Cronograma físico do Corinthians ajudará Dorival a encontrar time ideal

As duas semanas de intertemporada que o Corinthians passará antes de voltar ao Campeonato Brasileiro serão importantes para que o técnico Dorival Júnior finalmente tenha a espinha dorsal do elenco para o restante da temporada. 

O treinador nunca repetiu a escalação desde que chegou ao Timão. Foram 11 formações diferentes. 

Ainda que em determinados momentos a equipe tenha perdido alguns atletas, principalmente por problemas de lesões, o calendário apertado foi o que mais prejudicou o clube alvinegro de ter uma sequência com a mesma espinha dorsal. 

O cenário para o segundo semestre, porém, deve ser outro. Além do frescor dado ao elenco, com duas semanas de férias e o mesmo período de intertemporada, o Corinthians jogará uma competição a menos na segunda metade do ano. 

A eliminação na fase de grupos da Sul-Americana, ainda que dolorosa, pode ser um fator importante para o aspecto físico do elenco. 

– O ideal é que todo o elenco esteja na mesma condição. Quando o treinador precisar mexer alguém, estarão todos em condição ideal. Rotina de jogo, quem não joga tem mais dificuldade. Saímos de uma competição, restam duas. Conhecendo o Dorival, acredito que ele terá um tempo maior para ter uma equipe principal e mexa menos – disse Celso Rezende, em entrevista coletiva concedida nesta segunda-feira (30). 

“Cartilha” ajudou atletas do Corinthians a manter cuidados físicos mesmo durante as férias

A maior parte do elenco corintiano manteve os trabalhos físicos mesmo durante os dias de descanso. 

Para ajudar nisso, o clube forneceu orientações para os atletas manterem a forma nas férias. 

A “cartilha” foi desenvolvida em conjunto pela preparação física e os departamentos médico, de fisioterapia e performance. 

– Essa cartilha foi individualizada a cada atleta. Nem chamo de cartilha. É a gente dando opções para o atleta desenvolver um trabalho no período de férias. Depois de uma semana o atleta procura algo para fazer. Acredito que isso aconteceu com o elenco – destacou Celso. 

A maior parte dos jogadores usou o material para não perder o ritmo de atividades mesmo durante o recesso – o que é praxe até mesmo nas férias que acontecem no fim da temporada. 

Outros trabalharam para acelerar recuperações físicas. 

O atacante Yuri Alberto, por exemplo, viajou para os Estados Unidos acompanhado do fisioterapeuta particular Gustavo Jorge. Ele se recupera de uma fratura na região lombar e, mesmo após o fim das férias, ainda não faz trabalho com bola. 

Já o zagueiro Gustavo Henrique antecipou o retorno ao CT Joaquim Grava em uma semana para estar no maior nível físico possível na retomada dos trabalhos. 

Ele não entra em campo desde 27 de abril. No intervalo, passou por uma cirurgia de hérnia inguinal. 

O defensor já estava em processo de transição nos últimos dias antes do recesso e trabalha normalmente com bola e os demais companheiros desde a volta das férias. 

A tendência é que Gustavo Henrique fique à disposição do técnico Dorival Júnior logo no primeiro jogo do retorno, que será no dia 13 de julho, às 19h (de Brasília) contra o Red Bull Bragantino, na Neo Química Arena.