O Athletico dominou o Corinthians e só não goleou porque Cássio foi absurdo
Defesas milagrosas do arqueiro alvinegro permitiram que o Timão saísse de Curitiba apenas com um gol sofrido

A Ligga Arena recebeu um jogo com muita movimentação dentro de campo, entre Athletico e Corinthians, neste sábado (24). Apesar das chances criadas nos dois lados, o placar ficou só no 1 a 0, não fazendo justiça ao poderio ofensivo dos mandantes, em Curitiba.
Desde o início, o Furacão soube trabalhar melhor a bola e simplificar o caminho até a área rival. Algo que o Corinthians sofreu demais para executar e tem sido uma constante no trabalho de Vanderlei Luxemburgo. Pressionado, o time de Parque São Jorge ficou muito tempo contra a parede sem conseguir reagir. Infernizada por Vitor Roque, a dupla de zaga corintiana teve de suar muito para manter o placar zerado na primeira etapa.
Em mais uma atuação que deixou boas impressões sob o comando do interino Wesley Carvalho, o CAP esteve muito mais próximo do gol do que o adversário durante toda a partida. Só não podia contar com uma tarde bastante inspirada de Cássio, que fez cinco defesas, quase todas de bastante impacto.
Se com Cássio inspirado, parecia que o placar seria bastante elástico, imagine em uma partida pouco inspirada. O pesadelo corintiano começou com uma boa jogada de velocidade pela ponta, com cruzamento baixo de Khellven para o desvio de Vitor Roque. Pegando a defesa e o goleiro alvinegros desprevenidos, o camisa 9 aprontou das suas. Minutos mais tarde, ele quase marcou outro, de cabeça, em uma jogada ensaiada. A arbitragem, no entanto, anulou o lance, uma vez que a bola não passou completamente da linha do gol corintiano.
Não há como suavizar o fato de que o Corinthians levou um baile em Curitiba. O time sofreu no apoio defensivo, deu muitos espaços e acabou pagando caro pelo ritmo ser mais lento do que o leve ataque rubro-negro. Em muitos lances de disputa de bola em velocidade, o Athletico levou vantagem e usou disso para afunilar o caminho até a finalização. Foram 24 chutes no total, sendo seis na meta, o que dá uma dimensão da intensidade apresentada pela equipe local.
O Corinthians teve bons momentos quando Róger Guedes trouxe a bola junto a si para levar até a linha de fundo, mas não mais que isso. Com Yuri Alberto bem marcado, o setor ofensivo do Timão não ofereceu muito perigo a Bento. O sistema de três zagueiros planejado por Wesley deu alguma segurança para o Furacão quando pressionado. Apesar disso, os paulistas tiveram mais a bola, só não conseguiram converter a posse em finalizações.
Por fim, a juventude do Athletico entregou energia, alguma habilidade e missões difíceis para Cássio, que quando foi batido, contou com a sorte. Como no lance em que Tomás Cuello antecipou um cruzamento e finalizou, mas acertou a trave. Nem sempre o Corinthians terá a mesma sorte quando enfrentar um adversário que pressiona muito e gera jogo. Esse é um ponto enorme de atenção para a sequência do trabalho de Luxemburgo. Até aqui, o time foi muito inconstante de uma partida para a outra, o que costuma gerar uma pressão grande demais por vitórias simples. É hora de voltar para a lousa, rever o que deu certo nas últimas vitórias e tentar seguir o roteiro.
Ao Athletico, a vitória foi bem vinda: agora o time ocupa a quinta posição do Brasileiro, colado no pelotão que briga pelo título com o Botafogo. O Corinthians está em 15º, a um ponto da zona de rebaixamento.