Brasileirão Série A

Santos: Invicto, Marcelo Fernandes não se ilude com sequência positiva e quer equipe com pé no chão

Após a vitória contra o Palmeiras, Marcelo Fernandes não se empolga e pede que Santos siga com humildade

Apesar de ocupar a 14ª colocação do Campeonato Brasileiro, com 30 pontos conquistados, o Santos ainda não se permite sonhar com voos mais altos no Campeonato Brasileiro. Em entrevista coletiva após a vitória de virada sobre o Palmeiras, por 2 a 1, na Arena Barueri, na tarde deste domingo (8), o técnico Marcelo Fernandes, que tem três vitórias em três jogos no comando da equipe, entende que o Peixe precisa continuar focado na luta contra o rebaixamento.

Desde que assumiu o comando técnico do Santos, Marcelo Fernandes conduziu o Santos às vitórias sobre Bahia, Vasco e Palmeiras.

– Não tem negócio de se empolgar em nada. Vamos jogar jogo a jogo. Temos que ser humilde. Ser bem claro. Há três rodadas estávamos em situação delicada e dentro da zona de rebaixamento. Demos uma fugidinha dela, mas sabemos exatamente onde estamos pisando – falou o treinador do Santos.

Durante a coletiva, o treinador também revelou parte da receita do sucesso que o Santos vem obtendo sob o seu comando.

– Ao longo de todo esse período de trabalho no Santos, como auxiliar, sempre fui responsável pelo trabalho sujo. O time ganhava e eu precisava falar das coisas ruins dos atletas. O que tenho que falar eu falo. Reclamo mesmo. Reclamei bastante do Jean Lucas recentemente, por exemplo. Eu falo pelo bem. Nós temos três pilares atualmente: simplicidade, sem vaidade e sem frescura – acrescentou o técnico.

Gols em jogadas ensaiadas

Assim como ocorreu na goleada sobre o Vasco, semana passada, por 4 a 1, na Vila Belmiro, o Santos derrotou o Palmeiras, de virada, por meio de uma jogada ensaiada que resultou no gol de empate marcado por Tomás Rincón. E Marcelo Fernandes afirmou que tem explorado essas investidas durante os treinamentos.

– Temos trabalhado bastante e sei que os adversários têm buscado a marcação dessas jogadas. O importante é que os jogadores estão acreditando no que estamos falando. O Maxi, por exemplo, foi consciente no segundo gol. Temos trabalhado muito isso no CT.

Outras respostas de Marcelo Fernandes

  • O entorno está muito bom
  • Poderíamos ter vencido por mais
  • Raízes santistas

O ambiente está favorável

– O meu trabalho consiste em trabalhar no clube há muitos anos. Sempre correndo atrás dos prejuízos quando um treinador é demitido. Sempre tive o feeling de saber como agir na hora do perrengue. Quando assumi, antes do jogo com o Bahia, eu precisava dar um choque no time, porque há distância via o time perder e parecia vontade. Quando voltei, vi que isso não existia. Eles são dedicados. Faltava apenas cuidar do emocional. E mostrei que jogavam no maior time do mundo. O Bahia foi preponderante para melhora. O entorno está muito bom. O Gallo sabe os cantinhos que tem na Vila e tem dado respaldado para o nosso trabalho. A diretoria tem influenciado positivamente. Semana passada tivemos a palestra do Oscar Schimit e neste sábado do Joel J que ajudou muito.

Tivemos boas chances no final

– No primeiro tempo estudamos muito o Palmeiras. Eles (Palmeiras) constroem com três jogadores e fechamos bem a linha de cinco. Os três homens de meio foram fundamentais para vitória (Tomás Rincón, Jean Lucas e Nonato). No intervalo, depois de empatar logo depois de sofrer o gol, falamos que dava para ganhar o jogo. E no final da partida perdemos gols claríssimos. O Palmeiras é um grande time, mas o nosso time foi positivo. Foi um jogo importante e vai dar mais confiança à equipe. Pezinhos no chão. A torcida está feliz, mas estamos bem cientes do que temos pela frente.

Sou uma pessoa do bem

– Sou de Santos, comecei na Portuguesa Santista e sou da cidade. Sempre tive esse elo. Não gosto de fugir das responsabilidades, sempre que fui requisitado tratei de colocar a cara. Não é qualquer um que assume a responsabilidade que assumi. Sou amigo de todos os treinadores que passaram pelo clube. Sou do bem. Isso me fortalece nesse momento. Se eu não fosse de caráter e de verdade, as três vitórias não viriam.

Foto de Matheus Rocha

Matheus RochaSubcoordenador de conteúdo

Matheus Rocha é natural de Uberlândia, onde se formou em Jornalismo na Unitri em 2014. Começou a carreira no jornalismo na Trivela antes de passar por ExtraTime e Yahoo, participando da cobertura de três Copas do Mundo e cinco Olimpíadas.
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