Sobrou ao Mirassol o que faltou, e muito, ao São Paulo em duelo no Morumbis
Equipe do interior de São Paulo venceu e ultrapassou o São Paulo na classificação
Um desavisado que assistisse a São Paulo x Mirassol deste sábado (24) fatalmente acreditaria que a equipe de amarelo, e não a de branco, era o time de maior gabarito, que entrou no torneio almejando a ponta da tabela do Campeonato Brasileiro.
Não só isso: também poderia pensar estar diante de um São Paulo recém-formado contra um longevo Leão. E a situação é totalmente inversa. Do time que enfrentou o Palmeiras na última rodada do Paulista, apenas João Victor, Lucas Ramon, Gabriel e Negueba começaram a partida no Morumbis.
Sobrou ao Mirassol o que mais faltou ao São Paulo: organização. O Tricolor foi uma bagunça. O resultado de 2 a 0 para os visitantes — com direito à lei do ex, com Reinaldo, e outro de Gabriel — é incontestável. Desde o primeiro minuto de jogo, o Mirassol foi superior a um São Paulo que entrou em campo com uma formação pouco promissora.
Com o resultado, o Mirassol, com 14 pontos, ultrapassa o São Paulo (12) na classificação. Vale lembrar que o time do interior paulista já venceu o Corinthians no primeiro turno do torneio.
São Paulo totalmente sem criatividade
Mesmo com Luciano e Oscar na armação — apoiados por Alisson e Pablo Maia — o time de Luís Zubeldia, excepcionalmente comandado por Maxi Cuberas, não conseguia criar. Com as entradas de Rodriguinho e Ryan na segunda etapa, isso pouco se alterou.
A tática de Rafael Guanaes foi básica, mas muito bem executada. Congestionando o corredor central, o Leão empurrava o Tricolor para os lados do campo. Onde Enzo Dias, pela esquerda, e Ferraresi, pela direita, nada conseguiam fazer.
Cada lance do São Paulo era uma surpresa. Mas não para o adversário, e sim para os próprios são-paulinos. A impressão era que o São Paulo nunca havia jogado junto.
O Mirassol, ao contrário, mesmo com várias mexidas, manteve um jogo posicional preciso. Em especial na segunda etapa, já com a vantagem no placar, a equipe do interior paulista trocava passes com tranquilidade e administrava o relógio e o jogo.
Tanto que o pênalti sobre Chico Kim, aos 43 do 2º tempo, saiu de uma jogada natural, sem forçação por parte do Mirassol. Ganhou quem tinha que ganhar. Algo que as vaias dos mais de 30 mil torcedores presentes no Morumbi corroboram.
