Brasileirão Série A

Abel Ferreira vive encruzilhada e pode abrir mão de 6º membro de sua tropa de choque

Técnico do Palmeiras tem competição acirrada no setor de meio-campo

No Palmeiras desde novembro de 2020, o técnico Abel Ferreira construiu uma identidade inconfundível para o seu time multicampeão.

Parte dessa construção, é claro, passa pela fixação de um núcleo duro de jogadores titulares, uma tropa de choque do Abelismo. Da qual Zé Rafael faz parte desde os primeiros jogos do treinador no clube.

Fora de combate há cinco partidas com uma lombalgia, Zé não tem prazo para voltar. Após o empate sem gols com o São Paulo, na segunda-feira (29) o treinador explicou que a questão do meia, por se tratar de dor e não de uma lesão avaliável com exames de imagem, é mais subjetiva a esta altura.

— Ele é quem vai dizer quando vai estar confortável para voltar — disse o português, depois do jogo pelo Campeonato Brasileiro.

— É um jogador que gostamos e precisamos muito. Temos mais quatro jogadores belíssimos no meio de campo: o Aníbal, o Ríos, o Menino, Fabinho e Zé. Temos cinco jogadores para primeiro e segundo volante. Uma posição que estou contente. Uma das posições que estamos bem servidos. Mas temos que esperar para ver quando pode nos ajudar.

A despeito do discurso do técnico, o ponto é saber se Zé terá lugar na equipe titular quando retornar.

Cinco já foram

Do primeiro grupo a formar a tropa de choque de Abel, houve os que saíram, como Viña, Danilo e Scarpa. E alguns perderam status de titular, como Marcos Rocha, Luan e Rony, que foram para o banco para as entradas de Mayke, Murilo e Endrick, por exemplo. Caminho que parece ser o que Zé Rafael vai tomar.

Hoje, Zé Rafael briga por lugar com Richard Ríos como segundo volante. Embora tenha sido um “camisa 5” de sucesso na última temporada, Zé não tem como competir com Aníbal Moreno na posição. O argentino chegou e tomou o lugar para si, sem espaço para contestação.

O problema é que Zé parece ter incorporado a função de 5, e já não rendeu tanto ao retornar para jogar como 8 neste ano, ao lado de Moreno — setor pelo qual Ríos vem rendendo bem mais.

Zé já iniciou cronograma de transição. O que significa dizer que sua lesão, propriamente, está curada. O camisa 8 vive um momento de readaptação gradual, tanto da parte técnica quanto da parte física.

Com um calendário longo e uma Copa América no meio do caminho, Zé Rafael certamente seguirá tendo muito minutos no Palmeiras. Mas o status de titular, não necessariamente.

Em uma situação hipotética de final de Libertadores na próxima semana, com todos os atletas à disposição e igualmente aptos fisicamente, já não dá para cravar que o camisa 8 começaria a partida em campo, por exemplo.

O que o Palmeiras ganha com Zé Rafael

  • Zé Rafael faz parte da espinha dorsal do Palmeiras desde 2020
  • O camisa 8 tem ascendência sobre o grupo, sendo um dos que tem mais tempo de clube
  • Zé foi líder de ações defensivas do Palmeiras em 2022 e 2023
  • O volante também tem uma boa bola parada e chute de meia-distância
  • Muito forte fisicamente, Zé se impõe ante os rivais no meio-campo

O que o Palmeiras ganha com Ríos

  • Richard Ríos é um jogador mais móvel
  • Ríos também é mais rápido e tende a pisar mais na área nas ações ofensivas
  • O colombiano chuta muito forte de média distância
  • Contra times recuados, Rios auxilia na quebra de linhas com dribles e tabelas
  • Mais esguio, Ríos tende a estar menos cansado no fim dos jogos
  • Ríos tem mais desenvoltura no jogo aéreo

Próximos jogos do Palmeiras

  • Palmeiras x Botafogo-SP — Copa do Brasil — Quinta-feira, 2 de maio, às 21h30 (Horário de Brasília) — SporTV e Premiere;
  • Cuiabá x Palmeiras — Campeonato Brasileiro — Domingo, 5 de maio, às 18h30 (Horário de Brasília) — Premiere;
  • Liverpool x Palmeiras — Copa Libertadores– Quinta-feira, 9 de maio, às 19h (Horário de Brasília) — Paramount+.
Foto de Diego Iwata Lima

Diego Iwata LimaSetorista

Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero, Diego cursou também psicologia, além de extensões em cinema, economia e marketing. Iniciou sua carreira na Gazeta Mercantil, em 2000, depois passou a comandar parte do departamento de comunicação da Warner Bros, no Brasil, em 2003. Passou por Diário de S. Paulo, Folha de S. Paulo, ESPN, UOL e agências de comunicação. Cobriu as Copas de 2010, 2014 e 2018, além do Super Bowl 50. Está na Trivela desde 2023.
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