Brasileirão Série A

Mais reforços se apresentam ao Mineirão, mas quem resolve para o Cruzeiro são velhos conhecidos

De pênalti, William e Dinneno marcaram os gols da vitória da Raposa em um Mineirão com mais de 40 mil torcedores

O Cruzeiro é uma máquina no Mineirão. O time celeste venceu o Juventude por 2 a 0, na noite desta quarta-feira (24), e manteve os 100% de aproveitamento em casa no Campeonato Brasileiro. Os gols da partida, válida pela 19ª rodada, foram marcados de pênalti, por William e Dinenno.

Além da vitória, os mais de 40 mil torcedores presentes no Mineirão puderam ver três dos reforços contratados, Matheus Henrique, Lautaro Díaz e Kaio Jorge, no time titular. Mas quem decidiu mesmo, foram velhos conhecidos.

Um deles, o lateral-artilheiro William. O outro, o centroavante argentino Juan Dinenno, que voltou a jogar depois de três meses lesionado. O jogador marcou o segundo gol da Raposa em pênalti que ele mesmo provocou e comemorou abraçado com os médicos do clube.

Seabra inova na escalação

O treinador Fernando Seabra escalou um Cruzeiro cheio de novidades, com os reforços Matheus Henrique, Kaio Jorge e Lautaro Díaz entre os titulares.

Álvaro Barreal, suspenso, e Gabriel Veron, lesionado, não foram para o jogo. Outra novidade foi a presença do volante Walace no banco de reservas.

A Raposa começou a partida assim:

  • Cássio; William, Zé Ivaldo, João Marcelo e Kaiki; Lucas Romero, Matheus Henrique e Lucas Silva; Matheus Pereira, Lautaro Díaz e Kaio Jorge.

Já o Juventude chegou para a partida comandado pelo novo treinador Jair Ventura, que escalou a equipe gaúcha com três ex-Cruzeiro: o goleiro Gabriel, cria da base celeste, o lateral-esquerdo Alan Ruschel e o centroavante Gilberto, que se tornou um desafeto da torcida celeste após a temporada de 2023.

O Juventude entrou em campo com:

  • Gabriel; João Lucas, Lucas Freitas, Zé Marcos e Alan Ruschel; Caíque, Luís Oyama e Jean Carlos; Erick Farias, Lucas Barbosa e Gilberto.

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Como jogaram os novos titulares do Cruzeiro?

  • Matheus Henrique: o camisa 97 atuou pelo lado esquerdo celeste e fez um papel de box to box, ajudando tanto na defesa, quanto no ataque. Matheus se destacou pela mobilidade e capacidade de condução. Bom nos dribles curtos, o meio campista passou perto de marcar, após fazer jogada individual e arriscar de longe, obrigando o goleiro Gabriel a salvar.
  • Lautaro Díaz: o argentino se mostrou um jogador muito valente e voluntarioso. Sem desistir de nenhuma bola, trouxe problemas para a saída do Juventude, que não tinha paz. Além disso, chegou a marcar um gol no lance do pênalti, mas o árbitro já havia assinalado a penalidade, portanto, não valeu. Saiu aos 22 do segundo tempo, muito aplaudido pela torcida.
  • Kaio Jorge: o novo camisa 9 da Raposa também brigou muito e mostrou muita disposição para incomodar o Juventude. Teve duas ótimas chances de gol mas não finalizou da forma ideal e acabou sendo parado, primeiro pela zaga e depois pelo goleiro. Foi substituído aos 28 da etapa final.
  • Walace: o camisa 20 não começou como titular nas fez sua estreia ao entrar no lugar de Lucas Romero aos 28 do segundo tempo. Mesmo sem muito tempo para participar, mostrou porque chegou com status de grande reforço, distribuindo ótimas bolas e desarmando os adversários.
Kaio Jorge durante Cruzeiro x Juventude
Kaio Jorge teve chances de marcar, mas ficou no quase – Foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro

Cruzeiro encontra adversário fechado

Empurrado por mais de 40 mil torcedores, o Cruzeiro começou a partida tomando as rédeas do jogo e pressionando a saída de bola do Juventude, que, por sua vez, buscava os contra-ataques.

