Brasileirão Série A

Rebaixamento no Brasileirão: qual a maior pontuação que não se salvou?

Na reta final do Brasileirão, os clubes que brigam contra o rebaixamento não desgrudam da calculadora e buscam informações sobre cenários de temporadas anteriores

Com o Brasileirão chegando em sua reta final, os clubes que se encontram na parte de baixo da tabela de classificação começam a fazer contas e calcular o risco de rebaixamento. Desse modo, muitos deles se apegam em temporadas anteriores e observam a maior pontuação necessária para se salvar do descenso.

O Brasileirão de pontos corridos com 20 equipes é disputado desde 2006. De lá para cá, muita coisa aconteceu, sobretudo na luta contra o rebaixamento. Dito isso, a Trivela pesquisou e traz nessa nota a maior pontuação (em toda história do torneio de pontos corridos) que não se salvou da queda. Saiba qual é o clube e em que ano isso ocorreu.

A maior pontuação que não salvou do rebaixamento no Brasileirão

No Brasileirão de 2009, o Coritiba fez história. Negativamente, mas fez. Isso porque, o Coxa conseguiu a façanha de não escapar do rebaixamento com 45 pontos conquistados. Até hoje, essa é a maior pontuação de um 17º colocado em toda a trajetória da competição. Na ocasião, o Fluminense, que terminou o certame em 16º lugar, acumulou 46 pontos.

O Coritiba ficou a apenas um ponto da permanência na Série A, visto que tinha vitórias a mais que o Fluminense (critério de desempate). Na última rodada daquele Brasileirão, a equipe paranaense recebeu em casa, no Couto Pereira, justamente o Tricolor, seu adversário direto na luta contra o rebaixamento. Mesmo contando com o apoio da torcida, o Coxa só empatou com os cariocas, resultado que decretou a queda do clube.

Como o Coritiba caiu com 45 pontos no Brasileirão?

Com um elenco modesto, o Coritiba traçou seu objetivo no Brasileirão 2009 logo no início do torneio: evitar o rebaixamento e permanecer na Série A custe o que custar. De fato a equipe lutou até o fim, mas não o suficiente concluir tal meta.

No primeiro turno, o Coxa fez campanha razoável. Entretanto, a queda vertiginosa de aproveitamento no returno acabou sendo determinante para o descenso. Em resumo, o Alviverde terminou o campeonato com 45 pontos ganhos, sendo 12 vitórias, nove empates e 17 derrotas. A equipe paranaense marcou 48 gols e sofreu 60.

Conforme o Coritiba ia despencado, o Fluminense que, na época chegou a ser apontado com 99% de chances de cair, deu início a uma reviravolta histórica no sprint final da competição e conseguiu se safar do rebaixamento. Em 6 de dezembro de 2009, o Tricolor empatou com o Coritiba por 1 a 1 no Couto Pereira, em jogo válido pela 38ª rodada. O resultado determinou a salvação do clube das Laranjeiras e a queda do Coxa.

Após o apito final, milhares de torcedores do Coritiba, revoltados com o rebaixamento, invadiram o campo, entraram em confronto com a polícia e protagonizaram cenas de destruição e selvageria. Na súmula, o árbitro Leandro Vuaden definiu o ocorrido como “batalha campal”. O clube foi penalizado com 30 jogos sem mando e multa de R$ 610 mil. Posteriormente, a diretoria recorreu na justiça, e a pena foi reduzida para dez partidas.

Pontuação máxima dos rebaixados em cada Brasileirão (2006-2022)

  • Ponte Preta (2006): 39
  • Corinthians (2007): 44
  • Figueirense (2008): 44
  • Coritiba (2009): 45
  • Vitória (2010): 42
  • Athletico (2011): 41
  • Sport (2012): 41
  • Portuguesa (2013): 44
  • Vitória (2014): 38
  • Avaí (2015): 42
  • Internacional (2016): 43
  • Coritiba (2017): 43
  • América-MG (2018): 40
  • Cruzeiro (2019): 36
  • Vasco (2020): 41
  • Grêmio (2021): 43
  • Ceará (2022): 37
Foto de Guilherme Calvano

Guilherme CalvanoRedator

Jornalista pela UNESA, nascido e criado no Rio de Janeiro. Cobriu o Flamengo no Coluna do Fla e o Chelsea no Blues of Stamford. Na Trivela, é redator e escreve sobre futebol brasileiro e internacional.
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