Cássio explica novo número no Cruzeiro e revela como foi convencido a sair do Corinthians
Novo reforço do Cruzeiro, Cássio ficou marcado pela camisa 12 no Corinthians, mas utilizará a clássica 1 no clube celeste

Grande contratação do Cruzeiro para a janela de transferências de inverno até o momento, o goleiro Cássio, de 37 anos, foi apresentado nesta quinta-feira (20). O jogador concedeu entrevista coletiva na Toca da Raposa 2.
O histórico goleiro, ídolo do Corinthians, bateu longo papo com os jornalistas, passando por diversos assuntos relacionados a sua chegada a um novo clube, após passar 12 anos defendendo a mesma camisa.
Por que Cássio vai jogar com a camisa 1?
Cássio revelou, inclusive, os motivos da opção por atuar com a camisa 1 do clube celeste. O goleiro ficou marcado por utilizar a 12 em seu clube anterior.
— Sempre gostei muito da camisa 12, sempre foi um número que eu gostei, mas entendi que era um novo ciclo. Queria começar um novo ciclo com um novo número — explicou o goleiro.
Atualmente, é o lateral-direito William o dono do número no Cruzeiro. Ele também tem carinho especial pela numeração.
Apesar de seu histórico com a camisa 12, Cássio afirmou que nem chegou a falar com William sobre uma possível troca.
— Eu nem tinha conversado com o William, não iria pedir para ele trocar, não tenho essa vaidade, não fico olhando — explicou o goleiro.
A camisa 1 do Cruzeiro é histórica e foi utilizada por grandes ídolos, como Raul Plassmann, Dida, Gomes e Fábio. Ele citou a importância de resgatar o número.
— Ultimamente, os goleiros têm usado pouco o número 1. Tem muitos números, e o número 1, que sempre foi emblemático, parece que foi deixado um pouco de lado e como estava vago aqui, conversei com o pessoal. É uma responsabilidade, porque grandes goleiros usaram esse número — explicou.
Cássio ainda tratou de elogiar seus antecessores históricos.
— Não tem nem o que falar. Só goleiros que marcaram história. Tive o privilégio de jogar com o Gomes na Holanda, quando cheguei lá. Foi um cara que me ajudou muito. Foi um vencedor, a tríplice coroa.
— O Fábio não tem nem o que falar, tudo que ele passou aqui, títulos, conquistas, um cara que eu respeito muito e tá jogando em alto nível até hoje. Raul eu não vi jogar, mas tem uma história da camisa amarela que eu gosto muito também de usar.
— O Ídolo se constrói não só dentro de campo. O que eu puder fazer, vou fazer pra ser o melhor e fazer o melhor pelo Cruzeiro — avaliou o novo goleiro do Cruzeiro.
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Cássio se encantou com “sinceridade” de Pedrinho BH
Cássio contou também os motivos que fizeram o “sim” ao Cruzeiro ter sido uma resposta fácil. Dentre os motivos apontados, chamou a atenção o valor que o goleiro deu à sinceridade de Pedro Lourenço, o Pedrinho BH, dono da SAF celeste.
— Prefiro viver ano a ano. Mas, perante tudo que aconteceu aqui no Cruzeiro, só vou sair se os caras não me quiserem. Porque eu fui tão bem recebido e as pessoas foram tão honestas, o Pedrinho falou que conversou com o Fábio antes, são coisas que são raras no futebol. Foi tão espontâneo, é difícil você ver isso, sabe? Eu vim pra cá, o Cruzeiro abriu as portas pra mim. Irei fazer meu melhor, independente se tiver dias ruins — afirmou, ao ser perguntado se tinha planos para sua aposentadoria.
Segundo Cássio, a seriedade e profissionalismo das pessoas de dentro do Cruzeiro tiveram papel importante em sua transferência à Raposa. Ele elogiou Pedrinho BH, seu filho Pedro Jr, Alexandre Mattos, Paulo Pelaipe e Edu Dracena.
— Pedrinho é uma pessoa muito bacana. Um ser humano extraordinário, do bem. É contagiante. São pessoas do bem, corretas, que tentam fazer o melhor e se dedicam à instituição — exaltou o goleiro.
— Eu sei da força do Cruzeiro. Vai vir muito forte nos próximos anos. Honestamente, todo dia que chego aqui, chego com muita alegria. Estrutura muito boa. É bom salientar, não estou fazendo uma comparação de onde eu vim e se do que eu tô vivendo aqui no Cruzeiro. Cabe a mim me dedicar ao máximo, fazer meu melhor pra ajudar meu Cruzeiro a estar no lugar onde a maioria das vezes eu vi: brigando por título, com grandes ídolos — acrescentou.