Apesar de se manter mais no ataque, nos primeiros 15 minutos o time celeste chegou com perigo apenas uma vez, após jogada que contou com participação de Matheus Pereira, Kaiki e terminou com cabeçada perigosa de Kaio Jorge.

Depois, as duas equipes passaram a se estudar e houve um período de poucas emoções. Mas aos 24, o time celeste teve duas chances, primeiro em um belo chute de Matheus Henrique, após jogada individual, que Gabriel pegou.

Na cobrança de escanteio, João Marcelo cabeceou muito perto da trave, com o goleiro do time gaúcho podendo apenas torcer.

Pênalti, gol, pênalti, gol

O Cruzeiro tinha muitas dificuldades para superar a marcação, e a cera, do Juventude, quando uma jogada confusa aconteceu e mudou o placar da partida.

Aos 41, Matheus Pereira, sempre ele, deu belo lançamento pelo meio e encontrou Kaiki, na grande árrea. O camisa 6 subiu alto e cabeceou a bola, que acertou no braço do lateral-direito Gabriel Inocêncio. O jogador havia acabado de entrar em campo para substituir o lesionado João Lucas.

O árbitro, em cima do lance, assinalou a penalidade, mas quase no mesmo momento, Lautaro Díaz encheu o pé e fez gol.

Mas como o juiz já havia dado o pênalti, William teve que bater. O lateral-direito, que se tornou o cobrador oficial da Raposa, bateu rasteiro, no meio do gol, e marcou seu quarto gol na temporada, o terceiro no Brasileirão.

Logo depois, o time celeste ainda teve boa chance com Kaio Jorge, quando o Cruzeiro aproveitou vacilo da defesa gaúcha, mas não conseguiu aproveitar.

Cruzeiro mantém pressão no segundo tempo

Mesmo vencendo, o Cruzeiro não parou e seguiu em cima na volta do intervalo. Primeiro, a Raposa quase marcou com Kaio Jorge, mas Gabriel salvou, cara a cara.

Depois, aos 13, após sobra de bola, Matheus Pereira arriscou uma bicicleta de fora da área e o goleiro do Juventude salvou mais uma, enquanto o Mineirão enlouquecia.

Dinenno volta e Walace estreia

Após a pressão celeste, o Cruzeiro baixou o ritmo e o jogo ficou morno. Novas emoções só viriam acontecer aos 28.

Mas não foi nenhum lance de perigo e sim as entradas de Juan Dinenno, após três meses machucado, Walace, estreante, e Ramiro, nos lugares de Kaio Jorge, Lucas Romero e Lucas Silva.

Mesmo com a partida controlada, o Cruzeiro viria a tomar um susto aos 33, quando, após cobrança de falta, Mandaca cabeceou sozinho, na pequena área e Cássio operou um milagre, salvando o time celeste.

Dinenno marca em retorno

E a partida ainda reservaria um grande acontecimento. Aos 35, Dinenno, agora com a camisa 19, arriscou uma bomba de fora da área. A bola bateu na zaga e foi para escanteio.

Mas antes do jogo ser reiniciado, o VAR entrou em ação e encontrou toque na mão de Lucas Freitas. Após longa revisão, novo pênalti.

William, novo batedor, cedeu a vez para Dinenno, o antigo, e ele não perdoou. El Comandante fez cobrança perfeita e o Mineirão balançou novamente. Dois a zero para o Cruzeiro. Placar que perdurou até o fim do jogo. Antes do apito final, Zé Marcos ainda seria expulso, após falta nele, o camisa 19 da Raposa.

Foto de Maic Costa

Maic CostaSetorista

Maic Costa é mineiro, formado em Jornalismo na UFOP, em 2019. Passou por Estado de Minas, No Ataque, Superesportes, Esporte News Mundo, Food Service News e Mais Minas, antes de se tornar setorista do Cruzeiro na Trivela.
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