Flamengo é ‘bola da vez’ para acabar com hegemonia financeira dos europeus no futebol
Estudo divulgado aponta o Real Madrid como o clube mais rico do mundo, mas vê Flamengo próximo de destronar europeus
Se em 2013 ninguém esperava que o Flamengo desse a volta por cima financeiramente, o cenário, 11 anos mais tarde, é de riqueza e prosperidade para o clube carioca. Em sua própria atmosfera de finanças, tanto no futebol brasileiro quanto no sul-americano, o Rubro-Negro, agora, mira voos ainda mais altos. Segundo a Deloitte, empresa especializada em estatísticas no ramo, o sonho está cada vez mais possível.
A empresa divulgou seu tradicional relatório anual “Football Money League”, que aponta os 30 clubes mais ricos do mundo, tendo em vista apenas três tipos de receitas: matchday, direitos de transmissão e comercial. Nesses moldes, segundo a Deloitte, o Flamengo ficou muito próximo de ser o primeiro clube da América do Sul a estragar a festa europeia e emplacar o top-30.
Como o Flamengo chegou a esse patamar
O mencionado processo de austeridade financeira, que começou em 2013, foi fundamental para que o Flamengo conseguisse chegar até aqui com tamanhas possibilidades. Capitaneado pelo presidente da época, Eduardo Bandeira de Mello, o Rubro-Negro abdicou da disputa de títulos por pelo menos três anos, no intuito de reduzir a dívida e respirar mais aliviado para, aí sim, pensar em montar times competitivos.
O Flamengo já dava indícios de que poderia alçar voos com contratações importantes, uma em cada ano. Guerrero foi o primeiro a chegar, em 2015, abrindo caminho para Diego Ribas (2016) e Everton Ribeiro (2017). O camisa 7 ainda ganhou a companhia de Diego Alves. Apesar dos nomes interessantes, que viriam a ser campeões, o Rubro-Negro só conseguiria ‘abrir a porteira' mesmo a partir de 2019.
A gestão Rodolfo Landim tem sim seus problemas, mas, financeiramente, colocou o Flamengo em uma prateleira que nem o mais otimista dos torcedores imaginava. Dívida controlada, superávit em todos os anos do mandato, além de um crescimento absurdo de patrimônio líquido. O clube que se vê em 2023 é um reflexo desse período, nem sempre tranquilo, porém bastante efetivo.
Flamengo pode chegar no top-30 em alguns anos
Tendo em vista o balanço financeiro divulgado pelo Flamengo nesta semana, é bem possível, até provável, que o clube esteja entre os 30 clubes mais ricos do mundo nos próximos anos. As receitas não param de crescer e, para ter uma noção do tamanho dos ganhos, o superávit do Rubro-Negro em 2023 foi superior a R$ 300 milhões, mesmo que a projeção fosse de quase R$ 60 milhões.
Inter Miami é único da América a se equiparar ao Flamengo
O relatório ainda colocou mais clube no mesmo patamar que o Flamengo. O único da América a se equiparar foi o Inter Miami, mas a equipe americana tem um fator muito importante a ser citado: o “efeito Messi”. Desde a chegada do argentino, considerado por muitos o melhor jogador da história do esporte, o time comandado por David Beckham atraiu patrocinadores e adversários para amistosos comemorativos.
Veja a lista dos 30 clubes mais ricos do mundo
- Real Madrid – 831,4 milhões de euros
- Manchester City – 825,9 milhões
- PSG – 801,8 milhões
- Barcelona – 800,1 milhões
- Manchester United – 745,8 milhões
- Bayern de Munique – 744 milhões
- Liverpool – 682,9 milhões
- Tottenham – 631,5 milhões
- Chelsea – 589,4 milhões
- Arsenal – 532,6 milhões
- Juventus – 432,4 milhões
- Borussia Dortmund – 420 milhões
- Milan – 385,3 milhões
- Inter de Milão – 378,9 milhões
- Atlético de Madrid – 364,1 milhões
- Eintracht Frankfurt – 293,5 milhões
- Newcastle United – 287,8 milhões
- West Ham – 275,1 milhões
- Napoli – 267,7 milhões
- Olympique de Marselha – 258,4 milhões
- Aston Villa – 250,5 milhões
- Benfica – 233,4 milhões
- Brighton – 231,3 milhões
- Roma – 214,9 milhões
- Sevilla – 214,3 milhões
- Fulham – 209,8 milhões
- Leeds – 207,8 milhões
- Crystal Palace – 206,5 milhões
- Lyon – 199,1 milhões
- Everton – 198 milhões