiu arrancar um empate no tudo ou nada. No fim, o 2 a 2 fez justiça com o que foi o jogo — ao menos com quem mais quis vencer em cada tempo. Lelê e João Neto marcaram para o Flu, e Matheus Lucas fez os dois dos donos da casa.

A igualdade manteve o Fluminense invicto e na liderança do Campeonato Carioca, agora com 14 pontos, três a mais que Botafogo e Nova Iguaçu. O Boavista agora é o quarto colocado, com 10.

Fluminense começa bem, e Lelê faz mais um no Carioca

O jogo mal havia começado em Bacaxá e o Fluminense já estava à frente no placar. Acelerado, trocando bons passes e ocupando o campo do Boavista, o time de Fernando Diniz não demorou a envolver o adversário e saiu na frente fora de casa.

A jogada do gol nasceu pelo lado direito, que depois, ironicamente, viraria problema para o Flu. Aos oito, Justen recebeu na direita e achou Lelê invadindo a área. O camisa 18 cortou o zagueiro para dentro e bateu de canhota, no canto, sem chances para André Luiz.

A bola na rede foi a quarta de Lelê no Campeonato Carioca. Ele é o vice-artilheiro da competição, atrás apenas de Carlinhos, do Nova Iguaçu, que tem cinco.

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Defesa falha, e Boavista vira sobre o Fluminense

Se parecia caminhar para mais uma vitória do Flu no Carioca, o jogo em Bacaxá não demorou a virar. Literalmente. Instável e mexida, a defesa do time de Fernando Diniz falhou seguidamente, e os donos da casa aproveitaram.

Sempre pela direita, o time alviverde pressionava as costas de Justen e aproveitava a lentidão da zaga formada por Antonio Carlos e David Braz, mal protegidos por um meio-campo leve demais. Em uma dessas jogada, aos 11, Matheus Alessandro recebeu pela direita e achou Matheus Lucas sozinho na área para empatar.

O centroavante do Boavista, que ainda aproveitaria outra chance, por pouco não foi desfalque. Isso porque, em julgamento na sexta (2), Matheus Lucas foi punido pelo Tribunal de Justiça Desportiva do Rio de Janeiro (TJD-RJ) com quatro jogos de suspensão. O clube de Bacaxá conseguiu um efeito suspensivo, e o jogador fez valer o esforço.

Aos 17 minutos, o camisa 99 aproveitou mais uma bobeira da defesa tricolor, que errou a linha de impedimento, e virou o jogo. O gol chegou a ser anulado, mas o VAR viu que, no momento do passe de Crystopher, Justen dava condição para Matheus Lucas. Era a virada do Boavista.

Diniz mexe, mas Fluminense não reage e Boavista quase aumenta

No intervalo, Fernando Diniz buscou atacar os problemas do Fluminense com a bola. Para isso, sacou Yony Gonzalez e Lucas Justen, mal no lado direito, e colocou João Neto e Kauã Elias, de 17 anos, tentando pressionar o Boavista na defesa. O centroavante canhoto entrou como um falso lateral pela direita, enquanto a joia da base fazia companhia a Lelê por dentro.

Coletivamente, o Tricolor dava muitos espaços na defesa, com sua zaga lenta e adiantada, e pressionava pouco a bola. Não foi um bom jogo de Felipe Andrade e Daniel — tampouco de David Braz. Tanto que o Boavista esteve mais perto de ampliar. Logo aos seis minutos, em uma blitz, Felipe Alves impediu o terceiro do Boavista em três oportunidades seguidas, em uma bola nas costas de Diogo Barbosa.

Apesar de ter ficado com mais posse de bola, o Flu continuou pouco agressivo. A única boa chance veio com o jovem Kauã, aos 18, em jogada individual. Era muito pouco para um time que empilhou quatro atacantes e três meias em boa parte do jogo.

Tudo ou nada! Sem zagueiros, Fluminense empata

Quando a placa de substituição subia no Elcyr Resende, a certeza era uma só: Fernando Diniz tirava jogadores da defesa e colocava outros mais ofensivos. Eram jogados 38 minutos quando o técnico tirou David Braz, o zagueiro que lhe restava, e colocou o lateral Rafael Monteiro, conhecido pelo poder de ataque nas divisões de base.

Com isso, a zaga passou a ser formada por Felipe Andrade e Diogo Barbosa, dois laterais de ofício. Nas alas, Rafael fazia a esquerda e o centroavante João Neto, em teoria, a direita. No meio campo, Daniel, Arthur e Terans criavam por trás de Isaac, Lelê e Kauã Elias. Um time muito ofensivo.

Dois minutos depois, a ousadia foi premiada. No tudo ou nada, Rafael Monteiro foi à linha de fundo e cruzou, Lelê raspou de cabeça e João Neto aproveitou a sobra para empatar o jogo. A partida, então, virou ataque contra defesa.

Foto de Caio Blois

Caio BloisSetorista

Jornalista pela UFRJ, pós-graduado em Comunicação pela Universidad de Navarra-ESP e mestre em Gestão do Desporto pela Universidade de Lisboa-POR. Antes da Trivela, passou por O Globo, UOL, O Estado de S. Paulo, GE, ESPN Brasil e TNT Sports.
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