Empecilhos deixam Corinthians menos otimista na busca por zagueiro e atacante
Detalhes contratuais atrapalham acordos com do Timão com Luizão e Arthur Cabral
Ainda ativo na janela de transferências, que fecha no dia 2 de setembro, o Corinthians viu duas situações de contratações que havia aberto nesta semana esfriarem. Ambas por detalhes contratuais.
O zagueiro Luizão e o atacante Arthur Cabral entraram no radar corintiano por vias diferentes, agradaram diretoria e comissão técnica, mas as negociações com ambos possuem empecilhos que devem ser cruciais para que as conversas não evoluam.
Vivendo um momento financeiro delicado, com uma dívida que ultrapassa os R$ 2 bilhões, o Timão busca formalizar ambos os negócios por empréstimo.
O problema, no entanto, são alguns detalhes principalmente envolvendo o período posterior à cessão.
Mesmo sem o mesmo otimismo dos últimos dias, quando abriu as negociações, o Corinthians não joga a toalha e acredita na próxima semana como crucial para evoluir nas tratativas.
As duas possibilidades de contratações estão sendo conduzidas pelo executivo de futebol Fabinho Soldado.
Situação de Luizão é considerada mais fácil, mas requer cautela
A negociação pelo defensor revelado pelo São Paulo esteve muito próxima de um fechamento, mas travou por conta de discordâncias entre Corinthians e West Ham, da Inglaterra, clube que possui os direitos do jogador.
Os ingleses aceitam emprestar Luizão ao time do Parque São Jorge por uma temporada, mas quer fixar no contrato um valor de compra por 5 milhões de euros, valor considerado alto pela diretoria corintiana, que chegou a fazer uma contraproposta de 3 milhões de euros.
Ainda que o investimento não vá ser feito neste momento, o Corinthians trata a situação com cautela para não comprometer o orçamento na próxima temporada.
Além disso, o Timão, de forma paralela, tem realizado outras negociações para reforçar setores considerados mais prioritários no elenco, como o ataque. E isso também desacelera as tratativas por Luizão.
Arthur Cabral é negócio mais difícil, mas Corinthians possui um trunfo
O centroavante Arthur Cabral é considerado “cereja do bolo” para o Corinthians nesta janela de transferências.
O Benfica já sinalizou ao Timão que aceita escutar propostas pelo jogador, mas o modelo de empréstimo não agrada ao time português.
A única forma que faria os Encarnados mudar de ideia em relação a isso seria a inclusão de uma cláusula de obrigatoriedade de compra atrelada a metas que o centroavante cumpriria com a camisa corintiana — quantidade de minutos jogados e gols marcados.
Por sua vez, a diretoria corintiana conta com a boa relação com Paulo Pitombeira, que é empresário do jogador, para alinhar com os portugueses um negócio que seja favorável para todas as partes.
A participação do estafe foi fundamental para que o Corinthians firmasse a contratação do volante Charles e do atacante Talles Magno, por exemplo. Ambos foram contratados no meio desta temporada.
A obrigação de compra não agrada muito os corintianos que, como contrapartida, estariam dispostos a pagar uma taxa de empréstimo a ser abatida em caso de compra em definitiva com valor fixado ao fim da cessão provisória.
O Timão cogita até mesmo usar parte da verba do patrocínio máster com a Esportes da Sorte destinada para a contratação de um reforço.
Para isso, no entanto, o clube precisaria ter o aval da empresa, que não vai influenciar na apresentação de nomes para serem adquiridos pelo Corinthians com a verba reservada, mas tem o poder de veto, já que deseja usar o profissional escolhido como peça de divulgação em ativações.