Brasileirão Série A

Abel assimila derrota do Palmeiras, cita Verstappen e pede cameraman longe

Técnico do Palmeiras explicou resultado com clareza e obviedade: "a bola não quis entrar"

“Eu queria muito que essa situação invicta continuasse por muito tempo. Mas, como disse o CEO da Red Bull, quando o (piloto de F1 Max) Verstappen tinha ganhado muitas corridas seguidas: ‘eu não vou ganhar sempre, mas vou prolongar isso ao máximo’. E nós temos ganhado muito, os números mostram isso. Mas, hoje, o adversário teve mais eficácia”.  

Foi assim que Abel Ferreira se despediu de uma série de seis partidas sem derrotas para o Grêmio, ao perder por 1 a 0, na noite de quinta-feira, em Porto Alegre. Um resultado que ele parecer ter assimilado com tranquilidade. 

O técnico do Palmeiras não foi pirotécnico, tampouco queixou-se diretamente da arbitragem na entrevista cooletiva pós-jogo. Sereno e sucinto, ele só reclamou de duas coisas: da falta de eficácia do seu time e da proximidade do cameraman da equipe de transmissão que atuou perto de sua área técnica. 

“Assim como o Diniz pediu com os microfones, eu quero fazer um pedido diretamente à CBF: tinha lá um cameraman, sempre ao meu lado. Com o microfone, eu já me acertei, fizemos as pazes. eu dou ali uma água”, disse, com um bom humor pouco condizente com o resultado.

“Em Portugal, chamamos de emplastro, tem sempre um cara aqui do meu lado, ouve tudo que eu faço, vê tudo que eu faço”, disse Abel, quando uma repórter comentou o fato de ele ter saído de campo antes do fim do jogo – algo que esse cameraman citado conseguiu captar.  

“Eu fui embora quando ele (o árbitro) deu aquela falta, faltando 30 segundos, um minuto para terminar o jogo”, disse. “Achei a arbitragem muito hábil. Mas eu não quero falar disso. Isso é problema da CBF e da comissão de arbitragem, que têm que avaliar”, disse ele. 

Abel também rechaçou que tenha havido confusão no túnel quando deixou o campo p)erto do apito final, conforme a transmissão do Sportv chegou a noticiar: “Não falei com nenhum dirigente do Grêmio, não teve nada”, disse. “Não criem polêmica”. 

Explicação óbvia para o resultado 

Abel se saiu mesmo com uma explicação óbvia para o resultado – o que não há torna em nada equivocada, muito pelo contrário. Ficou de fato muito claro o motivo de o Palmeiras ter perdido. 

“Era dia de a bola não entrar. Criamos o suficiente para sair daqui com outro resultado, tivemos muito volume, muitas bolas na trave”, disse. “Faltou-nos eficácia”. 

“Nos primeiros dez minutos, entramos longe das marcações que havíamos definido. A partir dos dez (minutos), o jogo foi todo nosso, e não fomos eficientes”, constatou. “O futebol é assim”.  

“Quero eu, criar tantas chances como criamos aqui. Mas não podemos falhar tantas vezes. Faltou o que o nosso adversário teve em excesso”, disse.  

“Não foi por falta de volume, oportunidade e de colocar o adversário no último terço. A bola não quis entrar. 

“18 chutes é muita coisa na casa do Grêmio, mas o futebol é feito de eficácia, e hoje, o adversário foi melhor nesse quesito”, disse. 

Reflexos para semifinal da Libertadores

Abel também evitou projetar algo para a semifinal da Libertadores com base no jogo dessa quinta-feira.

“A cada jogo e competição, a história é diferente, o adversário é diferente, o contexto é diferente. Tudo diferente”, finalizou.  

Foto de Diego Iwata Lima

Diego Iwata LimaSetorista

Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero, Diego cursou também psicologia, além de extensões em cinema, economia e marketing. Iniciou sua carreira na Gazeta Mercantil, em 2000, depois passou a comandar parte do departamento de comunicação da Warner Bros, no Brasil, em 2003. Passou por Diário de S. Paulo, Folha de S. Paulo, ESPN, UOL e agências de comunicação. Cobriu as Copas de 2010, 2014 e 2018, além do Super Bowl 50. Está na Trivela desde 2023.
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